:: ‘“Jorge100anosAmado – Tributo a um eterno Menino Grapiuna”’
Jorge Amado, Menino Sergipano?
Daniel Thame
A seca de 1909 dizimou a pequena cidade de Estância, no sertão sergipano. A seca e suas consequências – fome, miséria e morte – não eram novidade para os sertanejos, conformados com os desígnios de Deus naquela natureza morta que sugava gente viva, ano a ano, como se castigo divino fosse.
E era castigo mesmo, não necessariamente divino, mas os homens e mulheres humildes se apegavam à fé, à crença inabalável de um mundo melhor, depois da morte, lá bem acima do céu.
E, no céu, o que eles enxergavam a olhar para o alto não eram os santos, anjos, arcanjos e querubins da fé cega, mas o sol a queimar como chama do inferno. Ironia e heresia.
O sertanejo sempre foi, antes de tudo, um forte, diz o adágio popular.
Mas como não fraquejar vendo a plantação minguar, o gado mirrar, o solo se transformar numa massa disforme e sem vida?
Como não entrar em desespero vendo a fome se aproximar, os filhos pequenos a clamar por um pouco de farinha, um feijão ralo, um copo de água?
Como não sentir uma dor no peito vendo a mulher, antes formosa, se transformar num fiapo de gente, agarrada à Bíblia e à devoção aos santos que, apesar de tantas orações, tanta penitência, não mandavam uma mísera gota de água do céu? Ao contrário, empurravam as nuvens e a chuva para bem longe, lá pro mar distante, onde uma água a mais, uma água a menos não faria falta.
-Não dá mais, a gente vai morrer aqui, vendo tudo se acabar, disse o marido à esposa…
-Deus vai prover na hora certa. Temos que ter fé, respondeu a esposa, como se nascer, sofrer e morrer fosse a ordem natural das coisas.
No colo da mulher, o filho do casal, de um ano de idade, mais um na loteria de vida e morte, com imensas chances de morrer antes de dar os primeiros passos na terra arrasada.
-Não adianta esperar por Deus. A gente tem que ir embora daqui. Chega de tanto sofrimento. A fala do marido agora era de resolução.
-E a gente vai pra onde? Pobre é pobre aqui ou em qualquer lugar do mundo, a mulher era pura resignação.
`Vassoura` e ‘Jorge100anosAmado` nos salões do livro de Berlim e Lisboa
Os livros `Vassoura` e ‘Jorge100anosAmado-Tributo a um Eterno Menino Grapiuna`, do jornalista e escritor sulbaiano Daniel Thame estão sendo expostos nos Salões Internacionais do Livro em Berlim (Alemanha) e Lisboa (Portugal).
As obras estão expostas no estande da ZL Editora, do Rio de Janeiro, com a coordenação da escritora e produtora cultural Jô Ramos, ao lado de outros autores brasileiros.
`Vassoura`, que acaba de ganhar uma edição revista e ampliada, bebe na fonte bíblica em uma contos sobre os impactos da vassoura de bruxa, doença que devastou a lavoura cacaueira, na vida da população sul-baiana; e “Jorge100anosAmado”, traz uma série de contos que fazem uma releitura contextualizada dos principais romances do escritor grapiuna que fascinou o mundo, como Gabriela Cravo e Canela, Terras do Sem Fim, Capitães da Areia, Mar Morto, Cavaleiro da Esperança, Tocaia Grande, Tieta do Agreste, etc.
“Jorge100anosAmado- Tributo a um eterno Menino Grapiuna” é lançado em e-book
O livro “Jorge100anosAmado- Tributo a um eterno Menino Grapiuna”. Do jornalista Daniel Thame, acaba de ser lançado em e-book pela Editora Via Littterarum.
O livro, que faz uma releitura contextualizada dos principais romances de Jorge Amado, está sendo comercializado no site da Livraria Saraiva, uma das maiores do Brasil.
Confira no link:
“Jorge100anos Amado” no Festival Internacional do Chocolate e Cacau
O livro “Jorge100anosAmado-Tributo a um eterno Menino Grapiuna”, do jornalista e escritor Daniel Thame, estará sendo comercializado no estande da M21 durante o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, que acontece de quarta a domingo no Centro de Convenções de Ilhéus.
O livro é uma homenagem ao centenário do escritor e faz uma releitura atualizada, através de contos, dos principais romances de Jorge Amado, como “Gabriela Cravo e Canela”, “Cacau”, “Tieta do Agreste”, “Capitães da Areia”, “Tocaia Grande”, “Dona Flor e seus Dois Maridos”, etc.
A obra também faz uma “revelação” que põe fim a disputa entre Ilhéus e Itabuna pela paternidade do escritor: o Menino Grapiuna é, na verdade, um Menino Sergipano.
Capa do livro “Jorge100anosAmado” vira souvenir no Bataclan
A capa do livro “Jorge100anosAmado – Tributo a um eterno Menino Grapiuna”, do jornalista Daniel Thame, serviu de tema para a confecção de souvenirs, que estão disponíveis no Bataclan, em Ilhéus. Celebrizado no romance Gabriela Cravo e Canela, o Bataclan foi transformado um espaço que inclui restaurante, espaço de eventos, lojinha de produtos e de arte regional e o quarto, restaurado, de Maria Machadão.
Criação de Goca Moreno, a capa do livro de Daniel Thame é tema de sacolas, camisetas, almofadas, chaveiro se ´imã de geladeira`, com grande aceitação por parte dos turistas, que também podem adquirir exemplares do livro, uma série de contos que contextualiza os principais romances de Jorge Amado como Gabriela, Dona Flor e seus dois maridos, Tieta do Agreste, Tocaia Grande, Capitães da Areia, Quincas Berro D´água, O cavaleiro da esperança, Mar Morto, etc.
Além de estar a venda no próprio Batacan, o livro pode ser adquirido através do email danielthame@gmail.com
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