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Os estudantes da rede estadual de ensino de várias regiões da Bahia participam, até o próximo domingo (16), de diversas atividades da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2016). Os alunos são protagonistas de várias atividades como oficinas, encontros literários e saraus que acontecem na Casa Educar para Transformar, localizada no anfiteatro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

est-flica-50Um dos destaques da Flica 2016 são os Encontros Literários, momentos em que estudantes autores de textos como poemas, cordéis e crônicas produzidos para o projeto Tempos de Arte Literária (TAL), trocam experiências com outros estudantes sobre o processo criativo de suas obras. Marcos Ribeiro, 18 anos, saiu da zona rural de Licínio de Almeida (683 km de Salvador), para bater um papo com estudantes e professores sobre o desenvolvimento do seu poema “Trem Poético”, que foi um dos finalistas do TAL em 2015, quando cursava o 3° ano no anexo do Colégio Estadual Duque de Caxias. “É uma honra estar aqui na Flica passando um pouco da minha experiência de como eu criei a minha habilidade na escrita e servindo de inspiração para outros jovens”, destaca.

A professora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Linguagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lícia Beltrão, conta que ficou encantada com a qualidade dos poemas. “Ter os estudantes como protagonistas da Flica é uma forma de reconhecer seus talentos e a capacidade deles de engenhar literariamente. É uma oportunidade de publicização daquilo que eles vêm construindo em sala de aula e que, para nós educadores, é um prazer conhecer suas obras criativas”, afirma.

est-flica-21Para Rebeca Silva, 14, do 9° ano da Escola Paroquial Dom Antônio Monteiro, morar na cidade onde acontece a festa literária é espetacular. “É muito importante estarmos aqui na Flica para aprimorarmos os nossos saberes. Já trabalhamos com essa temática literária na escola, em forma de seminários, saraus e produções de poemas. Outra coisa interessante para o nosso crescimento é o contato com os autores de livros que temos a oportunidade de ler e, também, com estudantes de outras cidades”, afirma entusiasmada.

A diretora Jailma Machado, da Escola Fernando Guedes de Andrade, localizada em Gandu (295 km da capital), destaca o aprendizado que a Glica proporciona. “Aqui os estudantes se inspiram nesse movimento que existe na cidade, pois saem do espaço da sala de aula para conhecer o mundo da Literatura. Este pequeno grupo que veio comigo irá contaminar os demais estudantes da escola com os conhecimentos adquiridos no evento”, explica.

 

Paulo Daniel Conceição, 14, do 8° ano, diz que participar da Flica é uma experiência inesquecível. “Essa é minha primeira vez na Flica e estou achando incrível devido a quantidade de obras que estamos tendo contado e que abrem portas para conhecer mais a Literatura e escrever novos textos”, afirma.

 

A Flica conta ainda com exposição das criações dos estudantes para os projetos de arte e cultura Artes Visuais Estudantis (AVE), Educação Patrimonial e Artística (EPA), produzidas em 2015 e Saraus Literomusicais com estudantes finalistas do Festival Anual da Canção Estudantil (Face/2015). Além disso, estão sendo realizadas oficinas criativas como a Retratos Estudantis e Oficinas Literárias, compostas por rodas de conversa, leituras e produções textuais.