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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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Latindo pro Papai Noel…


Um desses dias que antecedem o Natal. A febre de consumo atinge seu ápice e as ruas centrais de Itabuna estão lotadas.
Lojas cheias. Presentes caros e lembrancinhas baratas. Grandes e pequenos pacotes.
Nessas cenas que se repetem, em maior ou menor escala, em todas as partes do Brasil, Delly e Ique agora vão assumir o papel de protagonistas.
Delly e Ique, destinos tão diferentes, estão situados no mesmo espaço geográfico, a cidade de Itabuna, que um dia já foi chamada de Metrópole do Cacau, aquele produto que já foi, com toda justiça, comparado ao ouro.
Delly e Ique, separados por algumas ruas.
Delly espera sua vez de ser atendida num salão de beleza bem equipado, de onde sairá com um novo visual, perfumada e singelos lacinhos de fita na cabeça.
Ique revira latas de lixo numa barraca de pastel ao lado do Fórum de Itabuna, em busca de restos de comida.
São 14:23 horas. Delly está calma, bem alimentada. Ique está ansioso, está com fome.
Mas, o que tem a ver a repaginada no visual de Delly e a fome de Ique?
E o que ambos têm a ver com o Natal?
Delly é uma cachorrinha da raça poodle e seu nome foi tirado de uma marca infame de ração canina que ela abomina.
Não, Ique não é um vira-lata que vai contracenar com Delly numa versão grapiúna de A Dama e o Vagabundo, um clássico dos Estúdios Walt Disney.
Ique, corruptela de Henrique, é um menino de 12 anos, aparência de 8, desses que a estatística afirma que está na escola, mas a realidade mostra que está na rua.
Delly pode se dar ao luxo de escolher a marca de ração, ou mesmo comer comida de gente.
Ique tem que comer os restos de comida que acha, quando acha, na lata de lixo. Como o resto de pastel de queijo que comeu sem pestanejar, para depois balançar latinhas vazias em busca de gotas de guaraná ou coca-cola.
Um surto de pieguice, típica dessas bobagens brotadas em épocas como o Natal, poderia descambar para a análise simplista e óbvia de que a cachorrinha é tratada como gente e o menino como animal.
Não é por aí.
Delly tem todo o direito de se embelezar num pet-shop, sem que seus donos sejam queimados em praça pública por isso.
O que não é direito -e isso não tem nada a ver com Natal, Páscoa, Dia das Mães ou qualquer outra data- é que Ique dependa da lata do lixo para saciar a fome.
Não se trata de igualar Delly a Ique.
Talvez seja o caso, percebam a diferença, de igualar Ique a Delly.
Pronto, eis aí uma história de Natal que envolve uma bela cachorrinha e um pobre menino de rua.
Pensando bem, pode nem ser uma história de Natal.
Mas, com certeza, é uma história de (in)justiça social.
Delly está mais preocupada em arrancar os dois lacinhos vermelhos que colocaram em suas orelhas e que devem incomodá-la muito.
Ique trocaria essa digressão toda por um pastel de carne e uma coca-cola.
E, se não fosse pedir demais, uma bola de futebol.
Algum Papai Noel se habilita, pra colocar um final feliz nessa história?

IMPUNIDADE

ONG REPORTERES SEM FRONTEIRAS:

BRASIL: O ASSASSINO DE UM JORNALISTA OBTEM REGIME SEMI-ABERTO POR “BOM COMPORTAMENTO”

A 3 de novembro de 2008, a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro concedeu regime semi-aberto por “bom comportamento” a Claudino dos Santos Coelho, conhecido como “Xuxa”. Este traficante havia sido condenado, em 2005, a vinte e três anos e seis meses de prisão pelo assassinato de Tim Lopes, jornalista da TV Globo, em junho de 2002. Detido desde 9 de agosto de 2002, “Xuxa” já cumpriu um terço de sua pena, pelo que a justiça brasileira lhe permite passar apenas as noites na prisão. Mas de acordo com o diário Extra, Claudino dos Santos Coelho já terá infringido esta obrigação.

“Depois de termos expressado a nossa satisfação em 2005 pela condenação de sete acusados do assassinato de Tim Lopes, partilhamos agora a incompreensão da sua família. Uma concessão deste tipo nos parece completamente injustificada, tendo em consideração a crueldade dos atos que lhe são atribuídos”, declarou Repórteres sem Fronteiras.

