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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Tijolaço’

A vida da Néia era mais barata que uma placa ou um cartaz

neia

Fernando Brito, no Tijolaço

O tal Aderbal Ramos de Castro, que matou friamente a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, no centro de Niterói é, certamente, adepto da tese bolsonariana de que todos devem andar armados para sua autodefesa.

Não fosse, não carregaria um “trezoitão” na cinta.

O tal Aderbal Ramos de Castro, que matou friamente a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, no centro de Niterói é, certamente, alguém que habita a periferia da polícia – segurança, ex-PM, alcaguete, miliciano, etc.

Não fosse, não carregaria um “trezoitão” na cinta, arriscando-se a ser preso em qualquer abordagem policial. Confiava que alguém, “quebraria essa”.

O tal Aderbal Ramos de Castro, que matou friamente a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, ainda que sendo assim, nem precisaria atirar para defender-se, pois a mulher se encolhe e faz menção de correr quando vê o “trezoitão” sair-lhe da cinta.

Mas o tal Aderbal a matou, friamente, porque Zilda, a quem chamam pelo apelido de Néia, o mesmo de minha mãe, não é uma vida que valha nada, para ele.

É só uma “negrinha, bandidinha”, que vive na rua, incomodando os passantes, homens de bem como ele, pedindo o real que não tem e que nem a vida dela nem vale.

O tal Aderbal, quem sabe, vá virar deputado como outro tal, o Coronel Tadeu ou tal e qual o tal e qual, o bombadão Cabo Daniel.

“Aderbal, federal, não promete, faz o mal”

Afinal, não quebra placas, como este, nem cartazes, como aquele.

Não fica no “blá-blá-blá”, vai logo ao “pá, pá, pá” do “trezoitão” de sua cinta.

E a Néia vai para o chão, agonizar como uma placa quebrada ou um cartaz arrancado.

É barato, ela não vale nem um real, bem menos que a bala que lhe deu o tal Aderbal.

Seja bem-vindo, Lula.

lula libertação

Fernando Brito, no Tijolaço

 

Estávamos mesmo precisando de você, presidente.

Enquanto você estava lá, naquela cela-sala (ou sala-cela, sei lá), a coisa aqui piorou um bocado.

Ficamos mais pobres, ficamos mais brutos, ficamos mais tristes, encolhemos nossas esperanças.

Em lugar de matar a fome, como se fez nos seus tempos, simplificaram o programa: o negócio virou só matar, mesmo.

Não era melhorar as cabecinhas, era mirar nelas. Aquelas “arminhas” com os dedos, da campanha, viraram de verdade, com o sujeito que puseram na presidência dizendo que uma Glock na cintura era o caminho da paz.

As universidades, que você abriu como nunca antes na história deste país, deixaram de ser progresso para virarem, dizem eles, balbúrdia.

Aposentadoria voltou a ser coisa de vagabundo, como aquele presidente boca-mole – até hoje recalcado de nunca ser amado como você – dizia.

Aquele petróleo, que a sua turma descobriu e que ia ser nosso bilhete de loteria, tentaram vender, mas nem assim compraram, porque nossa imagem está mais suja que praia do Nordeste.

Até este mal fizeram aos “paraíbas”, que é como eles chamam os nordestinos.

O salário não subiu, como no seu tempo, nem vai subir, já prometeram. O emprego empacou em 12,5 milhões de desempregados e a garotada pedala, de caixa térmica nas costas, para ganhar cinco reais por encomenda. É o que temos, já dizia o outro, não é.

Porque, sem isso, é a calçada, a cama de papelão, o “o senhor me dá uma ajuda para comprar um pão?”. Está cheio de gente na rua, Lula, você não faz ideia de quantos.

Dá tristeza andar na rua, presidente.

Tanta, que às vezes não o perdoo por nos ter feito acreditar que isso ia acabar, me desculpe.

E nem falei como anda a nossa cara lá fora, humilhada por toda a parte, como se aqui fosse um país de selvagens. Selvagens, não índios, porque estes estão mais ameaçados que a ararinha-azul.

É garimpo ilegal, é agrotóxico liberado, é cana na Amazônia, é tanta sandice que parece que querem nos tornar malditos no mundo.

Não convém, para quem recém se achega de volta neste Brasil da rua, dar tanta má notícia, eu sei, mas nada é pior do que a gente ter virado bruto, ao ponto de ter gente urrando por ditadura, tortura, por porrada e tiro.

Por isso, paro por aqui, porque esta é uma carta de boas-vindas, num dia de festa.

