:: ‘Faixa de Gaza’
Guerra? Não, o nome disso é massacre

Quantas vítimas inocentes ainda serão necessárias? (IFoto Mohammed Saber/Efe)
Pode-se chamar de guerra uma situação em que de um lado morrem 500 pessoas, incluindo 100 crianças, e de outro 13 pessoas?
Os 500 mortos de um lado são palestinos da Faixa de Gaza e os 13 de outro são israelenses.
Sob qualquer ótica, o nome disso é massacre.
Um massacre cruel, desumano, bárbaro.
O mundo civilizado não pode fechar os olhos para esse genocídio.
Os Estados Unidos, potência decadente, mas ainda assim a maior potencia do planeta não podem cruzar os braços por conta de seus laços históricos com Israel.
Israel, sob a até aceitável justificativa de se defender dos ataques do Hammas, não tem o direito de perpetrar –e aqui só cabe uma palavra tão carata e doloroso aos judeus- um holocausto palestino.
Irã condena silêncio do Ocidente sobre massacre de palestinos
O chefe do Gabinete do Líder da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, questionou o silêncio da comunidade internacional sobre o assassinato do povo palestino pelo regime israelense. “Como sempre, o Ocidente e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vem mantendo silêncio sobre os crimes do regime de Israel contra o povo palestino”, disse o aiatolá Mohamad Golpaygani.
Desde 8 de julho, quando Israel começou a atacar a Faixa de Gaza, foram lançados mais de 1300 mísseis, em que 166 palestinos foram mortos e deixou mais de 1.100 feridos. Segundo fontes médicas a maioria das vítimas é civil.
Perante esta situação, várias organizações de direitos humanos, os indivíduos e países, incluindo Irã, Egito, Jordânia, Marrocos, Iêmen, Kuwait, Síria e Turquia têm condenado esta ofensiva e expressaram solidariedade com os palestinos.
No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu parece não ter intenção de acabar com a ofensiva, o que obrigou milhares de palestinos ao abandono das suas casas.
Golaço fora de campo: jogadores da Seleção da Argélia doam prêmio da Copa para palestinos

A Seleção da Argélia foi uma das sensações desta Copa do Mundo. Além de surpreender com o bom futebol apresentado, que rendeu uma inesperada classificação às oitavas de final do torneio e uma eliminação apenas na prorrogação diante da poderosa Alemanha, a seleção argelina também impressiona por outro gesto: os jogadores resolveram doar todo o dinheiro do “bicho” para a população palestina da Faixa de Gaza.
“Eles precisam mais do que nós”, justifica o atacante, e craque do time, Islam Slimani, autor do heroico gol contra Rússia, que garantiu o acesso à fase seguinte — feito que pôs pela primeira vez na história dois times africanos entre os 16 melhores do Mundial de futebol.
Pela participação nas oitavas de final, a Fifa paga US$ 9 milhões de prêmio a cada seleção classificada. O montante, segundo garantiu Slimani, que atua no Sporting, de Portugal, será doado aos palestinos.
O drama de Gaza, na lente de Paul Hansen
O fotógrafo sueco Paul Hansen ganhou a 56ª edição do World Press Photo com uma imagem que mostra o desespero de um grupo de homens palestinos carregando os corpos de duas crianças na Faixa de Gaza. A foto de Hansen chamou a atenção dos jurados pela forma como o profissional captou a tragédia. A premiação chega à sua 56ª edição, sendo a mais prestigiada de fotojornalismo do mundo.
– Na foto está tudo, a dor, o cansaço, o desespero, a perda. A força da foto contrasta com a inocência dos pequenos. Não se pode esquecer – disse a peruana Mayu Mohanna, membro do Jurí.
Hansen, que trabalha no jornal sueco “Dagens Nyheter“, explica que os homens levavam os meninos pelas ruas de Gaza a uma mesquita, cobertos por lenços brancos. O cadáver do pai é mostrado em segundo plano. Os irmãos tinham dois e três anos e foram mortos em um bombardeio que destruiu a casa onde moravam. O míssil teria sido lançado pelo exército de Israel.
Irmandade Muçulmana convoca manifestação contra ataques de Israel à Faixa de Gaza
A Irmandade Muçulmana convocou uma manifestação de protesto pela onda de ataques aéreos e terrestres israelenses contra a Faixa de Gaza. Nas duas últimas semanas, Israel lançou uma onda de bombardeios com caças, drones e tanques posicionados nos limites da faixa que já causou a morte de sete pessoas, entre elas dois menores, e deixou mais de 40 feridos, segundo os informações mais recentes.
A Faixa de Gaza faz fronteira com a Península do Sinai egípcia, de onde os residentes do empobrecido e superpovoado território palestino recebem bens imprescindíveis para sobreviver ao bloqueio de mais de cinco anos, imposto pelo Governo de Tel Aviv.
“Os Ajuan (Irmãos, em árabe) expressam seu apoio à resistência dos palestinos e sua ira pelos ataques sionistas”, diz um comunicado circulado pela entidade, fundada na década de 1920 e que se tornou a mais numerosa e influente no Egito depois do derrocamento do ex-presidente Hosni Mubarak.
A nota chama “os árabes e muçulmanos a desempenhar seu papel no apoio à causa palestina e a deter o derramamento de sangue”.
Dias atrás, o presidente egípcio, Mohamed Morsi, disse em um pronunciamento público que seu país não pode permanecer indiferente diante dos constantes ataques israelenses contra a faixa, mas esclareceu que não contempla iniciar um conflito com Israel. O Egito e Israel têm um acordo de paz que data de 1979. (do Prensa Latina)
Ataques de Israel matam 18 em Gaza em 48 horas

A mãe do menino Asalya Ayoub, 12 anos de idade, diante do corpo do seu filho no necrotério do Hospital Kamal Edwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, (MOHAMMED ABED / AFP / Getty Images 2012 AFP)
Três palestinos, entre eles um garoto de 12 anos e um homem de 60, foram mortos em ataques daForça Aérea de Israel contra o território palestino ocupado de Gaza. Isso elevou para 18 o número de palestinos mortos em ataques aéreos israelenses contra Gaza em apenas 48 horas. Pelo menos 30 pessoas foram feridas, das quais seis estavam em estado grave.
A nova onda de violência começou na sexta-feira, quando tropas israelenses mataram Zuheir Al-Queisi, secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência (CPR), e Mahmoud Hanani, descrito em um comunicado das Forças de Defesa de Israel como um “colaborador” de Al-Queisi.
Israel iniciou uma ofensiva contra os CPR em agosto do ano passado, depois de acusar o grupo de responsabilidade por um ataque terrorista em Eilat. Embora mais tarde tenha sido determinado que os autores do ataque em Eilat se infiltraram em Israel a partir da península do Sinai, no Egito, e não de Gaza, pelo menos seis integrantes do CPR foram mortos nos meses seguintes por tropas israelenses.
Desde a sexta-feira, pelo menos 20 ataques aéreos foram lançados contra Gaza. Hoje, um porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que os aviões israelenses atacaram um local usado pelos radicais palestinos para disparar “mísseis de longo alcance Fajr-5, de fabricação iraniana”.













