:: ‘imprensa’
Liberdade sempre. Responsabilidade também
André Curvello
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e outras entidades que lutam pela qualidade do jornalismo, em defesa das boas práticas jornalísticas e dos profissionais do setor, demonstraram preocupação com uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), alertando para o risco da ampliação da censura e do assédio judicial contra jornalistas. Essa vigilância é fundamental para assegurar que a liberdade de imprensa não seja restringida.
No entanto, é necessário considerar as transformações impulsionadas pela evolução tecnológica que impõe uma velocidade frenética e cruel. Existe uma nova realidade e um novo formato focado na chamada guerra “caça cliques” ou pela ampliação do gênero sensacionalista em emissoras de televisão. É um verdadeiro vale tudo.
A mídia digital se proliferou rapidamente, e questões inadiáveis, especialmente relacionadas à preservação das instituições e dos cidadãos, precisam ser suficientemente abordadas e debatidas. O STF, como destacado pelo seu presidente, Luís Roberto Barroso, desempenha um papel crucial como guardião da liberdade de expressão e de imprensa. A nova tese aprovada busca tornar a prática jornalística mais responsável, sem que isso signifique automaticamente censura.
O novo formato da mídia, que enfatiza a velocidade em detrimento da apuração cuidadosa, criou um “jornalismo” apressado e até mesmo negligente, para dizer o mínimo, com consequências diretas na destruição de reputações e na construção do caos social. O que a decisão do STF faz é estimular uma reflexão profunda sobre a responsabilidade na disseminação de informações. Ela estabelece um novo paradigma no jornalismo brasileiro, definindo critérios para a responsabilização de veículos de imprensa em casos de declarações falsas e caluniosas, mesmo as dadas pelas fontes durante as entrevistas.
Veículos sérios e comprometidos com a verdade, que já adotam práticas jornalísticas éticas, não enfrentarão dificuldades significativas para se adaptar a essas novas diretrizes. A decisão do STF reforça o compromisso de quem respeita as pessoas. Por outro lado, acende-se uma luz amarela para aqueles que se acostumaram a construir narrativas sem a devida checagem, propagando acusações infundadas.
O que se deseja é a comunicação livre e de mãos dadas com a responsabilidade social e a intransigente defesa da democracia. Práticas que desinformam o público e ameaçam a integridade e a honra dos indivíduos não podem continuar a ser toleradas.
Por fim, uma pergunta que não quer calar: quando voltaremos a discutir com a profundidade necessária a regulamentação das plataformas digitais? Calados, continuaremos convivendo com as atrocidades de uma “terra” sem lei.
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André Curvello é secretário de Comunicação da Bahia
Teatro Municipal de Itabuna Candinha Dória recebe imprensa para visita guiada
Cumprindo mais uma etapa da programação do Teatro Municipal de Itabuna Candinha Dória, que será inaugurado como parte da programação em comemoração aos 109 anos de emancipação político administrativa de Itabuna, a imprensa regional foi recebida na manhã desta quarta-feira (17) para uma visita guiada. A equipe técnica responsável pela obra foi apresentada pela diretora Cláudia Dória, que na oportunidade ressaltou a importância deste momento para a imprensa regional, além de transmitir informações sobre a solenidade de inauguração do Teatro. Já os engenheiros Roberto Elgaid e Ananda Justino, juntamente com a arquiteta Leila Lessa falaram sobre os dados técnicos, com destaque para a dimensão do palco – 670 metros quadrados -, o que coloca-o como o terceiro maior do país.
Em sua estrutura, no foyer destaque também para um lindo painel com vários elementos do Teatro, de autoria do artista plástico Osmundinho Teixeira. Já as placas de inauguração e medalhas que serão entregues na solenidade, são de autoria do artista plástico Renart Souza. Uma tela de 400 polegadas com projetor de oito mil lumens é outro destaque do Teatro Municipal Candinha Dória, que conta com 589 assentos, sendo 11 para cadeirantes, seis para obesos e seis para pessoas com mobilidade reduzida.
“Este teatro representa um marco na história de Itabuna e Região. Um equipamento moderno, com sonorização e acústica de ponta, e que está pronto para receber os maiores espetáculos do país. Itabuna está grata ao prefeito Fernando Gomes que lutou muito para conseguir a verba, e também ao governador Rui Costa pelo apoio”, encerrou a Diretora Cláudia Dória.
Rui apresenta Hospital Regional Costa do Cacau à imprensa e prefeitos
Assim como fez nas inaugurações de policlínicas no extremo sul, centro-norte e alto sertão baianos, e do Hospital Regional da Chapada, em Seabra, o governador Rui Costa promoveu, na manhã desta sexta-feira (15), em Ilhéus, uma visita guiada pelas instalações do Hospital Regional Costa do Cacau. A incursão antecede a inauguração oficial e tem o propósito de apresentar, aos prefeitos e à imprensa da área, estrutura e equipamentos da unidade.
