Vânia Fagundes

 

Dei férias ao meu juízo. Preciso cometer algumas loucuras. A vida não carece ser tão chata, tão certinha, há de se ter um pouco de insanidade para suportar tantos percalços nesse planeta de quinta (5º lugar em ordem de tamanho), cheio de água, e que está ficando quente pra cassete.

Quero soltar o meu riso, afinar o meu humor, gargalhar, explodir os meus defeitos e idiossincrasias. Vou ver se eu tô lá na esquina. Devo estar.

Não vou pisar em campo minado dos mal-humorados, mal resolvidos, mal acostumados.

Quero beber o vento, comer o Sol, surfar em nuvens, navegar no deserto, passear na lua, engolir palavras, mastigar letras e soltar minhas crônicas poéticas que andam presas na minha cabeça. Chorar um pouquinho está valendo também. Libertar-me das amarras dos papeis que nos impõem diariamente.

Darei notícias.