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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Tyrone Perrucho’

Os dois anos do sumiço de Tyrone Perrucho

 

Walmir Rosário

Na tarde de ontem (quarta-feira, 11 de janeiro), pasmem os senhores e senhoras, eu me encontrava no bar Mac Vita, como um simples expectador, assistindo a meus amigos Batista e Walter Júnior beberem um litrão de Coca Cola. Confesso que me sentia incomodado, haja vista considerar uma profanação de um dos botecos de memoráveis histórias festivas de Canavieiras, sede ocasional da Confraria d’O Berimbau e da Clube dos Rolas Cansadas.

Eis que de repente um carro dá uma parada e ouço algumas perguntas: Quem foi o melhor ponta-esquerda de Itabuna? E o melhor zagueiro? Respondo que Fernando Riela e Ronaldo Dantas, Piaba, dentre outros. E aí reconheço o autor das perguntas, o engenheiro agrônomo e advogado João Geraldo, que faz nova pergunta: “E quem mais desfrutou das noites e madrugadas de Canavieiras?”. E ele mesmo responde: “Tyrone Perrucho”.

João Geraldo segue caminho e nós continuamos nossa amena conversa tendo como testemunha um litrão de Coca Cola, embora, de antemão, confesso que não bebi. Na manhã desta quinta-feira recebo, via whatsapp, uma foto de Tyrone Perrucho, enviada por Alberto Fiscal. Já Raimundo Ribeiro, direto do Belém do Pará, responde presente na chamada. Foi aí que caiu a ficha: hoje é o segundo aniversário sem Tyrone Perrucho.

Tyrone era uma pessoa que se destacava por suas diferenças. Na foto acima, aparece ele como se estivesse saindo de uma epopeia de natação, após atravessar um braço de mar, cruzar de uma margem a outra de um rio. Que nada, era simplesmente uma foto para a sua gloriosa coleção. O dito cujo sequer sabia nadar; até que tentou, mas o professor gentilmente solicitou que ele buscasse algo mais parecido com suas habilidades.

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O Gurgel de Tyrone: a lenda reaparece em Canavieiras

Walmir Rosário

Eu nem acreditei no que vi! E olha que estava avisado que o sumido velho Gurgel do saudoso jornalista desocupado Tyrone Perrucho estaria de volta. Naturalmente que fui convidado para a apresentação do tinhoso veículo pelos seus novos e felizes proprietários Eliomar Tesbita e sua esposa Dione. E na efeméride, muita cerveja e churrasco, próprios para receber os convidados na tarde de domingo (23-10).

Assim que chegamos próximo ao porto da rua da Prata, em Canavieiras, à sombra das frondosas amendoeiras e outras árvores, lá estava o velho Gurgel todo repaginado, vistoso nas novas cores, vermelho e preto. De cara, questionei Eliomar Tesbita, artista plástico de conceito internacional, o motivo de tão tresloucado gesto: E me responde que soube ter sido em vida Tyrone Perrucho um flamenguista enrustido, agora, assumido, além do mais que sua esposa Dione também é torcedora do time da Gávea.

E não foi mole chegar ao ponto em que chegou, todo nos trinques. Muita pajelança foi feita para deixá-lo, digamos, seminovo. De cara, uma decepção, o mestre Wilson, mecânico responsável pela penúltima pajelança do jipinho, não aceitou o convite de Tesbita – sabe-se lá qual o motivo – para ser o responsável pela empreitada em deixar o Gurgel como era há 30 bons anos.

E aí Eliomar Tesbita iniciou um planejamento administrativo – como fazia nos seus velhos tempos de Banespa – apropriado ao jipinho, iniciando como seria a pintura, contando com Luciano, para riscar as cores na cabine, pintada por Régis. Para cuidar da lataria, ou melhor, fibra de vidro, Jarbas foi escolhido a dedo. Na eletricidade, o mestre Dino partiu do zero e refez todos os chicotes e demais fiações.

