:: 13/jul/2019 . 15:12
Campanha recebe doações para população de Pedro Alexandre e Coronel João Sá
A população dos municípios Pedro Alexandre e Coronel João Sá, atingidos pela cheia do Rio do Peixe, que provocou o rompimento da Barragem do Quati, localizada em Pedro Alexandre, vai receber donativos arrecadados pelas . A campanha está recebendo doações de alimentos não perecíveis e roupas, na sede das VSBA, no Campo Grande, em Salvador. A arrecadação começou na sexta-feira (12) e já reuniu quase uma tonelada de alimentos.
De acordo com o porta-voz das Voluntárias Sociais, Gustavo Urpia, o objetivo da primeira-dama do Estado e presidente das VSBA, Aline Peixoto, é amenizar o sofrimento e prover as necessidades imediatas das pessoas que estão privadas dos seus bens. “ Estamos funcionando das 8h às 21h. É uma corrente do bem para ajudar as pessoas desabrigadas nas duas cidades que foram atingidas. Se for um volume maior de doações, a gente pega no local. A previsão é que façamos a entrega da primeira remessa de donativos na segunda-feira pela manhã”, informou.
Torre de Babel
Daniel Thame
Durante os tempos dadivosos, cada um se bastava, e o individualismo era a regra. Quem é que precisava de união, de organização, quando as terras, conquistadas por seus antepassados a ferro e fogo e deixadas esbanjando prosperidade e riqueza, geravam também a disputa para ver quem era o maior?
O título de maior produtor individual de cacau do mundo, coroa pousada em pouquíssimas cabeças, era uma espécie de troféu que, quando conquistado, equivalia à posse de um reino.
E pareciam mesmo reis os senhores que tudo podiam e de ninguém dependiam, a não ser do fruto dourado, da árvore mágica.
Não precisavam de governo nenhum e transformavam gerentes de banco em office boys subservientes e bajuladores. Nas crises cíclicas, pequenos hiatos na rotina de bonança, era o próprio dinheiro gerado pelo fruto quem garantia a recuperação, quem trazia de volta a prosperidade, num ciclo que não terminaria nunca.
Como não terminaria nunca, nunca se preocuparam com representação política, com entidades que fossem além dos almoços, jantares e viagens de puro deleite.
A força de cada um dispensava a força coletiva, coisa de uns pobres coitados, de uns agitadores que vez por outra tentavam fazer com que os trabalhadores, que sempre ficaram com as migalhas do bolo doce e farto, se organizassem e reivindicassem seus direitos.
“Esses comunistas filhos da puta”, diziam com escárnio nas rodas de uísque escocês, correndo pelos copos como a água corre na cachoeira caudalosa.
Quando vieram os tempos difíceis, e esses tempos se revelaram mais longos do que a mais longa das crises enfrentadas até então, já não havia o dinheiro gerado pelo fruto, que a bruxa tratava de abortar ainda no ventre das árvores, igualmente agonizantes.
Cada um já não se bastava mais, a coroa de Rei do Cacau enferrujou tal qual um latão de péssima qualidade.
“Precisamos nos unir, cobrar das autoridades tudo aquilo que demos para o Estado, para a Nação”, bradava-se para auditórios suntuosos, mas vazios de gente e de alma.
Nas articulações, que nem esse nome justificavam, tão desarticuladas eram, ninguém se entendia, visto que como cada um sempre se fizera sozinho, sozinho falava a sua própria língua.
Instalou-se, então, uma confusa babel grapiúna, até que o templo em que eles se reuniam para celebrar as dádivas do deus cacau, em vez de ruir como era de se imaginar em tempos de ira divina, foi alugado, subalugado, emprestado, tomado.
E, finalmente, abandonado, como um monstrengo encalhado no coração da cidade.
Há quem jure ouvir, nas noites abafadas, vozes fantasmagóricas, mas que ninguém entende, posto que nessa Torre de Babel nem os fantasmas falam a mesma língua.
