copa lesõesMuitos jogadores antes de entrar em campo para a Copa do Mundo de 2014 acabaram sendo cortados por conta de lesões. Até um pouco antes do início do evento, o número de jogadores fora da Copa era de 55. Dois dos nomes mais citados foram o alemão Marco Reus, que sofreu uma ruptura parcial nos ligamentos do tornozelo esquerdo durante o amistoso contra a Armênia, e o francês Franck Ribéry, que foi cortado por conta de alguns problemas nas costas. Ao todo, 24 seleções já sofreram com os desfalques e apenas 8 não tiveram essa má sorte, incluindo Argentina e o Brasil.

Os locais em que os jogadores mais sofreram lesões foram nos joelhos, tornozelos e músculos das pernas, salvo alguns casos como fratura no braço e o de Ribéry, que se trata de uma lombalgia. Isso não acontece somente com os atletas profissionais, afinal, muita gente que pratica exercício acaba excedendo os limites do próprio corpo, realizando o que muitos especialistas costumam chamar de overtrainning. “Numa busca por melhores desempenhos, tanto alguns atletas quanto pessoas comuns exageram no treino sem permitir um descanso mais adequado para o próprio corpo”, é o que explica Dr. Ricardo Cordeiro de Almeida (CRM 11865), ortopedista da COTEF, clínica especializada em ortopedia e traumatologia de Itabuna.

Essa prática afeta o físico do atleta e até mesmo seu psicológico, desestabilizando o sistema hormonal, trazendo fadiga, irritabilidade e desânimo para ele. Segundo o Dr. Ricardo, para evitar o overtrainning é ideal seguir os comandos de um preparador físico para que não haja nenhum excesso na prática esportiva e riscos de lesões.

Principais sintomas e tratamentos

overtrainning traz alguns sintomas claros para chamar a atenção dos esportistas, tais como perda de condicionamento físico acarretando perda de resistência e força, dores musculares, sensações de fadiga crônica, elevação da frequência cardíaca mesmo em repouso, que é um dos sinais mais comuns, mudanças de humor com quadros de depressão e irritabilidade, além de queda no sistema imunológico e na qualidade de sono.

“Para o tratamento, é recomendada a redução na prática da atividade física que é realizada em demasia”, afirma o Dr. Ricardo. “Para evitar complicações mais graves, o diagnóstico deve ser feito por um médico. É primordial que em toda e qualquer prática que seja realizada, tanto para iniciantes quanto para os mais experientes, se manter dentro de uma alimentação adequada, além de acompanhamento de médicos, nutricionistas e fisioterapeutas ou profissionais de educação física, para ter um controle e cuidado maior sobre o exercício e seu próprio corpo”, finaliza.