Só não posso deixar de pedir uma coisa, injusta até para quem tem 74 anos e, depois desta provação, merecia descansar.

Nos tire da prisão, Lula.

Estamos enfiados num buraco imundo e triste, onde não podemos viver, onde não podemos sonhar, de onde não podemos ver nossos filhos e netos saindo, onde não podemos querer o melhor para eles, que para nos não queremos mais nada, que muito a vida já nos deu.

Precisamos de você, Lula, porque é você quem pode catalisar a imensa força de um povo que não é mau, que não é insensível, que não é obtuso como as elites que o dirigem para o caos.

Obrigado, Lula, por voltar para nós.

Roda Viva com Greenwald: a vergonha do jornalismo

Fernando Brito, no Tijolaço

 

roda vivaImagine o caro leitor, que não é jornalista, o que faria se encontrassem para uma conversa, o jornalista Glenn Greenwald, numa conversa tête a tête.

Claro, ia tentar arrancar dele até onde vão as revelações dos diálogos nas mensagens de Telegram de Deltan Dallagnol.

Mas você não é jornalista, meu caro e minha cara.

Porque jornalismo no Brasil virou defender a versão oficial e os jornalistas que participaram , esta noite, preferiram colocar aquele que conseguiu as informações sob uma “sabatina ética”, indagando de sua vida pessoal e condenando o fato de que, embora verdadeiras, ele não poderia divulgar informações que chegaram a ele por quem as obteve de forma ilegal.

Francamente, deu vergonha da profissão.

Passearam sobre acontecimentos que moldaram a desgraçada história que este país está vivendo e não tiveram interesse no que aconteceu, apenas na suposta ética que seria recusar o conhecimento da verdade, se ela brotasse pelo porão.

Pouco ou nada faltou para que colocassem Greenwald como criminoso por estar publicando fatos verdadeiros o que, na imprensa “morista”, não vem ao caso.

Pouco importa se as mentiras judiciais e as armações possam ter condenado pessoas, porque se condenaram, mesmo dentro de uma patranha judicial, é que são criminosos.

Se inquéritos e processos foram conduzidos de forma ilegal, pouco importa.

O Roda Viva  deveria ser copiado e mostrado nas aulas de jornalismo, como exemplo do que pode ser vergonhosa a adesão da imprensa ao poder.

Triste país onde Gilmar Mendes vira humanista

gilmar mendes

Por Fernando Brito, no Tijolaço

Reportagem de Reynaldo Turollo Jr, na Folha, a mais lida neste momento em seu portal, dá ideia da monstruosidade que se formou nas elites deste país. Quando se chega ao ponto de que uma figura sombria e autoritária acaba em porta-voz da dignidade humana, é sinal de que as instituições tornaram-se mais que tolerantes, verdadeiras cúmplices da barbárie.

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta terça-feira (10) que pessoas que ficam indignadas com o fato de a cela do ex-presidente Lula ter um vaso sanitário, por considerarem isso um privilégio, sofrem de algum tipo de perversão.
“Onde estamos com a cabeça? Aonde foi a nossa sensibilidade? É um tipo de perversão que pessoas que foram alfabetizadas, tiveram três ou quatro alimentações durante toda a vida, se comportem dessa maneira, animalesca”, afirmou.

É assustador que um homem de direita, conservador e elitista seja um dos poucos que tem espaço para dizer esta verdade evidente, porque os demais “donos da voz” neste país revezam-se, quase todos, nos jornais e televisões para chamar de “privilégios” os direitos que deveriam se de qualquer ser humano.

Aliás, chega-se ao ponto de um candidato (e não só um) dizer que alguém preso já não é um ser humano.

Óbvio que remendam essa monstruosidade dizendo que os outros não têm. Neste caso, como há pessoas com fome, deveríamos abolir seus “privilégios” de comer três vezes por dias?

Isso não brotou do nada. Embora a semente do mal, dizem alguns, esteja disseminada em muitos, ela só viceja se lhe dão alimento e temperatura para romper a casca de civilização que, há milênios, a humanidade vem formando.

A classe dominante brasileira – e nesta não está só o capital, o rentismo, mas também os estamentos que a ele se agarram como cracas, inclusive na minha profissão – volta a assumir os seus jamais esquecidos ares de senhores de engenho, onde a senzala e o eito bastavam para os escravos e, num gesto de liberalidade, algo melhor só se alcançaria pela docilidade que os fizessem mucamas e feitores.

