:: 21/jul/2019 . 11:24
João Gilberto, o mestre avoado
Marival Guedes
Escrevi este texto há cerca de dois meses para o programa Multicultura da rádio Educadora onde fui premiado ao responder uma questão sobre a Bossa Nova. Dentre os brindes, o livro Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova (Ruy Castro).
O livro contribuiu para eu entender melhor João Gilberto, incluindo seus atrasos e “desligamentos”. Desde criança é avoado: esquecia livros, cadernos, canetas e até as sandálias.
Um dia a mãe lhe deu um par de sapatos e o advertiu para ter cuidado. Na rua foi convidado a jogar bola e enterrou os sapatos com medo de perdê-los. No final do jogo não lembrou o local e voltou pra casa descalço.
Quando estava em Porto Alegre decidiu ir à Diamantina (MG) visitar a irmã Dadainha e o cunhado Péricles. Ao chegar notou que não havia levado o endereço e saiu perguntando onde morava o casal. Ficou impossível, João desembarcou na cidade errada, em Larvas, a quatrocentos quilômetros do seu destino.
Episódio também interessante ocorreu quando já fazia sucesso: depois de um show em Belo Horizonte um músico cego foi visita-lo no hotel e elogiou o som do violão. João lhe ofereceu o instrumento de presente. O músico recusou, mas João insistiu: “faço questão. Leve como lembrança.
Detalhe: o violão não era dele e o dono, seu amigo Pacífico Mascarenhas, responsável pela contratação do show, assistia incrédulo aquela cena.Mas não interferiu.
Na juventude em Juazeiro, introspectivo dentro de casa, só queria tocar e cantar. O pai avaliou que Joãozinho estava “ficando Tantã” e um primo-irmão o levou para uma consulta no Hospital das Clínicas, em Salvador, setor psiquiátrico.
Da janela do hospital João, contemplando a paisagem, falou:
“Olha o vento descabelando as árvores”.
Uma psicóloga comentou: “Mas árvores não têm cabelo, João”.
Ouviu a tréplica genial: “E há pessoas que não têm poesia. ”
João Gilberto, principal nome da Bossa Nova, levou esta nova batida e jeito de cantar para o Brasil e vários outros países influenciando decisivamente uma geração de grandes nomes da MPB. Um mestre que deixou um imenso legado.
Cozinha Kids desperta paixão pelo chocolate
O despertar do interesse pela gastronomia e da paixão pelo chocolate. Assim é a Cozinha Kids, um espaço especial no Chocolat Bahia 2019. Durante os quatro dias do evento, cerca de 500 crianças, devidamente uniformizadas, recebem orientações sobre apresentação de produtos, alimentação saudável, higienização e segurança na cozinha.
Elas também aprendem a preparar receitas de pirulito de chocolate, pizza brawne, pizza gourmet, brigadeiro gourmet e de copinho e cupcake.
“É fascinante trabalhar com as crianças, passando conhecimento e recebendo carinho. O Festival do Chocolate é uma iniciativa maravilhosa”, afirma a chef Eliana Lima.
Ateliê do Chocolate encanta visitantes no Chocolat Bahia
Chocolate em forma de arte. O Ateliê do Chocolate e uma das atrações do Chocolat Bahia 2019, atraindo centenas de pessoas em centenas de pessoas, que admiram a confecção de figuras como um cacaueiro, barcaça de cacau, marca do Festival, caixa de chocolate e o Rei Leão.
As figuras são confeccionadas com chocolates Harald, sob a coordenação do chocolatier Rafael Barros. Para ele, trata-se de uma experiência fascinante, no processo de construção das figuras, que serão concluídas neste domingo, pois permitem uma interação com o público.
O trabalho conta com a participação de estudantes do curso de Gastronomia da Faculdade Madre Thais, em Ilhéus. “Trata-se de um grande aprendizado e de uma experiência única na preparação e manuseio do chocolate”, afirma o estudante Thiago Santos.
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