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A Feira Literária de Itabuna (FELITA), realizada pela Prefeitura de Itabuna, através da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), teve uma mesa redonda que abordou a vida e obra do escritor grapiúna Jorge Amado, um dos nomes mais aclamados da literatura brasileira. O escritor André Rosa e o jornalista e escritor Daniel Thame, que conduziram o debate no espaço “Palavras por Palavras”, com a palestra “Uma Prosa Sobre a Obra de Jorge Amado”, com a mediação de Gustavo Felicíssimo.

felita 1Para Daniel Thame, “esta é a segunda vez que a FELITA cumpre seu papel de provocar um passeio sobre a obra do escritor grapiúna Jorge Amado. Amado por uns, mal compreendido por outros, mas filho de Itabuna e reconhecidamente um dos escritores mais brilhantes que o Brasil já teve. Isso ninguém muda! E um evento literário feito para promover os escritores regionais, deve assimilar seus expoentes mais genuínos”. E complementa: “Às vezes, as pessoas não compreendem que ‘o menino grapiúna’ cresceu e precisava sobrepujar sua cidade natal para dar vazão à sua capacidade criativa. Foi desse jeito que Jorge deixou Itabuna ainda criança e foi morar em Ilhéus”, explicou.

O professor Roberto José da Silva, presidente da FICC, disse que discutir Jorge Amado numa feira literária realizada em Itabuna provoca um paradoxo inevitável: “Itabuna, hoje, ao mesmo tempo em que é elogiada por ter a FELITA, é também criticada, pois nos grandes cenários culturais brasileiros, não se compreende os motivos pelos quais uma região tão rica literariamente ainda não tinha feito um evento com o ímpeto de incentivar a literatura. Na terra de Jorge, demorou-se muito tempo para se compreender a necessidade de se realizar a FELITA. “Finalmente, com muita sensibilidade, com muito afinco e com a justiça de sempre, colocamos a segunda edição da FELITA, uma festa literária, feita por pessoas de Itabuna para as pessoas de Itabuna, a disposição do grande público, homenageando Jorge Amado, Adonias Filho e todos os escritores regionais que temos na cidade e na região”,  ressaltou Roberto José.