:: 22/out/2016 . 9:55
Por que fazer um testamento?
Débora Spagnol
“Não se pode olhar de frente nem o sol nem a morte”, afirmou o duque francês La Rochefoucauld, ainda no século XVII.
Olhar o sol ofusca a vista, enquanto encarar a morte perturba a vida.
Criar um testamento, além de forçar a encarar a nossa própria morte (o que, convenhamos, não é nada fácil), tem o contraponto positivo: tornar mais fácil a vida de quem se ama.
É natural que, após amealhar um patrimônio em vida, quem parte espera que os seus herdeiros demonstrem sabedoria para bem receber e administrar esses bens, evitando assim sua dilapidação e a concretização da máxima popular “avô rico, pai nobre, filho pobre”.
Logicamente a boa administração da herança depende mais de educação financeira do que da condição de herdeiro, mas sim, é possível planejar, organizar e proteger o patrimônio, determinando ainda em vida quem será o destinatário de seus bens.
O testamento, assim, pode ser de forma simples definido como uma declaração unilateral, destinado a representar a última vontade do testador e cujos efeitos serão produzidos após o seu falecimento.
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