Já as fechaduras e elevadores de vidros esteve a cargo do conceituado João Neto, e a tapeçaria ficou por conta de José Carlos e a mecânica foi entregue a Luiz Feitosa. Com essa plêiade de oficiais da funilaria, mecânica e pintura, tapeçaria, seria apenas dar início ao processo de restauração e partir para o abraço. Mas, ainda foram onde começaram a aparecer os problemas.

As conceituadas casa de peças das redondezas não mais se ocupam em oferecer os equipamentos e apetrechos para o velho Gurgel, o que rendeu mais trabalho diferenciado, sob os auspícios da internet. Uma simples pecinha responsável pelo movimento do limpador de para-brisa não existia no mercado e teve que ser feita numa fundição, criando, antes um molde nas mesmas dimensões da anterior.

Porém, o que mesmo preocupou o nosso artista plástico foi o veredito passado pelo mecânico de quatro costados, Luiz Feitosa, após revisar e recuperar toda a parte mecânica, incluindo, aí, motor, câmbio e suspensão. É que pelo olhar clínico de Eliomar Tesbita, acostumado aos traços e formas de suas telas, o velho, agora novo Gurgel, lhe parecia tombado para um lado. Por preocupante, para o lado esquerdo.

Após um novo exame do ressuscitado bólide urbano e rural, Luiz Feitosa reconheceu que não tinha os recursos necessários para deixá-lo aprumado como Tesbita queria, sem pender pra qualquer lado. E foi taxativo. “O problema é estrutural, terá que mexer no chassi, um trabalho difícil e especializado, nada fácil.” E o jeito foi deixá-lo do jeito que se encontra, como se ainda carregasse o peso do velho Tyrone ao volante.

Uma coisa é certa, daqui pra frente os profissionais que se ocuparam de colocar o velho Gurgel nos prumos saíram da empreitada com mais conhecimento do que antes. Se não de mecânica automotiva, de internet e até de fundição. Com celular à mão, qualquer um deles discute sobre telemática, logística, como no prazo de entregas e finanças, a exemplo das condições de pagamento e autenticidade das lojas.

Assim que a notícia sobre a reforma vazou, Raimundo Ribeiro, de lá do Belém do Pará, se assanhou em passar uma vistoria nas fotos, por conhecer o jipinho nas suas andanças em Canavieiras durante as visitas a Tyrone. Sem mais delongas, disse no Whatsapp: “Eu e a Sandra, minha coligada, pegamos muitas caronas no famoso Gurgel, cheio de histórias e estripulias”, exigiu com a reconhecida autoridade.

E não era de ontem que Eliomar Tesbita cobiçava o jipinho, estacionado desde a morte de Tyrone, verdadeiramente triste e acabrunhado com o sumiço repentino do seu inseparável companheiro. Após umas três rodadas de negociações do casal Eliomar e Dione com Edmo, batem o martelo e o jipinho passa para os novos proprietários. Antes, do padre Alfredo Niedermaier, Wallace Perrucho, Tyrone Perrucho e Edmo.

E o famosíssimo Gurgel, conhecido por estacionar próximos aos bares e congêneres, voltará a circular com desenvoltura por Canavieiras e, quem sabe, assim que o Detran mudar a cor nos documentos, fará uma breve viagem ao Pelourinho, em Salvador, no conceituado ateliê do artista plástico Eliomar Tesbita. Do jeito que se encontra, com certeza viajará lépido, sem qualquer perigo de amuar num bar qualquer das rodovias.

