:: 17/jun/2012 . 13:21
GERALDO SIMÕES NEGA VENDA DE EMENDAS E DIZ QUE CANCELOU RECURSOS PARA MUNICIPIO DE CASA NOVA
O deputado federal Geraldo Simões (PT/BA), nega qualquer envolvimento no esquema de vendas de emendas ao deputado João Carlos Bacelar, como foi denunciado pelo jornal O Globo, a partir de uma conversa gravada da ex-mulher de Bacelar, que tem como pano de fundo a disputa por uma herança milionária.
A gravação cita a liberação de uma emenda de R$ 3 milhões para a cidade de Casa Nova, através da Codevasf. Simões afirma que entre 2009 e 2012 teve direito a R$ 50 milhões em emendas parlamentares. Segundo ele, o envio de verbas a cidades onde não obteve votação expressiva faz parte de uma estratégia de ampliar base eleitoral, incluindo a região do Médio São Francisco, onde o PT é atuante, mas não tem candidatos a deputado federal fortes.
Ele lembra ainda que destinou recursos para Varzedo, Valente, Mascote e Ituberá, onde não teve grande votação. O deputado afirma ainda que os R$ 3 milhões não foram liberados, ao contrário do que sugere a reportagem. “Nós tínhamos R$13 milhões em emendas, mas como o Governo Federal só liberou R$ 9 milhões resolvemos priorizar outras cidades, especialmente do Sul da Bahia. Em dezembro de 2011, eu mesmo tomei a iniciativa de suspender a emenda de Casa Nova, já que ela não se encaixava entre as nossas prioridades”, afirmou Geraldo Simões.
O deputado questiona o teor da reportagem : “com uma verba de R$ 50 milhões, porque negociaria R$ 3 milhões e ainda cancelaria a emenda?”.
VALEC OTIMISTA PARA OBTENÇÃO DO LICENCIAMENTO DA FERROVIA OESTE-LESTE
O presidente da Valec, José Eduardo Castello, está otimista quanto à concessão pelo Ibama do licenciamento de instalação da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) até setembro. Atualmente, a empresa tem apenas 180 quilômetros, dos 500 previstos inicialmente, mas teria feito todas as adequações e concluído o projeto executivo.
O empreendimento, que liga Ilhéus ao município de Figueirópolis (TO), mas nesta fase chega apenas a Barreiras, no oeste do baiano, chegou a receber a licença ambiental do Ibama no ano passado, mas teve a autorização suspensa, devido a uma série de condicionantes não cumpridas pela estatal Valec. Além disso, o traçado da ferrovia precisou ser revisto, por causa da existência de centenas de cavernas no caminho da ferrovia.
Castello disse ao jornal Valor acreditar que, em três meses, terá liberado o licenciamento para o total de 1.019 quilômetros da ferrovia, sem nenhuma restrição. Mas, diz o jornal, a chancela ambiental, no entanto, só resolve parte dos problemas. Outro obstáculo, talvez bem mais complexo, só está no começo: a desapropriação dos imóveis cortados pela ferrovia.
“No caminho entre Ilhéus e Barreiras existem 2.501 propriedades. Até abril, a Valec já havia realizado o pagamento de R$ 35,2 milhões em indenizações, com a liberação de 860 propriedades. Outros R$ 7,2 milhões foram desembolsados para quitar a conta de 136 casos que acabaram convertidos em processos judiciais”, diz a reportagem publicada na sexta-feira, 15.
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