Esta deformação se reproduz em parte da classe média – até com mais desfaçatez. Outro dia um cidadão foi mostrado, nas redes sociais, lamentando não se poder mais “pegar uma menina de 13, 14 anos” no interior, pô-la a trabalhar como doméstica, pagar-lhe com comida e trapos e, pasmem, ainda correr o risco de ser um violador por fazer sexo com ela.

O século 19 é no 21.

O chicote desta nova servidão é, ninguém duvide, a mídia.

E quem o brande são os senhores promotores e juízes, transformados em bestas-feras, que sequer disfarçam mais o ódio, com seu discurso hipócrita.

Tão hipócrita que faz de Gilmar Mendes, o tosco ministro, alguém melhor, do ponto de vista humano, do que os Fachins e Barrosos.

Tiraram a faixa do “Vampirão”. Mas foi só na Passarela, pena…

Por Fernando Brito, no Tijolaço 

vamp 2

Descobriu-se a primeira finalidade da intervenção federal do Rio de Janeiro.

O “Vampirão”, principal destaque do último carro alegórico da escola Paraíso do Tuiuti – vice-campeã e grande novidade deste Carnaval – , desfilou esta madrugada sem a faixa que servia de legenda à sua identidade.

Como nos maus tempos da ditadura, vieram “ordens superiores”e a larga faixa ficou reduzida a uma fina gravata verde-amarela, que também estava na fantasia original.

Uma bobagem, porque o “Vampirão” e Michel Temer já eram gêmeos por suas mórbidas semelhanças.

Mas dá para imaginar a cena antes impensável:

-Tirem a faixa ou vão ver só”

-A gente tira, chefe, mas a gravata pode ficar?

Claro que a faixa é uma irrelevância. Mas a misteriosa ordem para tirá-la não é.

Revela que começa a existir aquela sombra de medo que, ao se projetar sobre as pessoas comuns, aumenta o tamanho das almas minúsculas do autoritarismo.

Sérgio Moro, você é o responsável pelo tumulto

                                 agora é na rua

  Fernando Brito, no Tijolaço

 

Tomara que não haja consequências trágicas nos confrontos que ocorrem em São Paulo.

Porque, se houver, o responsável será apenas um: Sérgio Fernando Moro, o juiz que não pratica a prudência.

Se o objetivo é fazer Lula depor, porque o aparato?

Porque não poderia determinar que fosse ouvido, como seria prudente, em sua própria casa?

Qual a diferença de faze-lo lá ou numa sala do Aeroporto de Congonhas?

Não haveria uma das bordoadas e xingamentos que ocorrem neste momento e nada seria diferente do ponto de vista da coleta do depoimento.

Nada?

Não uma coisa seria diferente, a essencial.

O aparato, a exibição, a propaganda política – é, é esse o nome! – que Moro obtém com isso.

É o dono do Brasil, o prende e arrebenta!

O Dr. Teori Zavacki, com toda a sua fleuma, a quem o caso Lava jato está vinculado, assiste a tudo na posição em que Nossa Senhora, tantas vezes, coitada, a tudo observa, imóvel.

Quando um magistrado não pratica a moderação e a prudência, quer que os metalúrgicos, que têm seu sindicato a menos de um quilômetro do apartamento onde mora Lula o façam?

Moro não conduz um inquérito, conduz um espetáculo.

E quando o circo pega fogo, gente se machuca.

A responsabilidade é de Sérgio Moro.

A cumplicidade, porém, é muito mais ampla.

Como a família fez Paulo Roberto Costa sentir-se ´enojado´

Fernando Brito,  do Tijolaço:

A Midia Pistoleira elege um novo santo

A Midia Pistoleira elege um novo santo

Ontem, no seu depoimento à CPI, Paulo Roberto Costa disse aos deputados, senadores e ao país que foi estar enojado – anos de enjôo e roubando, viu-se –  e os apelos da família que o levaram a fazer a delação premiada.

Para que não se duvide, transcrevo o UOL:

“Ao final do desabafo, (Paulo) afirmou ter sido convencido pela família, e não pelos advogados, a fazer a delação.”Quem me colocou com clareza para eu fazer a delação foi minha esposa, minha filha, meus genros e meus netos. Falaram pra mim: ‘Paulo, por que só você? E os outros? Cadê os outros? Você vai pagar sozinho?’. Fiz a delação para dar um sossego a minha alma e por respeito e amor à minha família.”

Aí, claro, você imagina a pobre família, inocente, premida pelas dificuldades e pelo sofrimento, reunida em orações, não é?

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