E o generoso gesto de Eliomar mostra no que é capaz um homem apaixonado, ao dar um presente tão simbólico à mulher amada. A lenda está de volta!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado

Batida de marido com mulher. Ou, o impossível acontece…

Local onde o fato me foi contado por Tyrone

Local onde o fato me foi contado por Tyrone

Walmir Rosário

 

Walmir RosárioEsses dias, ao remexer um HD externo em busca de fotos antigas, me deparei com um arquivo a mim enviado por saudoso Tyrone Perrucho, sobre um daqueles casos inusitados e que somente acontecem uma vez de 100 em 100 anos. Imediatamente, me veio à memória o fato acontecido com um casal amigo, Edmundo e Marinalva, que teria deixado o jornalista aposentado em polvorosa.

Com voz agoniada, foi logo me avisando: Rosário, aconteceu uma verdadeira tragédia, daquelas que só em Canavieiras acontece. É o fim do mundo, dizia agitado. Enquanto eu tentava acalmá-lo, curioso que também fiquei, Tyrone foi determinante:

– Isso não é assunto para se falar ao telefone, venha imediatamente aqui no Bar Laranjeiras (de Bené), onde me encontro ainda em choque e quero dividir esse assunto sério com você –.

Mais que depressa rumei para o bar e ele passou a me contar o ocorrido, que se encontra narrado aqui em baixo, sem tirar nem por, conforme assinado pelo verdadeiro autor. É certo que Tyrone Perrucho partiu sem se despedir, mas a história contada por ele ficou registrada.

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Lacres de cerveja por cadeiras de rodas

Lacres de latas de cervejas

 

Walmir Rosário

 

Walmir RosárioÉ verdade que não gosto muito de cerveja em lata. Acredito que essa embalagem seja apenas e tão somente uma questão prática de transporte, facilidade e rapidez no processo de gelar a bebida. Mas, convenhamos, não tem qualquer charme virar uma lata goela abaixo ou mesmo despejar o precioso líquido, como gostam nomear essa bebida alguns dos nossos colegas jornalistas e radialistas. Melhor o copo!

Sou do tempo – e não nego – em que pedíamos uma cerveja pela marca e a cor da garrafa, embora tivéssemos a prévia exigência de que chegasse à mesa bem gelada. Mas nem sempre isso ocorria em alguns estabelecimentos etílicos, para o nosso desconforto. Era muito comum pedirmos uma Antarctica bem gelada, no casco escuro (cor da garrafa), quando do outro lado do balcão o garçom respondia mal-humorado:

– Só tem Brahma, casco verde e está praticamente quente! –.

– Tem problema não, pode descer –, dizíamos quando não existia outro bar por perto para nos socorrer.

Bom, mas como esse tempo já passou, os bares de hoje se especializaram em agradar o freguês, ou cliente, como querem os marqueteiros, e possuem em estoque nas geladeiras e freezers as mais variadas marcas e formas de acondicionamento. Litrão, garrafa, long neck, meota e latas dos mais variados tamanhos. Em algumas regiões da Bahia e Sergipe trabalham apenas com os “litrinhos”. É o costume local.

Repetindo o que disse para que não pairem dúvidas, não gosto de cerveja em lata, apesar dos experts jurarem por tudo o que é mais sagrado (numa mesa de bar, creio eu) que o gosto é o mesmo, apenas muda a embalagem. De um tempo pra cá passei a incorporar em minhas compras algumas latas de cerveja, mais explico que por motivo mais que justo, uma questão de cooperação.

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Tyrone inventa o turismo da cerveja barata

cerveja barataWalmir Rosário

Walmir RosárioO Procon – ou seja lá que órgão o represente – precisa vir a Canavieiras com uma certa urgência, não para um período de férias e veraneio dos seus representantes, mas para fiscalizar o preço alto da cerveja, mercadoria muito cara por essas bandas. Nada tenho contra o veraneio desses ilustres “fiscais do povo”, que em épocas recuadas foram do Sarney, mas nessa condição poderiam se acostumar com os preços praticados pelos bares e restaurantes e nos prejudicar mais, ainda.

