waldenyFaleceu na noite de ontem, dia 3, no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, o radialista, jornalista e escritor Waldeny Andrade, 852  anos. Ele havia sido internado, há cerca de 20 dias, para a substituição de uma válvula do coração.

Seu estado de saúde inspirava cuidados, já que o problema cardíaco o debilitou bastante. Na unidade hospitalar recebeu cuidados intensivos, sendo até entubado. Mas, a situação se agravou na noite de terça-feira quando faleceu.

Waldeny dirigiu a Rádio Jornal e o Diário de Itabuna por mais de duas décadas, depois de ter atuado em emissoras de rádio de Ilhéus. Foi integrante do quadro societário da   Associação Bahiana Imprensa (ABI). Waldeny também foi vereador em Ilhéus, cassado pelo regime militar em 64,

 

Nos últimos anos havia se dedicado com sucesso à literatura tendo publicado quatro livros: Vidas Cruzadas  – Confissões de Um Enfermo (2013); A Ilha de Aramis – 40 Anos de Eleições em Itabuna (2015); e Serra do Padeiro – A Saga dos Tupinambás (2017).

Sua última obra literária A Noite no Vale do Cotia – Um Grito de Socorro pelo Meio Ambiente teve lançamento no começo de dezembro do ano passado no Jequitibá Plaza Shopping e estava em pauta para Ilhéus.

O escritor e radialista deixa muitos amigos, filhos e netos e a viúva Eliene Andrade. O ultimo adeus a Waldeny Andrade será no velório do SAF em Itabuna. O sepultamento será as 15h no Campo Santo sob protocolo devido à pandemia.

DEPOIMENTOS

VALÉRIO MAGALHÃES

Valdenir Andrade é um conceito para a comunicação sul baiana. Daqueles professores que se especializaram em quase todos os segmentos da nossa profissão, sempre com competência técnica e ética. Um jornalista e um radialista que deixa uma marca na história do Sul da Bahia e do Estado da Bahia.
Além de ser um amigo sempre disposto a ouvir os companheiros
Solidario. Compreensivo. Fará muita falta. Mais um momento de tristeza para nós. Mas uma perda dolorida. Muito dolorida.

LUIZ CONCEIÇÃO

Quem conviveu com Waldeny Andrade sabe do rigor que exigia de todos os colaboradores ao microfone ou no textos de jornal. Apesar da dureza tinha afável coração. Era o mais cordial, ético e correto dos amigos que tenho. Que mantenha-se íntegro para onde se foi. Fica a memória e a saudade. E, confesso, lágrimas apesar de me ter prometido apenas orar em agradecimento por sua amizade.

MAURICIO MARON

Nos últimos anos, chegamos a ser vizinhos. O colega Waldeny tornou-se o “Wal” dos encontros diários. Sempre gentil, respeitoso, correto. Perdemos uma referência. Perdemos o brilho nos olhos a cada inspiração para um novo livro. Publicá-los, mantinha Wal vivo, forte, feliz. 

WALDENOR FERREIRA

Bem jovem, aos 17 anos, botei na cabeça que queria trabalhar com comunicação. Esse meu desejo ganhou força com o _apoio de Waldeny Andrade. Foi ele quem me deu a primeira_ oportunidade no rádio e no jornal. Bons tempo aqueles vividos na Rádio Jornal e no Diário de Itabuna, empresas muito bem dirigidas por Waldeny. Lembro também que foi através dele que li o primeiro livro de Jornalismo. Waldeny me emprestou, e nunca mais teve de volta, um “Natalício Norberto”. Vá em paz, meu companheiro! Meu exemplo de ética e de solidariedade.