:: ‘Instituto Federal Baiano’

Conectividade foi a palavra-chave dessa maratona de inovação, que uniu participantes de todos os estados do Brasil. Durante três dias, alunos do ensino médio e técnico, universitários, professores e profissionais do mercado se reuniram em uma plataforma online para criar soluções tecnológicas para transformar o turismo e a produção rural das regiões Norte e Nordeste. Para cumprir esse desafio, 88 equipes foram formadas, com participantes de diferentes idades e áreas, cumprindo o propósito de democratizar o acesso à tecnologia e à inovação.

Com o auxílio de 223 mentores, as equipes puderam, em 48 horas, criar 68 ideias inovadoras, que podem se tornar planos de negócio com grande capacidade transformadora. Foi esse comprometimento, engajamento e dedicação de todos os participantes que chamou a atenção dos realizadores do evento. “Foi uma experiência que vamos guardar pra sempre, um belo exemplo de que é possível promover a popularização da ciência com inclusão social. As pessoas estavam muito preocupadas em desenvolver projetos bonitos e úteis para o desenvolvimento dos territórios”, afirma o professor Danilo Souza, professor da UFS – Campus Sertão. Para Lucas Landim, professor do IF Baiano – Campus Guanambi, todos os participantes já são vitoriosos por conseguirem dedicar todo o final de semana para vivenciar essa realidade de transformação social. “Pelo que pudemos ver, as ideias formuladas nesse curto período de tempo são muito criativas. O evento foi maravilhoso, principalmente por causa do engajamento dos participantes, padrinhos, madrinhas, mentores e mentoras.”

A professora Maria Castro, especialista em bioeconomia, sustentabilidade, negócios e startups, foi uma das mentoras que ajudou as equipes no desenvolvimento dos projetos. Ela espera que as soluções apresentadas sejam implementadas e realmente tragam soluções para aquilo que propuseram. “Eu vi e conheço a realidade que muitos abordaram durante a maratona, as propostas visam solucionar problemas de pequenos produtores, comunidades carentes e isso é engrandecedor, o nosso Brasil precisa muito disso.”

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Em um município do interior baiano, localizado no Centro Norte do estado, uma jovem estudante, decidida a contribuir para a melhoria da realidade local, desenvolveu um protótipo que tem capacidade de otimizar a mão de obra de diversos agricultores. Esta é a história de uma aluna do curso de ciências da computação, do Instituto Federal Baiano, do Campus de Senhor do Bonfim. Adriana Nascimento arquitetou um protótipo de aviário automatizado que realiza funções como controlar o microclima do ambiente, permitindo que ventiladores liguem quando a temperatura estiver alta e desliguem assim que chegar ao ponto ideal para o local. “A ideia é fornecer um ambiente que melhore a qualidade dos ovos de forma tecnológica e autônoma”, destacou a pesquisadora.

A estudante lembra que os parâmetros de qualidade estabelecidos tecnologicamente foram definidos sob a orientação de professores de zootecnia. Além da temperatura, há um display que permite monitorar a umidade e o estado das cortinas que controlam acesso ao sol ou incitam sombras, pois o calor excessivo, segundo ela, é um dos principais causadores da mortalidade das aves. “Com o controle da temperatura, buscamos melhorar o bem-estar animal e, consequentemente, aumentar a produtividade do ovo”, ressaltou. De acordo com Adriana, o projeto teve inspiração no contexto da região do semiárido baiano, onde, após visitas ao setor de campo, foi observado que o aviário de galinha de postura existente no Instituto é antigo, e que a maioria das atividades realizadas são manuais, o que demanda a presença constante de um funcionário no local. “Com a automação do aviário, se torna possível melhorar a produção no setor, reduzindo os gastos com mão de obra e energia, visto que os equipamentos de climatização serão ativados somente quando de fato houver necessidade”, disse.

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