Anna Lívia Ribeiro

Pra mim um dos grandes prazeres da vida é viajar. Conhecer novos lugares, pessoas e culturas enriquece de conhecimento o meu mundo.

Melhor ainda é fazer tudo isso ao lado de quem você ama. Sabe como?

Realizando uma viagem transgeracional, mais conhecida como viagem em família. Isso mesmo! Conhecer um lugar novo ou revisitá-lo junto com filhos, pais, netos, irmãos e avós é tão divertido quanto viajar com amigos ou mesmo a sós.

Essas viagens reúnem membros de várias gerações em uma mesma proposta de roteiro.

Além disso, viajar com a família é uma oportunidade de aconchego, de ficar mais perto, ganhar mais confiança e intimidade, pois nos proporciona situações que na correria do dia a dia não são notadas ou valorizadas. Os pais não precisam deixar de viajar porque tem crianças, não precisam deixar seus filhos com os avós para poderem curtir uma viagem se todos podem viajar juntos.

Essas experiências compartilhadas ficam na memória afetiva de todos. Os registros feitos através de vídeos oufotos rendem boas recordações nos encontros da família e tornam esses momentos especiais em inesquecíveis. Essas lembranças afetivas, ligadas principalmente às viagens durante a infância e a adolescência, são as que mais ficam registradas na memória porque, nessa idade,  ainda estão em desenvolvimento pessoal e emocional.

O modelo familiar vem se transformando ao longo dos anos. Os avós da atual geração estão mais ativos a cada dia e buscam curtir os netos. Uma viagem unindo avós e netos não é mais tão improvável, pois há destinos onde é possível satisfazer todos os gostos das gerações. Conviver e viajar com os avós pode ser uma experiência surpreendente e traz enormes benefícios.

Foi essa experiência surpreendente que vivenciamos juntos – eu, minha filha e os meus netos – em um lugar divertido e que conta a nossa história – Porto Seguro. Aproveitamos cada momento da viagem e busquei levá-los a lugares como: museus, sítio arqueológico, aldeia indígena, entramos em contato com a cultura local e, claro que não poderia faltar, aproveitamos as aventuras no parque aquático de Arraial D’Ajuda.

Levá-los para ter contato com a cultural local foi extremamente interessante do ponto de vista pedagógico. Ouvir as relações que eles faziam com o que aprenderam na escola, com o que ainda não aprenderam e perceber in loco como a nossa história está sendo contada para ressignificar e desconstruir algumas falas. Quanto conhecimento eles adquiriram nesses quatro dias imersivos, desde o modo de caminhar dos indígenas na mata até o domínio do medo e a confiança em si mesmos para se aventurarem em uma tirolesa. Como dizia o mestre Paulo Freire, “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”.

Agora, diga pra mim: qual criança não gosta de estar com seus avós? Eu não conheço nenhuma. Os meus curtem demais a minha companhia, as minhas aventuras. Viajar com eles é uma oportunidade maravilhosa de exercitarmos o respeito, a colaboração, alguns segredinhos, viver histórias e, sobretudo, o amor.

Afinal, quem não quer aproveitar tudo o que tem de bom da convivência com os netos?

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Anna Lívia Ribeiro é ilheense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão de Turismo, Agente de Viagens.