O jequitibá é uma das espécies mais tradicionais da região cacaueira, considerado um verdadeiro tesouro entre os produtores. Tradicionalmente a árvore é encontra em meio ao cultivo do cacau, que na região sul da Bahia é plantado no sistema cabruca, em meio a Mata Atlântica, que visa produzir e preservar o ambiente.

Em virtude disto o Instituto Cabruca em parceria com a Ceplac deu inicio a um trabalho de identificação de Jequitibás centenários, preservados nas fazendas no sul do estado, com o intuito de encontrar os maiores Jequitibás da região e sugerir aos órgãos responsáveis, o tombamento destas árvores como patrimônio histórico, cultural e paisagístico de seus municípios, ao mesmo tempo ampliar as visitas ao local, estimulando o turismo rural.

O projeto teve inicio pelos municípios de Ipiaú e Ubatã, e quando encontradas, as árvores são cadastradas, coletadas as sementes e recebem uma pequena placa de identificação. Um bom exemplo está na Fazenda Segredo, localizada na região da água Branca, zona rural de Ipiaú, que guarda um exemplar com 45 metros e 33 centímetros de altura, 9 metros e 20 centímetros de diâmetro e com aproximadamente 400 anos.

Na Fazenda Boa Lembrança, localizada em Ubatã, que também recebeu a visita do projeto, por lá o Jequitibá é considerado uma árvore de estimação e foi até batizado com o nome de Sandó, em homenagem ao patriarca da propriedade. Sandó, até o momento, está sendo considerado o maior Jequitibá do município com 56 metros de altura e 7 metros e 60 centímetros de diâmetro.

Além da beleza exuberante de um jequitibá, estudos recentes associam a presença desta árvore somente em solos que são ricos em nutrientes, ou seja, que são bons para a cacauicultura. Para valorizar a preservação das árvores nas propriedades, o Instituto Cabruca, anunciou um concurso que premiará a fazenda que preservar o maior Jequitibá do sul da Bahia. (fonte: site Mercado do Cacau)