“Este é o programa mais importante do Brasil para a convivência com o semiárido”, afirmou o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao visitar no final da tarde desta quarta-feira (12) a Estação Experimental da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), em Utinga, onde 40 técnicos estão sendo capacitados para a implantação do Programa Palmas para o sertão, que visa a segurança alimentar do rebanho da agricultura familiar.

De acordo com o secretário, o PAC do Semiárido, que ele tem solicitado à presidente Dilma Rousseff, já começou na Bahia, com o Programa Palmas Para o Sertão; com 1.300 barragens subterrâneas que serão construídas nos 250 municípios que decretaram situação de emergência por causa da seca, com recursos conseguidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri); com o Programa Água Para Todos, do governo do Estado; com poços, produção de mudas de caju e umbu pela EBDA, e com a biofábrica que está sendo viabilizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti), para a produção de mudas de sisal.

O secretário Eduardo Salles, que à noite reuniu-se com centenas de agricultores familiares na Casa Paroquial de Utinga, disse que “nossa meta é fazer com que cada criador tenha pelo menos meia tarefa plantada com palma adensada, para garantir a alimentação animal nos períodos de seca”. Para tanto, informou, além das unidades demonstrativas, que vão multiplicar as mudas, o governo do Estado vai implantar quatro biofábricas para produção de mudas sadias de palma.
Durante o encontro com os agricultores, no Salão Paroquial de Utinga, Salles anunciou a instalação de uma estação meteorológica no município, equipamento de suma importância, especialmente nos períodos de seca, quando se torna ainda mais necessário o monitoramento do clima para a gestão dos recursos hídricos disponíveis. Ele apresentou as medidas emergenciais e estruturantes que o governo está adotando para amenizar os prejuízos causados pela longa estiagem, e afirmou que “nosso objetivo é estruturar o semiárido para a convivência com a seca”, explicando que “com água para os animais, e reserva alimentar vamos ter melhores condições de conviver com o semiárido”.

Para tanto, informou ele, aliado às ações que o governo do Estado está adotando, a Seagri está reivindicando à presidente Dilma Rousseff a criação do PAC do Semiárido, com o objetivo de viabilizar ações voltadas para estruturar o semiárido. “Queremos, dentro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a liberação de recursos destinados a perfurar poços artesianos, mesmo com água salobra, para dessedentação animal; plantação de palma adensada, para formação de reserva estratégica de alimentos; produção e distribuição de mudas de caju, umbu e outras espécies resistentes à seca, construção de pequenas, médias e grandes barragens para perenizar riachos e rios do sertão, dentre outras ações”, informou o secretário.