:: 23/abr/2016 . 8:02
Três passeios, um drama e um adeus precoce
Daniel Thame
Dos cinco times que iniciaram a disputa da Libertadores 2016 apenas um, o Palmeiras, ficou pelo meio do caminho e caiu logo na primeira fase.
O Palmeiras, com o dinheiro da Crefisa e contratando jogadores `de baciada`, como se dizia nos tempos de antanho, era o time que parecia ir mais longe, mas trombou com seus próprios erros. Empatar com o medíocre River Plate (o genérico) e perder para o Nacional em casa e em Montevideo, foi fatal. E o Verdão, que parece ter renascido com Cuca, junta os cacos e só tem o Paulistinha como consolo e depois o Brasileirão e a Copa do Brasil como meta.
Dos quatro que sobreviveram, três passearam (embora o Grêmio com alguns escorregões) e um viveu um drama que é a cara da Libertadores.
O Atlético não teve nenhuma dificuldade em passar por um grupo que tinha Independente del Vale, Colo Colo e Melgar. Perdeu quando poderia perder, goleou quando deveria golear e terminou seu grupo em 1º. lugar e agora pega o Racing da Argentina nas oitavas de final. Jogo duro, mas o Galo é favorito.
O Corinthians também passeou no grupo que tinha o Santa Fé, o Cerro Portenho e o Cobresal. Parecia que iria sofrer após o desmonte chinês, mas nas mãos de Tite, o Corinthians manteve-se letal e fechou a chave na liderança. Nas oitavas, pega o Nacional do Uruguai, que tem a seu favor apenas a tradição. O Corinthians avança, até porque decide em casa, onde a torcida faz a diferença.
O Grêmio passou sem muito susto pelo chamado Grupo da Morte que tinha Tolima, San Lorenzo e LDU. Ficou atrás dos mexicanos e enfrenta o Rosário Central. Sem craques, mas bem treinado por Roger, time copeiro, os gaúchos farão um duelo interessante contra os argentinos. Sem favoritos.
Já o São Paulo, esse vive um drama que só terminou aos 50 minutos do segundo tempo do último jogo, contra o The Strongest, na desumana atitude de La Paz. 1×1 e vaga garantida, de um time que alterna grandes exibições com partidas medíocres. Nas oitavas, pega o Toluca, sem Calleri, o Salvador da Pátria, expulso contra os bolivianos. Resumo: se passar de fase -e dificilmente passará- é lucro.
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É gol- Viva a torcida do Corinthians. Ainda existe luz nas trevas paulistas.
É pênalti- Com Messi intocável e Luis Suarez blindado pelos gols, Neymar paga o pato pela fase ruim do Barcelona.
Não é esse gênio quase-Pelé que a mídia tupiniquim pinta, mas é um fora de série. Vive seu momento mané, mas passa.
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