E nesse assunto falo de cátedra, por ser um consumidor quase que diário dessa mercadoria, tão admirada e consumida pelos brasileiros, embora os índices não sejam lá, essas coisas em relação a outros países. Confesso que atualmente não estou colaborando tanto para o aumento dos índices de consumo, e por isso já fui acusado de aposentado do Paraguai e, pior, como um enfermo de saúde combalida por pessoas malfazejas, fuxiqueiras perniciosas, o que cabe uma reparação judicial. Deixa estar, jacarés!

Mas minha aparente debilidade física pouco interessa e muito menos se me encontro em tratamento. O certo é que dentro de pouquíssimo tempo, estarei de volta às lides etílicas de alta frequência nos bares de Canavieiras e cidades circunvizinhas, com a constância requerida para tanto. E nesse meu festejado retorno gostaria que as autoridades constituídas, para tanto, já tivessem tomado uma providência (não a excelente cachaça mineira) para reduzir a conta, por conta das cervejas mais baratas.

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Tyrone Perrucho, múltiplo e singular

Tyrone Perrucho e Durval Filho

Durval Pereira da França Filho

Meu primeiro contato com Tyrone foi no Grupo Escolar Quinze de Outubro, em 1959, quando éramos estudantes na 5ª série primária e candidatos à segunda turma do GOB – Ginásio Osmário Batista, inaugurado em 27 de setembro de 1958, e com aulas iniciadas em março de 1959. A segunda turma seria a nossa. O nome que constava na matrícula era Tyrone Carlos de Carvalho Perrucho, filho do cabo Wallace Mutti Perrucho (1923-2014), vigilante da costa em tempo de guerra, e da adolescente Glacy Cardoso de Carvalho (1928-2010). O nome foi uma homenagem ao ator norte-americano Tyrone Power (1914-1958).

Foi a partir do Grupo Escolar Quinze de Outubro que nasceu nossa amizade.

Essa amizade se desenvolveu em um grande momento, quando frequentamos a Igreja Adventista no início dos anos 196O. Estivemos juntos em alguns eventos interessantes, como retiros de Carnaval, com ele sempre presente e participativo. Depois, ele saiu e eu fiquei. :: LEIA MAIS »

Perdemos a irreverência de Tyrone Perrucho

Tyrone Perrucho na Confraria d'O Berimbau1

Walmir Rosário

walmirVéspera de Natal – pelos meus cálculos, o menino Jesus nasceu à meia-noite – e nesta quinta-feira (24) teríamos uma série de atividades a cumprir antes das obrigações com os familiares, em casa. Mas nada deu certo. Nem mesmo nos preocupamos de marcar o encontro num dos muitos bares de Canavieiras que abrigam, semanalmente, a costumeira reunião do Clube dos Rolas Cansadas e da Confraria d’O Berimbau.

É que ainda nos sentimos desorientados, desde o dia 16 de dezembro, com o sumiço do nosso coordenador mor, o jornalista aposentado Tyrone Perrucho, que se encontra lá pras bandas de Ilhéus numa missão deveras importante e ainda sem data aprazada para o retorno nesta foz do rio Pardo. De uma hora pra outra ele resolveu cumprir uma missão importante, desmoralizar – de vez – este tal de Coronavírus, mais conhecido como Covid-19.

Enquanto trava por lá sua guerra particular, aqui andamos torcendo para que ele vença logo mais uma batalha e dê por encerrada essa contenda, digna de um Hércules ou outros mitos que o valham. Destemido, aproveitou os momentos possíveis e imaginários no planejamento da contenda, assim como fez recentemente a pelejar com outro desses males que campeiam o mundo, o câncer: e venceu.

Dono de um currículo invejável, desde menino Tyrone Perrucho se revelou um ser diferente, tipo aquele “Capeta em forma de guri” descrito na música do mesmo nome, cantada pela banda Os Incríveis. Em certos momentos fico em dúvida se a letra da música foi feita exatamente para ele ou se o dito cujo se apoderou dos termos descritos para fazer uma espécie de breviário, uma bíblia…sei lá.

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