Uma passeata de índios tupinambás entre Olivença e o Pontal reuniu cerca de 100 pessoas ontem (29) e lembrou o massacre de indígenas ocorrido no século 16 na praia do Cururupe, em Ilheus.

Durante a manifestação, foi distribuída  uma  nota publica exigindo a imediata demarcação de uma área de 47 mil hectares que abrange os municípios de Ilheus, Buerarema, Una e Itaju do Colônia. O processo, já aprovado pela Funai, está parado no Ministério da Justiça.

A nota critica a presidenta Dilma Rousseff, acusada de defender apenas o agronegócio e não avançar na reforma agrária a acusa a imprensa de se posicionar em favor de produtores que tem suas propriedades invadidas.

“Rebatemos as publicações sensacionalistas divulgadas na região contra os povos indígenas, retratando-os como selvagens e bandidos, com o claro objetivo de fortalecer uma opinião pública anti-indígenas”, diz a nota.

Assinam o manifesto, entre outras entidades, o Conselho Indigenista Missionário, a Comissão Pastoral da Terra, as Comunidades Eclesiais de Base (as três, ligadas à Igreja Católica), o Movimento de Luta pela Terra (MLT), a União Geral dos Trabalhadores e o Instituto Floresta Viva, este ligado à Natura e que faz campanha ostensiva contra a implantação do Porto Sul.