Indigenas promovem ato em Brasilia Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

 

O Acampamento Terra Livre, que reune cerca de  seis mil indígenas e que acontece  em Brasília entra em seu segundo dia de mobilização. O dia de ontem  foi marcado pela apresentação das delegações e a Marcha ao Congresso que terminou com uma sessão solene no Auditório Ulysses Guimarães do Congresso Nacional,  com a presença de cerca de 600 lideranças indígenas.

 

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organizadora do evento, o ATL reforça a importância da demarcação das terras indígenas no Brasil, paralisadas nos últimos quatro anos. A entidade destaca que mais de 200 terras indígenas estão na fila da demarcação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Povos de várias etnias chegando para o Acampamento Terra Livre 2023 na Esplanada dos Ministérios. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

 

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organizadora do evento, o ATL reforça a importância da demarcação das terras indígenas no Brasil, paralisadas nos últimos quatro anos. A entidade destaca que mais de 200 terras indígenas estão na fila da demarcação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ao todo, 13 territórios estão com o processo em andamento, com a homologação a ser feita. Até o momento, cerca de 600 foram regularizadas.

O ATL é organizado pela Apib e construído em conjunto com suas sete organizações de base, sendo elas: Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), Comissão Guarani Yvyrupa, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho do Povo Terena e Assemble?ia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).

Agora pela manhã está acontecendo uma plenária  com a participação de lideranças das organizações regionais que formam a APIB e das autoridades indígenas no governo  como a ministra dos Povos Indígenas  Sônia Guajajara, Joênia, Weipe, Célia, Luiz Eloy,  prestando contas destes primeiros três meses de governo de  apontando desafios.

 

Joênia destacou que  foram  encaminhadas catorze  áreas  para decreto de homologação; cinco áreas  encaminhadas ao MPI para assinatura de Portaria Declaratória; catorze Grupos de Trabalho criados ou recriados; duas Portarias de Restrição de Uso de Terras Indígenas por não indígenas renovadas; revogação de decretos que permitiam a exploração de áreas demarcadas, além da liberação de recursos conseguidos para retomar as medidas de proteção e fiscalização de terras indígenas.

Todos os presentes  reiteraram que a ocupação dessas instâncias de governo são fruto da mobilização dos povos indígenas e responsabilidade compartilhada. Durante a tarde acontecerão plenárias discutindo temas específicos, além de atividades em  tendas de várias tribos que se deslocaram para Brasília.

 

O ambiente é de  muita diversidade, cantos, rezas, maracás, danças. Lideranças do Conselho Indigenista Missionário-CIMI, acompanham as delegações  e oferecem suporte aos indígenas.

 

(Fotos  Joédson Alves/Agência Brasil e CIMI-divulgação)