:: 15/dez/2018 . 14:16
Voluntárias Sociais promovem festa de Natal para idosos de 22 instituições
Cerca de 600 idosos de 22 instituições filantrópicas voltaram a ser criança e receberam presentes de Papai Noel. Eles foram embalados pelos acordes de Armandinho e da banda Irmãos Macedo, que transformaram o Natal em Carnaval, relembrando antigos sucessos. O Natal Solidário foi promovido pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) nesta sexta-feira (14), pelo terceiro ano consecutivo, no Palácio de Ondina.
Aos 99 anos, dona Maria Elísia dos Anjos, a mais velha a participar do evento, foi homenageada com um buquê de flores pela primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais, Aline Peixoto. O governador Rui Costa também prestigiou o Natal Solidário.
Entre os participantes da festa, Agda Sacramento, 68 anos, afirmou que “nunca havia visto um evento destes na vida. Estou emocionada. É bom a gente ver isso. Se todos fizessem isso, alegrava a comunidade, os idosos e os pobres”. José Antônio Santana, 55, também se sentiu acolhido: “é uma coisa que a gente nunca tem. É maravilhoso para a gente”.
A presidente do Lar Luna, Jeane Luna, revelou que “durante todo o ano, nós contamos com o reforço das Voluntárias Sociais. Nós não tínhamos carne nenhuma, hoje temos frango. As Voluntárias também levaram o teatro lá para nós. Agora já foram engenheiros e arquitetos para planejar a reforma da casa”.
Segundo a diretora das Voluntárias Sociais, Linda Carvalho, o Natal Solidário foi idealizado há três anos pela primeira-dama. “Nós fazemos confraternização com algumas instituições que a gente presta serviços. Durante o ano, nós atendemos outras demandas, como distribuição de alimentos e de fraldas geriátricas. Nós damos o apoio e, no fim do ano, as Voluntárias Sociais têm o prazer de receber esses idosos no Palácio de Ondina”, disse.
Cabeça de Robalo, o manjar dos deuses
Por Walmir Rosário
Os deuses gostam de dendê, tanto isso é verdade que um dos pratos mais desejados da riquíssima gastronomia canavieirense é a “cabeça de robalo”. Disto não se tem qualquer dúvida. A incerteza de quem ainda não foi apresentado a esse manjar dos deuses é apenas em relação à matéria-prima, pois os pobres mortais que ainda não tiveram o prazer de degustá-lo não concebem, à primeira vista – ou audição – de como os deuses poderiam apreciar uma parte do peixe cheia de ossos e espinhas.
À primeira vista da iguaria, desfaz-se a incerteza com a imagem, saliva-se a boca, aguça-se o paladar, despertando o primeiro dos sete pecados capitais: a gula. Pessoas de gosto refinado e alto conhecimento gastronômico contam que é impossível de controlar os instintos. Chegam ao ponto de afirmar o ato de comer cabeça de robalo, está longe ser ser um pecado capital, e é, sim, uma virtude, pondo por terra a teoria desenvolvida pelo Papa Gregório Magno no século VI.
E têm razão os nobres defensores desta tese. Pra início de conversa, a cabeça de robalo é um prato exclusivo da gastronomia de Canavieiras, onde os manguezais são considerados os maiores e mais ricos do Brasil, dada a sua diversidade. Não é por acaso que o caranguejo – Ucides cordato – de Canavieiras é tido e havido como o mais gostoso crustáceo de toda a costa brasileira.
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