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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Oscar D’Ambrosio’

Entre o belo e o feio

beleza e feiura

Oscar D’Ambrosio

Alguns consideram o belo uma característica de uma pessoa, animal, lugar, objeto ou ideia que oferece uma experiência perceptual de prazer ou satisfação. Mas não se pode ter essa sensação perante aquilo que é considerado feio?

Outros entendem a beleza como um estado em equilíbrio e harmonia com a natureza que levaria a sentimentos de atração e bem-estar emocional. Mas não há beleza em uma tempestade?

Existem ainda os que dizem que a beleza é uma ideia acima de todas as outras; ou ainda que a virtude ou o sublime estariam associados a ela.

Em contrapartida, o feio teria um aspecto considerado pouco atraente ou desagradável. Bem subjetivo, não?

Pode-se argumentar então que o feio não obedece aos padrões de beleza convencionais. Mas esses paradigmas são necessariamente belos?

O disforme e o desproporcionado também são associados ao feio, mas o excesso de beleza convencional não pode ser chato e, portanto, feio?

E o que é um tempo feio? O chuvoso e o frio são desagradáveis? Feios, portanto? Mas a chuva pode ser bela…

Qual é o belo que você prefere experimentar? Qual é o belo que você deseja perpetuar?

Qual é o feio que você almeja rejeitar? Qual é o feio que você consegue esquecer?

Qual é, afinal, a fronteira entre um viver feio e bonito?

Quando a beleza se torna feia porque dói? Quando o feio se torna belo porque encanta?

O belo é igual ao feio porque a beleza não está na visão de quem olha. Reside na percepção de quem a sente, universo em que a razão não reina.

Imagem: Lucas Taylor / CERN: http://cdsweb.cern.ch/record/628469

oscar 2

Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Índios de Marajó, de Seo Constante

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Oscar D’Ambrosio

Pintada com tinta acrílica sobre tela (60 x 45 cm), a obra “Índios de Marajó”, de Seo Constante (1938), nascido em Santa Maria do Suaçuí, MG, e residente em Campinas, SP, apresenta um universo imaginário em que se destaca a figura redonda no canto superior esquerdo. Intensamente colorida, dialoga com outra imagem circular no canto inferior direito.

É estabelecido um diálogo visual que se amplia no espaço pela presença de figuras que flutuam sobre um fundo de pinceladas azuis. A imagem de um indígena com cocar e arco e flecha auxilia a instaurar um imaginário em que não há compromisso com a estética tradicional que busca o “belo”.

Existem sim elos comprometidos com a expressão de uma obra intensa de uma realidade interior que ganha a forma de uma interpretação visual e pessoal do mundo. Esta obra integra o Salão Paulista de Arte Naif 2021 no Museu de Arte Sacra de São Paulo.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Série “21 obras do século 21” (20): “Against the Book” (2020), de Barry Yusufu

 

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Oscar D’Ambrosio

 

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

“Against the book”, de 2020, realizada com carvão, tinta acrílica e café sobre tela (127 × 127 cm) por Barry Yusufu ilustra a potência da pintura desse artista africano. Autodidata do centro-norte da Nigéria, da região de Nasarawa, atinge uma variedade ímpar de tons e texturas graças à técnica pessoal utilizada.

Ele define a sua arte como Kolo, que explica ser uma “loucura de uma forma sã”.

Lidera ainda um movimento de jovens artistas nigerianos contemporâneos chamado The Kolony.

Uma característica forte de suas representações humanas está no uso de fundos chapados de cores fortes sobre os quais surgem figuras, muitas vezes em pares, e tons mais sutis.

Geralmente pinta as pessoas e as histórias de quem conhece de sua comunidade, gerando uma documentação plástica e histórica daqueles que tiveram sua história apagada ao longo dos séculos.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

 

Série “21 obras do século 21” (19): “Buquê de Tulipas” (2019), de Jeff Koons

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Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

A escultura “Buquê de Tulipas”, do norte-americano Jeffrey Koons (1955), feita em bronze, alumínio e aço inoxidável, com 12 m de altura, representa um ramo dessas flores erguido por uma mão.

