Cerca de 600 pneus usados e descartados de forma irregular foram recolhidos só este mês, em Itabuna, pelos Agentes de Endemias, do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde. Eles visitam diariamente borracharias, terrenos baldios, demais áreas públicas e ferros velhos, recolhem o material e encaminham para a Rua Alício de Queiroz, nº 567, bairro de Santo Antônio, onde a Prefeitura de Itabuna, mantém um Ecoponto.

O supervisor dos agentes de endemias, Clodoaldo Oliveira, explica que a Coordenação do Programa de Combate às Endemias mantém uma equipe só para este tipo de trabalho. Eles percorrem diversos locais como borracharias, sucatas e terrenos para o recolhimento e destino correto.

Ele lembra que pneus abandonados sob a ação do tempo, são ambientes favoráveis para a hospedagem e proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor das arboviroses, “portanto, todo cuidado é pouco na eliminação e no combate ao vetor das arboviroses que ainda continua fazendo vítimas não só na Bahia, mas também em outras partes do país”, alerta o supervisor.

Clodoaldo diz que a comunidade tem um papel fundamental na luta pela eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, tanto nos quintais de suas casas quanto no caso dos pneus que são descartados de forma irregular. “As pessoas podem denunciar possíveis focos de dengue ou pedir a remoção de pneus pelo disk dengue 73- 3612-8324 da Secretaria Municipal de Saúde”, orienta.

E ainda orienta sobre o descarte de pneus usados no Ecoponto, a exemplo do que já vem ocorrendo. “Muitos donos de borracharias estão mais conscientes e já fazem o descarte legal entregando no ecoponto em horário comercial. Uma atitude importante que só traz benefícios para todo o  município”, reforça.

Já a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Maristela Antunes, reforça a importância das pessoas estarem atentas a alguns cuidados simples, mas indispensáveis para o controle da dengue em Itabuna.  Ela lembra que a água pode se acumular em qualquer recipiente, grande ou pequeno e, principalmente em reservatórios d’água sem tampa, além dos próprios pneus que são verdadeiros focos para a proliferação do Aedes aegypti.