:: ‘greve da Policia Militar’
Governo da Bahia propõe gratificações e não punição de PMs que participaram pacificamente da paralisação
A implantação escalonada da Gratificação por Atividade Policial GAP IV, a partir de novembro de 2012, de forma que todo o efetivo da Polícia Militar seja promovido até 2015 à GAP V, principal reivindicação da categoria, é a proposta do Governo do Estado aos policiais militares.
A GAP IV terá sua implantação concluída em 2013. Um processo de transição será implantado, em 2014, com a aplicação de uma escala intermediária equivalente à metade da diferença entre a GAP IV e a GAP V e, em novembro de 2015, todos chegarão à GAP V.
“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno da chamada GAP 4 e da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado até 2015″, explicou o governador Jaques Wagner. “Meu esforço está sendo esse, muito grande, fazendo propostas consistentes para que a gente possa terminar esse movimento”, concluiu.
Todo o efetivo da PM terá avanços na GAP, seguindo o mesmo cronograma. Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo a janeiro de 2012. Essas propostas irão assegurar ganhos escalonados no período, que chegarão a 38,89% para soldados e a 37,11% para sargentos, graduações que correspondem aos maiores contingentes da tropa.
A proposta é centrada no objetivo principal de estabelecer uma política de mobilidade no avanço entre os níveis da GAP até chegar ao quinto e último nível da gratificação criada em 1997. Também está inserida na proposta uma medida de valorização do soldo com a incorporação de R$ 41,00 da GAP III.
O Governo do Estado também resolveu desconsiderar, pela via legal, como infração administrativa disciplinar as situações que envolvam, exclusivamente, a paralisação pacífica do serviço durante o período do movimento.
Geraldo Simões diz que Wagner valoriza a PM defende diálogo para encerrar greve
O deputado federal Geraldo Simões fez pronunciamento nesta terça-feira (7) no Congresso Nacional, afirmando estar ao lado de todos os que defendem o bom senso e a negociação que ponha fim à paralisação da Polícia Militar na Bahia. Simões também manifestou sua estranheza pela disparidade da radicalização e violência da greve, defendida por apenas uma das várias associações dos PMs, em relação às reivindicações defendidas.
De acordo com o deputado, “o governo de Jaques Wagner se caracterizou por tomar várias medidas que favorecem aos integrantes da Polícia Militar da Bahia. O Estado, em sua gestão, já garantiu o pagamento de gratificação de Condições Especiais de Trabalho (CET) para os soldados que atuam no policiamento e motoristas, acabou com a redução ocasionada pela GAP percentual à aposentadoria”.
Geraldo Simões destacou ainda que “o governador Jaques Wagner tem se manifestado aberto ao diálogo e às negociações, assim como o Governo Federal e como nosso Partido. Ele tem um passado de luta sindical. De luta contra o autoritarismo e a intransigência dos governos anteriores. No entanto, hoje temos que defender o conjunto da população, o interesse de todos e atender proporcionalmente aos interesses de cada categoria”.
“Apelo a todos integrantes da Polícia Militar para que exerçam o bom senso político e não aceitem provocações de nenhum tipo. Apelo às lideranças, que busquem os meios pacíficos de garantir as reivindicações e a melhoria constante das condições de trabalho para a categoria. Sei que nosso Governo, sob a condução do Governador Jaques Wagner, saberá vencer esta crise de maneira pacífica e reestabelecer a tranquilidade na Bahia, garantindo a paz”, finalizou o deputado federal petista.
FORÇA DE SEGURANÇA NACIONAL EM ITABUNA E ILHEUS
Itabuna deverá receber 100 homens da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas. Eles farão o patrulhamento das ruas da cidade.
Em Ilhéus, serão cerca de 50 policiais. Eles farão a segurança enquanto o Governo da Bahia negocia o fim da greve da Polícia Militar.
Os policiais chegam hoje à noite a Itabuna e Ilhéus.
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