:: ‘FAFEN’
Em Camaçari, Rui participa de solenidade de reabertura da antiga Fafen
O governador Rui Costa participou, na manhã desta quarta-feira (3), da solenidade de reabertura oficial da planta de produção da antiga Fábrica de Fertilizantes do Nordeste (Fafen), no Polo Industrial de Camaçari. A unidade de produção foi arrendada pelo Grupo Unigel, em 2020, por meio da empresa subsidiária Proquigel Química, com investimentos estimados na ordem de R$ 95 milhões, gerando 320 empregos diretos.
“É um momento de alegria ver o retorno dessa fábrica que, pelo tamanho e importância, não poderia ficar fechada. Se o Brasil quer ser e é um dos quatro maiores produtores de alimentos do mundo, não pode abrir mão de ter uma produção de fertilizantes. Os maiores produtores de alimentos produzem internamente, em seus países, mais de 80% dos fertilizantes que precisam. O Brasil é o único que faz o inverso: produz apenas 20%. Então, do ponto de vista estratégico, é fundamental para a nação brasileira aumentar a produção de fertilizantes”, disse Rui.
A Proquigel também adquiriu a unidade da Fafen de Sergipe. Além das duas fábricas de fertilizantes, o arrendamento inclui os terminais marítimos de amônia e ureia no Porto de Aratu, na Bahia. Somadas, as duas plantas terão capacidade de produzir 925 mil toneladas de amônia, 1,125 milhão de toneladas de ureia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio.
Assembleia Legislativa promoverá audiência pública para discutir fechamento da Fafen
O fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), uma unidade da Petrobras localizada no Polo Petroquímico de Camaçari, será pauta de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), no próximo dia 9 de abril, às 10h, no plenário da Casa de Leis do estado.
O encontro foi proposto pela presidência da Alba, após solicitação do deputado Rosemberg Pinto (PT), um dos articuladores na defesa da planta de fertilizantes. O parlamentar petista é ex-funcionário da Fafen, empresa que trabalhou durante 34 anos. Primeira fábrica do Polo, a Fafen produz anualmente meio milhão de toneladas de ureia, de amônia e de gás carbônico, produtos fundamentais para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária na Bahia e no Brasil.
“Estamos convocando toda a sociedade baiana, os trabalhadores, empresários, governantes e parlamentares para essa atividade em defesa da Fafen. Temos que resolver esse problema, de uma vez por todas, e garantir que a Fafen continue produzindo na Bahia e em Sergipe”, defendeu Rosemberg.
Lídice prevê devastação da economia com fechamento da FAFEN
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) criticou, nesta terça-feira (20), em discurso no plenário, a decisão da Petrobrás em desativar a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, a FAFEN, na Bahia e no Estado de Sergipe. Segundo ela, somente na Bahia, a resolução ameaça mais de mil trabalhadores e deve gerar um efeito devastador na economia nordestina.
Em comunicado, a estatal alegou um prejuízo de RS 200 milhões para encerrar as atividades da subsidiaria e a senadora disparou: “Eles alegam economia de recursos, mas gastaram mais de R$ 100 milhões em publicidade para tentar aprovar uma reforma que sequer foi submetida a votação, jogando dinheiro público no ralo”.
Para a socialista, o impacto econômico e social desta resolução terá um efeito devastador e fomentará o desemprego e o fechamento de outras fábricas que estão no entorno da FAFEN, que em território baiano está instalada no Polo Industrial de Camaçari há mais de 45 anos. “Enquanto os governos de Lula e Dilma estavam ampliando a produção e o parque industrial de fertilizantes pelo País, esse governo vem, por meio de Pedro Parente (presidente da Petrobrás), promover uma política ultraliberal e entreguista”, assinalou.
A líder do PSB no Senado foi aparteada pelo colega de bancada Otto Alencar (PSD-BA). Ele afirmou que o fechamento da FAFEN levará o Nordeste a uma dependência de importação de componentes para fertilizantes que abastecem a agroindústria. “Esse governo está entregando todos os ativos importantes para a iniciativa privada, com uma desculpa esfarrapada de prejuízo sem comprovar nada. Isso é uma discriminação contra o Nordeste”, denunciou.
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