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Conto extraído do livro “Vassoura, apogeu e queda da Região Cacaueira da Bahia”. Atualíssimo.
Rui Costa visita Coronel João Sá após fortes chuvas
O governador Rui Costa visitou o município de Coronel João Sá, que foi fortemente atingindo pela chuva que cai na região, provocando a cheia do Rio do Peixe e grandes prejuízos para a população local e também da cidade de Pedro Alexandre, na região nordeste do estado. Acompanhado do secretário de infraestrutura do Estado, Marcus Cavalcanti, e do secretário de saúde, Fábio Vilas Boas, o governador visitou as ruas afetadas, conversou com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Francisco Teles, e se reuniu com o prefeito de Coronel João Sá, Carlos Sobral.
“O que está acontecendo é o colapso de muitos pequenos barramentos feitos em propriedades privadas, que vão rompendo e formam um efeito cascata e uma onda de água. Nossa medida imediata foi trazer aqui o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Defesa Civil; trouxemos máquinas e equipamentos para desobstruir bueiros, facilitar o deslocamento da população. Agora vamos monitorar os outros pequenos barramentos para que a eventual elevação da água não comprometa a vida de ninguém tomando, inclusive, medidas para a prevenção da saúde das pessoas”, declarou o governador durante a visita.
De acordo com o prefeito Carlos Sobral, foi decretado estado de emergência na cidade, que já estava em estado de emergência por conta da estiagem. De acordo com o Corpo de Bombeiros, aproximadamente 500 famílias desalojadas foram encaminhas para escolas e ginásio de esportes.
Pela volta dos médicos cubanos
Josias Gomes
O programa Mais Médicos foi um sucesso no Brasil, mas o desgoverno Bolsonaro fez questão de praticamente expulsar os médicos cubanos e prejudicar milhões de brasileiros. Desde o início do programa, os médicos cubanos foram hostilizados pelos bolsonaristas e até mesmo médicos brasileiros.
A principal atingida com esta perda foi a população carente, e a Região Nordeste sofreu grande baixa. Depois do “leite derramado”, o Ministério da Saúde tentou manter o programa, com profissionais locais e até de outros países. No entanto, segundo O Globo, 42% das cidades brasileiras que tiveram médicos cubanos ainda não preencheram as vagas ociosas.
Em tempos de caos no país, sob a liderança de Rui Costa a região se fortalece com ações estratégicas do Consórcio Nordeste. Os nordestinos tentam a viabilização do programa na região através da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Claro, sem precisar do aval do Governo Federal.
Estamos na expectativa para que, em breve, este acordo seja firmado e o nosso povo possa ter saúde humanizada e de excelência.
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
Os heróis instantâneos
Genaldo de Melo
Em qualquer sociedade os grupos que se organizam e que se propõem a administrar politicamente a coisa pública, precisam de seus líderes, de seus ícones e de seus heróis. Jamais poderia ser diferente na sociedade brasileira.
Os grupos políticos que sempre estiveram no poder no Brasil criam seus líderes da noite para o dia, com dinheiro fácil, com mídia e com os aparatos de que dispõem com mais facilidade do que a maioria do povo que se organiza.
Porém, esses grupos não representam o todo da sociedade, eles representam apenas quem tem dinheiro, mídia e os aparatos. Cabendo sempre a maioria construir seus líderes, ícones e heróis às duras penas. Por isso, que na mais das vezes os heróis da maioria do povo brasileiro, são sempre os heróis da minoria que os criam da noite para o dia.
Nos últimos tempos a grande liderança do povo foi Lula. Este preso, outros líderes menores não conseguem nem mesmo conviverem juntos, por isso que falsos heróis enganam a todos. Os chamados líderes menores do povo estão tão perdidos, que a cada novo dia um ícone da minoria rica protagoniza alguma coisa, que os deixam eufóricos e cegos com falsas promessas.
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