:: ‘Eduardo Bolsonaro’
Lídice da Mata classifica ameaças de Eduardo Bolsonaro como “linguagem de bandido”
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) criticou duramente, nesta segunda-feira (21), as declarações do senador Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que publicou em suas redes sociais um vídeo em tom de ameaça ao Estado brasileiro. O episódio ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o ex-presidente Jair Bolsonaro de visitar embaixadas no país e determina o uso de tornozeleira eletrônica.
A Corte também vetou qualquer comunicação entre Bolsonaro e seu filho, Eduardo, que atualmente está nos Estados Unidos. O parlamentar é acusado de articular com setores do governo norte-americano para prejudicar a economia brasileira, em troca de possíveis benefícios jurídicos para o pai, que responde a investigações por crimes contra o Estado e suposta tentativa de golpe.
“Linguagem de bandido”
Em entrevista, Lídice da Mata repudiou as ameaças de Eduardo Bolsonaro, classificando-as como “linguagem de bandido”.
Juiz baiano pede explicações a Bolsonaro sobre nomeação de filho em embaixada dos EUA
O juiz baiano André Jackson de Holanda Maurício Júnior, substituto da 1ª Vara Federal, intimou o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para se explicarem sobre a nomeação de Eduardo ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Em decisão publicada na segunda-feira (29), o magistrado deu cinco dias para que as partes se manifestem “sobre o pedido de tutela de urgência”. O juiz se manifestou em ação popular, de autoria do deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que alegou o cometimento de crime de nepotismo por parte do presidente.
“A presente ação tem por escopo a proteção ao patrimônio público, à moralidade administrativa, e contra o abuso do poder. (…) O ato que está na iminência de ser praticado trata-se, em verdade, na tentativa promover pessoalmente seu descente, o Sr. Eduardo Bolsonaro, a fim de que lhe sejam auferidos todos os benefícios do cargo, em nítido caráter de violação aos princípios da impessoalidade e moralidade administrativa, evidenciando o caráter despótico da iminência do ato”, diz o petista, na ação.
O parlamentar, em suas alegações, usou das declarações públicas do presidente e de seu filho para comprovar a falta de qualificação para o cargo. “Como pode ser adequado ou até legal a nomeação de seu descente, sendo que este aduz ser adequado para o cargo por ter realizado intercâmbio e fritado hambúrgueres?”
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