Geraldo Simões defende suspensão do processo de demarcação de área indígena no Sul da Bahia
O deputado federal Geraldo Simões fez pronunciamento no Congresso Nacional solicitando a suspensão imediata da demarcação, avalizada pela Funai, de uma área de 47 mil hectares para índios tupinambás em Ilhéus/Olivença, Buerarema, Una e São José da Vitória.
Na semana passada, Simões alertou para a grave situação vivida no Sul da Bahia, com o conflito indígena em Buerarema, com dois pronunciamentos sobre o assunto, no dia 13 e no dia 15, solicitando providências do Governo Federal. Na sexta-feira, ele enviei uma carta à Ministra Gleisi Hoffmann da Casa Civil reiterando a solicitação.
Até a semana passada foram 63 invasões de propriedades, com pessoas feridas, incêndios, atos de violência armada. Para culminar, na sexta-feira produtores rurais e moradores, atemorizados pela violência, ocuparam a BR 101, impedindo o trânsito. Várias viaturas oficiais foram queimadas.
Nesta segunda feira a Força Nacional de Segurança chegou à região, com um destacamento de 40 integrantes. “Considero que é uma medida muito importante tomada pelo Governo Federal para garantir a tranquilidade e o respeito à Constituição”, disse o parlamentar.
Para Geraldo Simões, “somente estas providências não são suficientes. É preciso garantir a avaliação objetiva da extensão do conflito. Para isso, o processo de demarcação de terras efetuado pela FunaiI deve ser suspenso e reavaliado”.
De ontem para hoje foram invadidas mais quatro fazendas, apesar da presença da Força Nacional. Isto provocou a reação da população de São José da Vitória, cidade próxima a Buerarema, onde mais de mil pessoas interditaram novamente a BR 101. No local queimaram uma viatura da FUNAI e existe a ameaça de mais violência.
A HORA É DE DIÁLOGO
“A situação como está é insustentável. s comunidades indígenas existentes e com direitos constitucionais a terras devem ser identificadas e, com seus representantes, convocadas à mesa de negociação, buscando alternativas concretas que evitem novas violências. Tudo em um processo claro, aberto de diálogo e paz”, ressaltou.
“Estamos convencidos que nossa região do Sul da Bahia tem lugar para todos seus habitantes viverem uma vida digna, produtiva e em paz. Os assentamentos de agricultores, promovidos pelo Governo devem ser respeitados. Os verdadeiros indígenas que assim forem reconhecidos deverão ter acesso a suas terras por meio de um processo pacífico e legal”, disse Simões.
Para ele, “devemos buscar soluções que atendam a todos os cidadãos e criar um clima de otimismo e concórdia que seja compatível com a perspectiva positiva de desenvolvimento regional, garantindo a melhoria de vida para todos, com respeito aos direitos constitucionais, tanto individuais, como sociais”..
“Esta é a tarefa do Governo Federal, em parceria com o Governo da Bahia, com a colaboração das prefeituras e participação direta de todos os envolvidos neste processo. Que todos assumam claramente suas responsabilidades pelo que acontece e pela construção do futuro de nossa região”, finalizou o deputado..











