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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 4/jun/2010 . 15:27

SeleDunga


Durante uma entrevista coletiva à imprensa, o técnico Dunga, ao falar sobre a escalação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, disse que “essa é a minha Seleção, porque não é a da maioria de vocês”.

Por ´vocês` entenda-se os jornalistas brasileiros que estão na África do Sul para a cobertura da Copa.

Foi mais uma demonstração de mau-humor do treinador, cujo ressentimento parece não ter limites, como se todo mundo estivesse contra ele e, na copa, é ele contra todo mundo.

Dunga não perde a chance de atingir a imprensa com seus petardos, como se os jornalistas fossem obrigados a encarnar esse espírito patriótico que beira a imbecilidade, mas que o treinador tem como mantra sagrado.

Quase quarenta anos após o período mais sangrento da ditadura militar no Brasil, Dunga parece rever o slogan “ame-a ou deixe-a”, como se a seleção fosse a encarnação da Pátria Amada Brasil daquela época que não deixou saudades.

Não é por aí.

Por mais que a Seleção Brasileira não empolgue, ela não é apenas de Dunga.

Ela é também de milhões de brasileiros que, na Copa do Mundo, elevam às alturas a paixão pelo futebol, se vestem de verde e amarelo e torcem pela conquista de mais um título mundial.

Gente que, mesmo tendo que engolir um time apenas guerreiro (epa, olha o merchandising da Brahma, que prefiro receber em Bohemias!), ainda assim vive esse clima tão característico de Copa do Mundo, quando o pais para diante da televisão.

O que não quer dizer -e isso não entra na cabeça de Dunga- que jornalistas e torcedores não possam questionar a convocação (agora irreversível) e a escalação do time.

Em seu estilo militar, Dunga pode até transformar a concentração da seleção brasileira num quartel, mas não pode exigir unaminidade, nem uma imprensa que só elogia.

E não dá mesmo para haver unaminidade para um treinador que abriu mão de Paulo Henrique Ganso, Neymar, Ernanes e Ronaldinho Gaúcho para ficar com Josué, Felipe Melo, Kleberson e Grafite.

Repito o que tenho dito: o Brasil pode até ganhar a Copa e tenho a impressão de que vai ganhar.

Mas será na base da força física, da correria, da tradição e de alguns lampejos. Nada que encante o torcedor ou que, daqui a duas ou três décadas, seja lembra com saudade.

Enfim, está aí a SeleDunga!

Bom dia? “Sé se for para sua mãe”, diria o anão-treinador.





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