:: ‘jornal A Tarde’
A TARDE FECHA SUCURSAL EM ITABUNA
Depois de demitir a repórter Ana Cristina Oliveira, com 25 anos de casa, o jornal A Tarde tomou uma medida ainda mais drástica.
Nesta segunda-feira (23) os funcionários que restavam foram comunicados do fechamento da sucursal de A Tarde em Itabuna, com a demissão de toda a equipe, incluindo o repórter e fotógrafo Joa Souza, que havia assumido o posto de Ana.
O fechamento da sucursal Itabuna, por onde passaram nomes importantes do jornalismo regional como Rose Marie Galvão, Kléber Torres, Vily Modesto, Luiz Conceição e a própria Ana Cristina, é mais um reflexo da crise vivida pelo jornal baiano, que durante décadas foi o principal diário do Nordeste e hoje perdeu a liderança até na Bahia, para o Correio.
CASO CLÉBIA LISBOA: POLICIA ENVIA INQUÉRITO AO MP E PROSSEGUE INVESTIGAÇÕES
A delegada Sione Porto, da 1ª. DP em Itabuna, enviou ao Ministério Público o inquérito sobre o desaparecimento da estudante Clébia Lisboa, ex-funcionária do jornal A Tarde.
Clébia está desaparecida desde o dia 31 de dezembro, quando saiu de casa, no bairro Pontalzinho, para fazer compras e não mais retornou.
No inquérito, com cerca de 140 páginas, constam depoimentos, estratos bancários e fitas de vídeo. Entre os depoimentos está o do ex-namorado de Clébia, o estudante de Direito Silvio Paulo Maciel..
O inquérito não aponta culpados pelo desaparecimento de Clébia e a delegada vai prosseguir com as investigações, anexando novos documentos e ouvindo outras testemunhas.
Apesar da confirmação de agressões físicas de Silvio a Clébia, incluindo uma ocasião em que ele a empurrou da escada de casa (Clébia morava numa quitinete da mãe de Silvio), a Dra. Sione Porto diz que não existem indícios suficientes para acusá-lo pelo desaparecimento. Silvio apresentou vídeos em que aparece numa festa em Olivença, ao lado a mãe e da nova namorada, nos dias 30 e 31 de dezembro.
Além de Silvio Maciel, apontado pelo pai da estudante, Crispiniano Lisboa, como principal suspeito pelo sumiço da filha, a polícia segue várias linhas de investigação, entre elas supostas dívidas contraídas por Clébia junto a agiotas. “Trata-se de um caso em que não se pode afirmar se Clébia está viva ou morta, daí o rigor das investigações, para evitar precipitações ou injustiças”, afirma a delegada Sione Porto.
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