É uma homenagem às vítimas dos atentados terroristas islâmicos de novembro de 2015, em Paris, que mataram cerca de 130 pessoas e feriram 350.

A obra, instalada no jardim dos Campos Elíseos, busca despertar reflexões sobre a perda de vidas, a capacidade de renascimento e a vitalidade do ser humano.

O conjunto traz 11 tulipas, flor vinculada ao amor em diversas culturas.

A falta de uma para completar a dúzia evoca a dor causada por aqueles que faleceram no ataque.

Há um elo entre o sentimento da capital francesa e o de Nova York, onde Jeff Koons, mora, após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Em ambos os casos, a depressão que vem com essas mortes leva um tempo para uma recuperação.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

 

Série “21 obras do século 21” (18): “Love is in the Bin” (2018), de Bansky

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Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

Pseudônimo do mais consagrado artista britânico de rua, Bansky tem a sua real identidade envolvida em mistério. Em 5/10/2018, ele criou um novo degrau na arte conceitual durante o leilão, na Sotheby’s, de uma pintura que fez em 2006 reproduzindo “Girl with Balloon”, o seu mais célebre mural (101 x 78 cm), feito com estêncil em 2002, em Londres.

A imagem, que mostra uma menina com um balão vermelho em forma de coração, é considerada uma das mais conhecidas do Reino Unido e foi arrematada por £ 1.042.000 milhão. Para surpresa de todos, tocou então uma sirene e a obra deslizou, sendo cortada em tiras, até cerca de metade, por um triturador de papeis embutido na moldura.

Banksy postou um vídeo com a cena da destruição e a frase “The urge to destroy is also a creative urge”, de Picasso. A compradora ficou com a obra, rebatizada “Love Is in the Bin” (“O Amor está no Lixo”) pelo preço original e a casa de leilões declarou que o trabalho se tornou a “primeira obra de arte da história a ter sido criada ao vivo durante um leilão”.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Série “21 obras do século 21” (17): “Law of the Journey” (2017), de Ai Weiwei

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Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

O chinês Ai Weiwei (1957), na exposição “Law of the Journey”, realizada na National Gallery Prague, na República Tcheca, apresenta uma imagem de alto impacto sobre a crise mundial dos refugiados. Coloca então mais de 300 bonecos infláveis em um grande bote salva-vidas, alusão aos que abrigam aquele que se arriscam no alto mar em busca de uma vida melhor.

O trabalho foi esboçado pelo artista após visitar campos de refugiados, como o da ilha de Lesbos, na Grécia. Houve diversas versões dessa instalação, inclusive no Brasil, mas o diferencial, em Praga, além da monumentalidade. é que foi montada em um edifício de grande carga histórica simbólica: o antigo Palácio de Feiras de Negócios de Praga, erguido em 1928.

O local, entre 1939 e 1941, foi utilizado para reunir os judeus antes de serem deportados para o campo de concentração em Terezín. Tanto no período da ascensão nazista como na atualidade dos refugiados, a situação das pessoas é de dolorosa expectativa. O barco de borracha torna-se, portanto, um ícone de um êxodo forçado para o desconhecido.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Série “21 obras do século 21” (16): “Floating Piers” (2016), de Christo e Jeanne-Claude

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Oscar D’Ambrosio

 

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

Considerado por muitos o projeto mais ambicioso do casal de artistas formado pelo búlgaro Christo (1935 – 2020) e pela marroquina Jeanne-Claude (1935 – 2009), “Floating Piers foi uma instalação que aconteceu no lago Iseo, na Itália. Planejada por ambos nos anos 1970, foi executado por ele, após o falecimento da companheira, em 2016.

A obra, montada por 16 dias, consistiu em uma passarela enorme flutuando sobre a água. As pessoas podiam andar livremente sobre seus 3 km de extensão, 16 m de largura e 35 cm de altura. Foi construída com 100 mil m2 de tecido amarelo reluzente, sustentados por um sistema modular flutuante composto por 200 mil cubos de polietileno de alta densidade.

