A Bamin promoveu, nesta quinta-feira (24), uma jornada de apresentação do Complexo Intermodal Porto Sul a veículos de imprensa do sul da Bahia. O objetivo da iniciativa, segundo a multinacional, foi oferecer uma visão abrangente do empreendimento, do canteiro de obras às medidas compensatórias e de redução dos impactos socioambientais do projeto, que também envolve o trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a mina Pedra de Ferro, em Caetité.

Diante de uma maquete, o engenheiro Alberto Vieira, diretor-geral de implantação da Bamin, explicou como o porto e a ferrovia formarão o corredor logístico para escoar o minério de ferro extraído a mais de 500 quilômetros do litoral de Ilhéus. Atualmente, segundo ele, as três frentes de trabalho empregam 1.818 pessoas, com 69% de mão de obra local.

GERAÇÃO DE EMPREGOS

No auge da mobilização das forças produtivas, em 2025, os empreendimentos vão gerar 15 mil empregos, acrescentou Alberto, com sotaque mineiro. Na fase de operação, com início previsto para agosto de 2027, esse número cairá para 1.400 postos de trabalho.

A Bahia Mineração S/A é uma subsidiária do Eurasian Group Resources (ERG), conglomerado de origem cazaque. Na fase de estudos,  licenciamento e início da implantação dos negócios em solo baiano, o grupo afirma ter investido R$ 10 bilhões. Outros R$ 20 bilhões serão empregados nos próximos cinco anos, com o propósito de transformar a Bahia no terceiro maior produtor de minério de ferro do País.

REABILITAÇÃO DE ANIMAIS

Além da flora, a devastação de um hotspot da biodiversidade, como o do litoral norte de Ilhéus, é um terror para a fauna. A Bamin informa que já resgatou mais de 69 mil animais, com a soltura de 67 mil deles. O bichos feridos são levados para o centro veterinário montado pela empresa na Ponta da Tulha.

Os jornalistas também visitaram o local. Conforme a equipe da Bamin, a unidade também reabilita animais resgatados fora da área de influência do complexo. Num dos abrigos, a coordenadora de Meio Ambiente do projeto, Ananda Marson Silva, pediu que os visitantes falassem baixo para não perturbar o sossego dos bichos. Ali se recuperavam uma jiboia, um carcará e uma linda coruja.

Ao lado do centro cirúrgico, diante de equipamentos de ponta, a bióloga Bárbara Buss, analista ambiental da empresa, informou que até sete animais podem ser operados em apenas um dia, se necessário