:: 26/maio/2020 . 15:48
Forró Solidário ajudará famílias no Sul da Bahia
Em meio à pandemia covid-19, a dupla Silvano e Carla resolveu realizar uma apresentação no próximo domingo (31), às 14h, numa live no YouTube que promete aquecer o clima junino nas casas dos forrozeiros e forrozeiras de plantão. O projeto tem como objetivo arrecadar um cachê solidário para os artistas e, ao mesmo tempo, ajudar instituições de Itabuna com a doação de alimentos.
As entidades parceiras que serão beneficiadas são o Centro Público de Economia Solidária (Cesol) seccional Litoral Sul e o Albergue Bezerra de Menezes, ambos de Itabuna. O Cesol realiza um trabalho de assistência técnica com mais de 1200 famílias de toda a região, envolvendo 26 municípios.
Com o distanciamento social provocado pela pandemia, muitas famílias da economia solidária e da agricultura familiar já enfrentam dificuldades para o sustento. Poderão ser doados alimentos não perecíveis, itens de higiene e de limpeza. Todo o material será direcionado às instituições que montarão cestas básicas para doação às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Igreja católica mantem missas suspensas em Ilhéus
O Bispo Diocesano de Ilhéus, Dom Mauro Montagnoli (foto) emitiu uma nota à comunidade católica de Ilhéus, onde se manifestou sobre a reabertura dos templos religiosos no município, conforme o decreto 037/2020 publicado no último sábado (23).
Para Dom Mauro a decisão foi tomada partindo do ponto de que a Igreja é serva do Senhor da vida, e busca especialmente o cuidado com o próximo. A decisão foi tomada em conjunto com os demais padres de Ilhéus.
“E tendo consultado os padres que atuam nas paróquias da cidade de ilhéus, como pastor e pai, zelando pelo bem-estar de todos e por medida de precaução e prudência, achamos por bem manter fechadas as nossas igrejas e capelas para as celebrações presenciais de culto, ou seja, missas e demais sacramentos, bem como quaisquer outros tipos de atividades que regem aglomerados”, diz um trecho da nota.
Encontro discute turismo pós-pandemia na Costa do Cacau
No “novo normal”, será tendência a busca por destinos e segmentos que ofereçam segurança sanitária, sem aglomerações de pessoas, proporcione experiências autênticas e contato com a natureza ao turista. Neste cenário, o Turismo Rural surge como estratégia de desenvolvimento do turismo na recuperação após a pandemia.
Para a Costa do Cacau, assim como para outros destinos turísticos do Estado da Bahia que possuem ofertas de recursos naturais, o momento traz uma oportunidade de melhor trabalhar o potencial desses atrativos, através da simplicidade, belezas, riqueza cultural e tranquilidade da vida no campo.
Para enriquecer o debate, a Eixo 4 – Soluções Inteligentes convidou quatro profissionais renomados, Claudiana Figueredo, Marita Moura, Gerson Marques e Marco Lessa, que irão abordar pontos fundamentais relacionados ao tema, enfatizando os desafios e oportunidades do Turismo Rural, que surgem com a atual crise mundial.
A Webinar será nesta terça-feira, dia 26 às 17h00, e acontecerá na Plataforma Zoom.
UFSB Ciência: Artigo detalha pesquisa que subsidiou programa Farinheira Sustentável
Um dos produtos mais tradicionais da agricultura nacional, a produção da farinha de mandioca é tema de um artigo publicado no número 3 do volume 31 da revista Agrotrópica no final de 2019, sobre os resultados de pesquisa de campo junto às casas de farinha no município de Alcobaça, Bahia. A investigação forneceu dados úteis para as propostas do programa Farinheira Sustentável, iniciativa interinstitucional que oferece oficinas de capacitação e orientações para o aprimoramento da estrutura desses empreendimentos.
A autoria do artigo Caracterização do sistema de produção em casas de farinha no município de Alcobaça, Extremo Sul da Bahia é de Luísa Martha Kuhn, Lívia Santos Lima Lemos, Breno Meirelles Costa Brito Passos, Luanna Chácara Pires, da Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB, Jeilly Viviane R. da Silva B. de Carvalho e Luciana Longo Ribeiro (Polímata Soluções Agrícolas e Ambientais). A pesquisa descrita no artigo foi realizada em parceria com a empresa Suzano S/A, que mantém um Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) voltado para a produção e o beneficiamento da mandioca, e assistência técnica da Polímata Soluções Agrícolas e Ambientais.
No trabalho realizado em campo, a equipe aplicou um questionário semiestruturado para saber mais sobre as farinheiras e as pessoas que nelas trabalham. As perguntas foram organizadas em sete seções: informações gerais, plantio e produção, destinação de resíduos, infraestrutura, segurança, comercialização e condições sanitárias e atendimento às normas vigentes. O estudo foi realizado entre agosto de 2017 e agosto de 2018 junto a 67 casas de farinha.
Dentre os resultados encontrados, os autores perceberam que 63% das farinheiras integrantes do estudo atuavam em condições rústicas e tradicionais, com pouca inclusão de novas tecnologias, falta de boas práticas de produção, riscos para a segurança laboral e para o ambiente. Em geral, os trabalhadores apresentaram pouca instrução formal, o que impede, dentre outras coisas, o melhor aproveitamento da manipueira, resíduo líquido poluente do processo de fabricação da farinha, e favorece o descarte inadequado na natureza: 72% dos empreendimentos não armazenavam corretamente esse resíduo. 63% também é a porcentagem de mão-de-obra familiar envolvida no funcionamento das casas, em contraponto aos trabalhadores contratados (6%). 57% das casas de farinha apresentam solo de chão batido, com alguns sinais de esforço dos empreendedores para melhorar a infraestrutura, dentro de suas possibilidades: 43% dos locais possuem chão de cimento e todas contam com telhado de amianto.
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