A passarela se prolongava ainda por mais 2 km dentro das cidades de Sulzano e Peschiera Maraglio. As pessoas podiam assim caminhar e contornar a ilha de San Paolo. O acesso era gratuito e acessível 24 horas por dia, sem ingressos, entrada, reservas ou proprietários, dentro do conceito da dupla de que “a obra é uma extensão da rua e pertence a todos”.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Série “21 obras do século 21” (15): “Ebb and Flow” (2015), de Jenny Saville

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Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

Uma imagem contemporânea de mulher é apresentada nos trabalhos da artista britânica Jenny Saville (1970). “Ebb and Flow” (2015), realizado com óleo, pastel e carvão sobre tela (160 × 260 cm), apresenta algumas das principais características da artista, como visões do corpo feminino em que uma figuração clássica se mescla com diversos estilos, em um resultado diferenciado.

Há planos que remontam ao cubismo e gestos do expressionismo, assim como uma fuga, pela criação de corpos obesos, que desafiam a beleza do padrão feminino publicitário. O uso de cores é geralmente suave e cria uma atmosfera que contrasta com a crueza de imagens de corpos nus, em que as mulheres são apresentadas sem idealização.

A mulher que surge nesse processo foge de ideais estereotipados. Há destruição, desfiguração de corpos ou a colocação deles em novas perspectivas. O conceito do belo feminino é questionado e, portanto, as obras apontam como o corpo feminino tem sido representado no passado, criando no presente uma representação peculiar, densa e impactante.

 

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

Série “21 obras do século 21” (14): “Birkenau” (2014), de Gerhard Richter

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Oscar D’Ambrosio

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

O pintor alemão Gerhard Richter (1932) apresenta uma impressionante diversidade e qualidade técnica. Seus trabalhos englobam obras figurativas de pessoas e paisagens; construtivistas, com pesquisas sobre a cor em tela e em painéis de vidro e espelhos; e abstratas, com a destruição dos referentes do mundo chamado real e expressão gestual.

A série “Birkenau” (2014) consiste em quatro pinturas (260 × 200 cm cada) com tinta a óleo sobre tela. Elas partem de fotografias tiradas secretamente, em 1944, de prisioneiros judeus em Auschwitz-Birkenau. Um grupo de resistência inseriu uma câmara no campo de concentração e uma polonesa conseguiu retirar o filme em um tubo de pasta de dente.

Richter oculta em sua pintura as imagens, dando, pela invisibilidade delas, perenidade ao tema. A utilização da tinta gera camadas e sugere rupturas que aludem à dor presente nos documentos históricos do Holocausto. Pela destruição, memórias podem ser assim reconstruídas.

Série “21 obras do século 21” (13): “Champagne Supernova Blue” (2013), de Takashi Murakami

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Oscar D’Ambrosio

 

O calendário cristão teve início no ano 1 depois de Cristo porque não houve o ano zero. Portanto, o século 21 não começou em 2000, mas em 2001. As décadas, em consequência, começam no ano 1 de cada uma delas. Esta série vai enfocar brevemente 21 obras de arte do século 21, de 2001 a 2021.

Artista japonês com atuação principalmente na pintura e nas mídias digitais, Takashi Murakami (1962) realiza pontes entre diversos universos. O principal é entre a arte tradicional e contemporânea japonesa e a pop norte-americana. É o que podemos ver em “Champagne Supernova Blue” (2013), impressão em offset com prata de 73,8 x 54 cm.

As cores, as flores com sorriso da obra aludem aos estilos mangá (histórias em quadrinhos) e anime (desenho animado) japoneses, referências que levaram o artista a cunhar o termo “superflat”, que descreve manifestações visuais que tem como principal característica um resultado plano, próprio das artes gráficas, animações, da pop art e da arte japonesa em geral.

Murakami alerta para a cultura consumista japonesa. O artista leva as suas resoluções visuais para o animé, a pintura, a escultura, o desenho industrial e a moda. Ele elimina a distinção entre mercadoria e arte, apropriando-se da cultura contemporânea do Japão e da influência ocidental sobre ela para vender o próprio trabalho ao mundo.

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Oscar D’Ambrosio é graduado em Jornalismo pela USP, mestre em Artes Visuais pela UNESP e doutor e pós-doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie

 





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