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A agricultura familiar da Bahia mais uma vez marca presença no Mesa São Paulo, o evento de gastronomia mais importante da América Latina, com produtos derivados de licuri, umbu, maracujá do mato, castanha, nibs de chocolate e café, que serão apresentados por cooperativas baianas de 24 a 27 de outubro, no Memorial da América Latina, na capital paulista.

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A ação é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), no âmbito do projeto Bahia Produtiva, que conta com empréstimo do Banco Mundial, visando promover mais espaços de comercialização dos seus produtos das cooperativas.

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Neste ano, o Mesa será uma plataforma de lançamento do Terra Madre 2020, que será realizado em junho, em Salvador, pelo Slow Food Brasil, em parceria com a CAR. O evento, que reúne comunidades do alimento, de acadêmicos, cozinheiros e toda a comunidade do Slow Food, acontece a cada dois anos na Itália e terá uma edição especial voltada unicamente para o Brasil.

No Mesa São Paulo, as cooperativas da agricultura familiar expõem seus produtos no estande localizado no Espaço Farofa, organizado pelo Governo da Bahia, por meio da SDR/CAR em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur). No local, os visitantes podem conhecer e degustar saborosos produtos de cinco cooperativas, fortalezas do Slow Food, comunidade dos alimentos que preserva os produtos da sociobiodiversidade e comunidades tradicionais.

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No evento, participam a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (Cooperbio), além do Assentamento Dois Riachões, que possuem investimentos do Bahia Produtiva.

 

Novos negócios

Para o gestor da Cooperbio, André Ferreira, a expectativa de participar do Mesa SP é de apresentar possibilidades dos cafés especiais e orgânico para a gastronomia do Brasil: “Hoje trabalhamos com chefs de cozinha que se misturam com enólogos e apresentam bons vinhos. Queremos mostrar que um bom café pode fazer parte de um cardápio de um bom restaurante e também fazer parte da mesa do dia a dia da pessoa, que consome café no seu cotidiano. Nossa expectativa é fazer contatos  que nos possibilitem trabalhar e conversar sobre isso.  Desmitificar que o café especial é para poucos e trazer as possibilidades para o consumo da família. Fazer bons relacionamentos e compreender um pouco como esse universo está se relacionando com o café”.

 

Para a representante do Assentamento Dois Riachoes,  localizado em ibirapitanga, Elismari Silva de Oliveira, participar pelo segundo ano do evento é gratificante, pois é possível  se relacionar com outros agricultores e outras fortalezas do Slow Food: “Uma oportunidade de  apresentar o nosso produto e fazer essa relação com os consumidores, com o mercado comercial, informar de que forma ele é produzido, que é alimento bom, alimento limpo e justo, produzido de forma agroecológica, respeitando os princípios da natureza.  A nossa expectativa é muito grande, porqe nesse evento a gente consegue vivenciar e fazer essa troca de saberes e sabores  e partilhar da  nossa produção e de outros agricultores”.

 

Já no Congresso Tendências, serão realizadas aulas de chefs baianos e personalidades, como Carlo Petrini e Bela Gil, promovendo as inciativas em comum e em parceria do Governo da Bahia e do Slow Food Brasil, que irão realizar o Terra Madre Brasil.