Em junho de 2002, quando realizava uma reportagem sobre supostos casos de exploração sexual de menores organizada por traficantes de droga em uma favela do subúrbio carioca, Vila Cruzeiro, o jornalista foi capturado, seqüestrado e torturado pelos membros da quadrilha de “Elias Maluco”, que logo o executaram com uma faca e queimaram o corpo. Sete integrantes do grupo, entre os quais “Xuxa”, foram condenados pelo crime a penas compreendidas entre vinte e três e vinte e oito anos de prisão.

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Como de hábito, no final das contas só quem paga é o jornalista.
Paga com a vida, bem entendido!

DE CLIENTE A PACIENTE

Um cliente do Bompreço teve um princípio de infarto na tarde deste domingo, enquanto estava na fila interminável para passar pelo caixa. Foi atendido a tempo, medicado e no final tudo não passou de um susto.
Esse blogueiro não vai cometer a leviandade de insinuar -quanto mais afirmar- que o cliente quase teve um ataque cardíaco por causa da fila.
Mas a espera para passar pelo caixa do Bompreço é mesmo de matar. Se não do coração, com certeza, de raiva.

“AEROSPITAL”

Itabuna possui profissionais de medicina de alto nível, que nada ficam a dever a seus colegas de Salvador e do Sul do País.
Mas a estrutura de atendimento continua a desejar.
Dois exemplos ocorridos na tarde deste domingo deixam isso bem claro.
Uma paciente, depois de medicada, teve que esperar uma hora e meia para ser liberada, porque o médico tinha que se desdobrar entre o pronto atendimento e a área de internação.
Outro paciente, com suspeita de fratura da face e reclamando da dor insuportável, discutiu feio com auxiliares de enfermagem, porque apesar de solicitado pelo médico, o raio X não pode ser feito, porque não havia operador no hospital.
Nem se alegue aqui que é o caos do SUS, porque em ambos os casos, os pacientes possuíam plano de saúde.
Entramos no século XXI e Itabuna é indiscutivelmente um dos principais pólos de saúde da Bahia.
Mas tem horas que o melhor hospital da cidade continua sendo o aeroporto.

PAMONHA JAMAICANA

A foto, resgatada por um amigo, é de Barack Obama nos tempos da faculdade.

Com esses olhinhos e o jeito de pegar o cigarro, deve ter sido tirada na Festa da Pamonha.

Pamonha jamaicana, per supuesto

O MICROFONE É SEU

O rádio foi e acredito que sempre será uma grande escola para os que se aventuram por esse vício incurável que é o jornalismo.
Exige improvisação, rapidez de raciocínio e agilidade, porque até a chegada da internet, com sua comunicação em tempo real, era o veiculo com maior rapidez pra se levar a informação.
Esporte e polícia são as áreas onde o sujeito aprende o be-a-bá e, se for do ramo, o alfabeto inteiro.
Não são poucos os grandes profissionais de televisão e mídia impressa que começaram no rádio. Como não são poucos os profissionais que brilham no próprio rádio mesmo.
Um desses profissionais é Ramiro Aquino, com uma longa e brilhante história no rádio itabunense, hoje um autêntico “homem-multimídia”.
A foto acima, que ´escaneei´ do jornal Papo de Bola, mostra Ramiro lá pelos idos de 1960, repórter de pista (ainda falam assim?) no velho campo da Desportiva.
Chapéu, óculos escuros, bermuda e sapato. Bem moderninho para a época, mas condizente com o calor que castiga o pessoal que fica à beira do campo (quando não é a chuva, que molha até os ossos).
O campo da Desportiva é apenas lembrança dos tempos em que em Itabuna se jogava um futebol de primeira.
O “velho” Ramiro está aí, mais comedido nos trajes, mas com o talento que a maturidade e a experiência só fazem melhorar.

BOICOTE NELES!

Na coluna de Maria Antonieta, Jornal Agora

A maneira como os supermercados daqui do eixo atendem os clientes deixa muito a desejar. Além de frios, são implacáveis no quesito filas, atendimento e informação. Funcionários malencarados, caixas sem preparo e filas intermináveis. Na hora da troca de algum produto é um Deus-nos-acuda. Em muitos deles, não há empacotadores. Querem que o cliente faça os pacotes como se funcionários das lojas fossem. Também aquelas filas dos cartões são um horror.

Fica-se em pé horas, porque o número de atendentes é mínimo.

Os idosos que se lixem. Too bad.

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Assino embaixo o que escreveu Tonet, com um adendo: a melhor maneira de combater isso é com o velho e bom boicote. Quando as pessoas deixarem de comprar nesses locais, o atendimento melhora, porque a única linguagem que eles entendem é a do lucro.

