:: ‘Fundo de Cultura do Estado’

O Governo do Estado lançou na tarde desta terça-feira (2), através da Secretaria de Cultura (Secult), os novos editais do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), que somam quase R$ 40 milhões destinados ao fomento de projetos culturais, sendo R$ 8 milhões captados no governo federal. Um dos destaques deste ano foi o volume de recursos destinado ao segmento Audiovisual que, somado a outras fontes de financiamento captadas pelo governo, chega a R$ 14,5 milhões. A inédita garantia de verba exclusiva para a Capoeira foi outra novidade apresentada na ocasião.

Com a performance de bailarinos da Fundação Cultural do Estado (Funceb), a cerimônia foi realizada no Palácio Rio Branco, em Salvador, e contou com a presença de intelectuais, artistas e autoridades, entre elas, o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, que falou sobre a inclusão do segmento capoeira nos editais. “Os editais setoriais do Fundo de Cultura são fortes instrumentos da política pública em prol do acesso aos recursos por parte da sociedade civil. São a forma mais democrática e abrangente de política cultural. E nisso a Bahia tem sido exemplo para o Brasil. A capoeira é uma das expressões mais essenciais da nossa cultura. Ela é luta, dança, resistência e a maior difusora da língua portuguesa em todo o planeta”.

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Um enredo que traduz a relação entre pai e filho colocou o longa-metragem ‘Travessia’, do diretor baiano João Gabriel, entre as grandes produções artísticas da 39ª Mostra Internacional de Cinema, que acontece em São Paulo ao longo de duas semanas. O filme, que teve cenas gravadas em Salvador, concorre ao prêmio na categoria Competição Novos Diretores e representa a Bahia no evento, considerado o maior do cinema nacional e um dos maiores da América Latina.

“O cinema tem a função de fazer vários tipos de abordagem. A diversidade de olhares é muito importante e, nesse filme, eu quis focar uma Salvador urbana, que não precisa ser passada com os estereótipos que normalmente são [mostrados]”, explica Gabriel.

Estrelado por nomes da dramaturgia brasileira, como os atores Chico Diaz e Caio Castro, o filme teve apoio do Governo da Bahia para ser produzido. O projeto foi contemplado com R$ 1,3 milhão do Edital de Longa Metragem, do Fundo de Cultura do Estado, publicado em 2013.

De acordo com Chico Diaz, um dos protagonistas na trama, o incentivo à arte é necessário para que a indústria cultural se fortaleça no País. “A nossa atividade é industrial, não é mais artesanal. O apoio do Estado é fundamental para nortear uma política que incentive a cultura na Bahia e no País. O cinema tem um peso industrial bem alto”.

Na história, Roberto (Chico Diaz), um homem solitário e infeliz vive em conflito com Júlio (Caio Castro), o único filho. Um acidente provoca a aproximação deles que, no entanto, acabam se afastando novamente devido ao contexto do tráfico de drogas em que Júlio se insere na trama.

O desfecho da história pode ser conferido, em sessão especial na noite deste sábado (24), às 22h, durante a Mostra no Cinearte 1, na capital paulista. Outras duas sessões ocorrem, nos dias 25 e 26 de outubro, no Espaço Itaú de Cinema (às 16h) e no Cinearte 2 (às 19h50). A estreia está prevista para março de 2016.