Com 225 leitos e uma área construída de 17,5 mil metros quadrados, o Hospital irá assistir cerca de 70 municípios da região. A instalação do equipamento faz parte da estratégia do governo estadual de regionalizar e evitar a pulverização de gastos com a Saúde. “Hoje, estamos realizando um sonho ao entregar para essa região serviços inéditos de alta complexidade e um grande hospital equipado com o que há de melhor”, comemora Rui Costa.
Às margens da BR-415, o Hospital foi construído com recursos da ordem de R$ 124 milhões, utilizados nas obras e equipamentos de última geração. Com vistas à uma futura expansão, a unidade está instalada em um terreno com extensão total de 55 mil metros quadrados. O Hospital Regional Costa do Cacau vai contar com uma equipe formada por mais de 500 colabores.
“Com esse hospital, damos seguimento ao compromisso assumido pelo Governo do Estado de descentralizar e regionalizar a alta complexidade da saúde na Bahia”, lembra o secretário estadual da pasta, Fábio Vilas-Boas.
A partir das 16h, será iniciada a cerimônia oficial de inauguração do novo Hospital Regional da Costa do Cacau, que irá contar com a participação da população de Ilhéus e de municípios vizinhos.
Perversa parcialidade
Marco Wense
A parcialidade da chamada “grande imprensa” com a disputa presidencial, deixando de lado a indispensável isenção na cobertura jornalística, é algo lamentável.
Concordo até que os meios de comunicação tenham sua preferência por uma determinada candidatura. Essa escolha, no entanto, não pode prejudicar e nem deturpar o noticiário político, sob pena de perda de credibilidade.
Quer apoiar uma candidatura, tudo bem. Mas faça editorialmente. O leitor ou telespectador tem o direito de mudar de canal ou não comprar o jornal que manifesta opinião contrária da sua.
Alguns “jornalões”, principalmente do eixo Rio-São Paulo, vêm tendo um comportamento deplorável na sucessão presidencial, distorcendo, escondendo os fatos e manipulando informações a favor do candidato Aécio Neves (PSDB).
Não se fala mais do mensalão tucano-mineiro, que foi o embrião do mensalão petista, nem do escândalo do metrô no governo Alckmin, que de acordo com o promotor responsável pelo caso, Marcelo Mendroni, envolveu bilhões de reais.
São dois escândalos que só serão lembrados depois da eleição, já que dizem respeito a Minas, terra do candidato Aécio Neves, e a São Paulo, onde o presidenciável teve uma boa votação no primeiro turno.
A presidente Dilma Rousseff, que busca legitimamente o segundo mandato, termina tendo razão quando diz que o PSDB gosta de jogar a sujeira para debaixo do tapete, alimentando a grande aliada dos criminosos engravatados, sem dúvida a impunidade.
Em relação à roubalheira na Petrobrás, o governo da presidente Dilma fez o que tinha de ser feito. A eficiente e honrosa Polícia Federal prendeu os abutres do dinheiro público. Os larápios da coisa pública deveriam apodrecer na cadeia, sem dó, piedade e compaixão.
E as manchetes? É aí que o parcialismo se mostra escancarado. Um dos jornalões sapecou: “O PT foi o partido mais votado nas prisões de SP”. No Nordeste, os desinformados votam em Dilma. Em São Paulo, os ladrões.
Armínio Fraga, já anunciado por Aécio Neves como seu ministro da Fazenda, abriu a boca e disse: “O salário mínimo está muito alto no Brasil”. Silêncio total. Nem uma manchetinha e, muito menos, qualquer comentário.
Se fosse Guido Mantega que dissesse tamanha prova de que tucano não gosta de trabalhador, os “jornalões” dariam a manchete no alto da primeira página e com letras graúdas: “O salário mínimo está muito alto no Brasil, diz Mantega”.
Concluo dizendo que a eleição presidencial de 2014 vai ficar na história política da República do Brasil como a que juntou toda a imprensa do Rio e de São Paulo contra uma candidatura. A chamada “grande imprensa”.
Só um “coração valente” para suportar toda essa perversa parcialidade.
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Ramiro Aquino, 50 anos de imprensa
Radialista, jornalista, cerimonialista e e um dos pioneiros da televisão sulbaiana. Enfim, um verdadeiro multimídia.
Esse é Ramiro Aquino, que nesta quarta-feira completa 50 anos de profissão, um marco histórico e um exemplo de vitalidade e longevidade.
Ramiro é também autor do livro sobre os 100 anos de história da imprensa grapiuna, referência para quem quer conhecer a história da comunicação regional.
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