Santa Estupidez!

Quando a gente acha que não consegue se chocar com mais nada nesse país de dólares na cueca, policiais que deveriam proteger o cidadão e matam crianças indefesas, dinheiro da saúde e da educação desviado para vala insaciável da corrupção e quetais; eis que a televisão exibe cenas que chocam pela falta de escrúpulo e pela ausência total desse que é mais nobre dos sentimentos: a solidariedade.
As imagens de “voluntários” e de soldados do Exército desviando parte dos donativos enviados de todas as partes do Brasil para as vítimas das inundações que devastaram o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, beiram o escárnio.
Voluntários foram flagrados colocando quantidades enormes de alimentos em carros particulares e saindo tranquilamente dos centros de triagem de donativos. Um deles tentou negar o inegável, mas diante da imagem em que aparecia desviando alimentos, disse que era para doar à sua mãe, recém-saída de uma cirurgia. A pobre coitada deve se envergonhar de um filho que usa seu nome de maneira de tão infame.
Uma mulher, em meio a sorrisos, chegou a comentar com outra que um par de tênis que ela pretendia levar para o filho estava soltando o solado. E, diante de tamanha oferta, optou por um modelo mais novo. Como se estivesse numa loja, fazendo a mais inocente das compras.
Situação não menos revoltante foi gerada por soldados do Exército, destacados para atuar na seleção dos donativos para encaminhamento aos flagelados. Depois de se deliciarem com as opções de tênis, camisetas, blusas e calças à disposição e fazerem brincadeiras sobre quem seria o “proprietário” de determinado produto, saíram com as mochilas cheias, como se acabassem de dividir um butim de guerra.
Como bem disse o comando do Exército, são casos isolados e os soldados serão exemplarmente punidos. É bom que seja assim, porque se aquilo que se viu em Santa Catarina for regra, Deus nos livre de uma guerra. Ou de uma catástrofe de proporções nacionais, tamanha a falta de preparo desses rapazes, que deveriam ser treinados para ajudar as pessoas num momento de infortúnio e não para rapiná-las.
O desvio dos donativos em Santa Catarina causa asco, mas não pode ser tratado como algo isolado, atípico.
Ele está inserido num contexto em que, muito por conta da roubalheira em alta escala, respaldado pela mais sublime impunidade, cria a sensação de que não há nada demais em cometer pequenos deslizes.
Seria mais ou menos como abraçar o senso comum de que se nossos políticos roubam sem a menor cerimônia e nada acontece com eles; pequenos gestos ilegais como sonegar impostos, fazer “gato” de água e energia elétrica, subornar o guarda de trânsito ou o fiscal de obras são pecadilhos menores.
Assim, torna-se natural para algumas pessoas se alistarem como voluntárias com o único objetivo de desviar roupas e alimentos, sem levar em conta que eles vão fazer falta -e muita- para os desafortunados que perderam tudo nas inundações e estão passando fome e frio.

Alguns quilos de alimentos, uns tênis e umas blusas usadas desviados podem parecer pouco ou nada na corrupção em larga escala, que estamos acostumados a presenciar diariamente.
Mas representam muito na medida em que demonstra que, contagiados por essa noção equivocada de que tudo é permitido e tolerado, até os mais simplórios dos cidadãos não se furtam de desviar donativos como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. E que apenas deram o azar de serem flagrados por uma indiscreta câmera de televisão.
Decididamente, não é esse o Brasil que queremos.
Talvez seja o Brasil que estamos construindo. O que é pior, muito pior.

HOMEM-SAPATO

Se a moda pega no Brasil, os nossos políticos passarão a conceder entrevistas coletivas com vidros a prova de balas. Ou a prova de sapatos.

Mas, cá entre nós: eu quero ser goleiro do time que jogar contra esse repórter atuando de centro-avante.

Vá ser ruim de pontaria assim lá em Bagdá.

Fidel Castro, moribundo e tudo, se tivesse uma chance dessas acertaria pelo
menos uma sapatada na cara do Bush.

HOMEM-SAPATO

Se a moda pega no Brasil, os nossos políticos passarão a conceder entrevistas coletivas com vidros a prova de balas. Ou a prova de sapatos.

Mas, cá entre nós: eu quero ser goleiro do time que jogar contra esse repórter atuando de centro-avante.

Vá ser ruim de pontaria assim lá em Bagdá.

Fidel Castro, moribundo e tudo, se tivesse uma chance dessas acertaria pelo
menos uma sapatada na cara do Bush.





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