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Terminou  na capital cubana, Havana, a 24ª reunião anual do Fórum de São Paulo, que reuniu partidos políticos de esquerda de mais de 20 países da América Latina e o Caribe entre os dias 15 e 17 de julho. Na declaração final, a organização destaca a “ofensiva reacionária, conservadora e restauradora neoliberal” no continente e rechaça os golpes de estado ocorridos na região, a começar pelo de Honduras em 2009, passando pelo Paraguai em 2012 e o Brasil em 2016. O documento repudia “a condenação sem provas e a prisão de Lula para impedir sua candidatura à presidência da República”.

“Exigimos a liberdade imediata de Lula, depois de uma condenação e prisão sem provas, e o direito a ser candidato presidencial nas eleições de outubro no Brasil, respeitando a vontade da maioria do povo brasileiro. Lula Livre! Lula Inocente! Lula Presidente!”, diz o texto.

f 2O Fórum defende ainda que a América Latina e o Caribe sejam declaradas “zona de paz” e condena as iniciativas de desestabilização no continente, como o descumprimento dos acordos de paz entre o governo colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), os recentes protestos violentos na Nicarágua e a “guerra não-convencional” contra a Revolução Bolivariana na Venezuela.

“Respaldamos o pedido das forças políticas e sociais da Colômbia para que o governo colombiano cumpra com a implementação dos Acordos de Havana (…). Rechaçamos de forma enérgica a política intervencionista dos Estados Unidos nos assuntos internos da Nicarágua Sandinista (…) Denunciamos, desta vez com razões adicionais, o papel intervencionista da OEA [Organização dos Estados Americanos], que segue sendo utilizada pelo governo dos Estados Unidos como seu Ministério de Colônias. (…) Condenamos a guerra não convencional e de amplo espectro, aplicada pelo imperialismo ianque e seus aliados europeus, latino-americanos e caribenhos contra a Revolução Bolivariana”.

O texto exige ainda a “eliminação de todas as 77 bases militares estadunidenses que existem na região”