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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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“OSCALIPTO”


Sem muito alarde, o cultivo de eucalipto vai atravessando o Rio Pardo, que parecia ser o limite natural da árvore que alimenta a indústria de papel e celulose.

Já é possível observar áreas de plantio de eucaliptos em Camacan, Arataca e São José da Vitória. Pequenas áreas é bem verdade, mas um sinal de que se rasga uma nova fronteira no Sul da Bahia.

Sem entrar na paranóia e na baboseira apocalíptica de alguns ambientalistas, faça-se o alerta: se o eucalipto se entranhar na Região Cacaueira, vai fazer aquilo que nem a vassoura-de-bruxa conseguiu: devastar a Mata Atlântica.

Abutres


Em meio à imensa manifestação de solidariedade às vítimas da tragédia que se abateu sobre as cidades da serra fluminense, existem aqueles que desviam donativos e comerciantes que aumentam preços de produtos de primeiríssima necessidade nas áreas afetadas, como água mineral, gás de cozinha, velas, etc.

Verdadeiros canalhas insensíveis, que merecem punição exemplar, para aprenderem a respeitar a dor e o sofrimento dos quais eles um dia podem ser vítimas.

A sua mulher deixa?


É praticamente impossível freqüentar um bar em Itabuna ou uma barraca de praia em Ilhéus para relaxar e conversar com os amigos em torno de uma cerveja gelada (sim, existe gente que conversa!), sem ter o seu lazer atrapalhado pela barulheira infernal.

Quando não é o próprio bar que exibe um volume de som que impede qualquer conversa amena, são donos de veículos, que mais parecem trios elétricos que param na rua para despejar toneladas de som, invariavelmente com aquelas músicas que qualquer celerado conseguiria produzir.

É um misto de exibicionismo e falta de bom senso. A pessoa não se importa (cadê cérebro para processar isso?) em estar incomodando. O importante é exibir seu brinquedinho, chamar a atenção.

De uns tempos para cá, alguns mais necessitados de aparecer, colocam caixas de som na carroceria de caminhonetes e chegam a instalar uma espécie de reboque, onde colocam enormes de caixas de som.

Em Itabuna, bairros com grande concentração de bares como Santo Antonio, São Caetano, Conceição, Califórnia e Pontalzinho convivem com essa praga.

E haja ouvido para suportar tanto barulho, tanto lixo travestido de música.

O problema não atinge apenas quem freqüenta bar.

Essa praga se espalhou de tal maneira que nem dentro de casa se tem sossego.

Ver televisão, ler um bom livro ou desfrutar de momentos de tranqüilidade ao lado da família torna-se missão impossível quando um engraçadinho resolve parar na calçada, colocar o som na estratosférica e se exibir para a namorada ou algo do tipo.

Caso alguém considere detenção um exagero (e é mesmo!), um belo castigo seria pegar um sujeito desses, trancar numa sala e obriga-lo a ouvir música clássica, MPB de qualidade, um sertanejo legítimo e até mesmo um axé ou forró, desde que num volume aceitável.

Até num caso desses, educar é melhor do que punir.

UMAS DEIXAM, OUTRAS NÃO

Ainda no quesito “música” (é entre aspas mesmo): um grupo lançou uma canção que tem como refrão ´vou não, posso não, minha mulher não deixa não´.

Como era de se esperar, a baboseira virou sucesso.

Daí que um outro grupo, posto que criatividade não é o forte nessa seara, lançou uma canção que tem como refrão algo como ´minha mulher deixa sim´.

Enfim, a uma idiotice se contrapõe outra idiotice.

E, se não botam a mãe, agora botam a mulher no meio.

Uma missão, um desafio


O número é assustador, absurdo, terrível: nestes primeiros dezoito dias de 2011, vinte e uma pessoas foram assassinadas em Itabuna. A média é mais de um homicídio por dia, o que coloca a cidade entre as mais violentas do país.

Posto que Itabuna é regra e não exceção, nada mais natural portanto que ao anunciar o novo secretariado, que inclui vários nomes do primeiro mandato, o governador Jaques Wagner decidisse promover a mudança no comando da Secretaria de Segurança Pública.

Se vale a regra de que em time que está ganhando não se mexe, em time que está perdendo é preciso mexer.

E a despeito dos vultosos investimentos feitos na área de segurança pública pelo Governo da Bahia, incluindo a ampliação do efetivo policial, a aquisição de viaturas e equipamentos e a modernização da estrutura, a SSP estava perdendo a guerra para o crime.

Sai César Nunes e entra Maurício Barbosa. O novo titular da Segurança Pública na Bahia é delegado de Policia Federal, com experiência no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.

Maurício Barbosa assume com uma missão e um desafio.

A missão de reduzir os elevados índices de violência na Bahia, o que demanda novos investimentos em pessoal e estrutura e um eficiente serviço de inteligência, dando aos cidadãos de bem da Bahia a possibilidade de levar uma vida sem tantos sobressaltos, posto que hoje ninguém está seguro, seja em casa, seja na rua.

E o desafio de fazer com que esses investimentos que já estão sendo feitos e que necessitam ser ampliados resultem numa polícia coesa, imune à corrupção e focada no combate à criminalidade, em que haja uma linha bem definida que separa o policial do bandido.

Um trabalho que passa, necessariamente, por uma luta sem tréguas contra o tráfico de drogas, responsável direto e indireto pela esmagadora maioria dos assassinatos.

Em Itabuna, por exemplo, das duas dezenas de mortes deste sangrento início de 2001, pelo pelos 16 estão associadas ao tráfico e/ou consumo de drogas, o onipresente crack reinando soberano.

Desejar boa sorte ao novo secretário de Segurança Pública é retórica inútil e desnecessária.

O que ele, e todo o efetivo do setor de segurança pública da Bahia e demais integrantes do governo precisam (porque a violência não é apenas uma questão de segurança) é de trabalho, muito trabalho.

Essa é uma guerra a ser travada -e vencida- a cada dia.

A FACHADA DO CALOTE


A pousada- restaurante pode ter nome de Paraíso, mas a vida de um comerciante de Itapebi, no Sul da Bahia, se tornou um verdadeiro inferno.

Cansado de esperar pelo pagamento de serviços prestados à Prefeitura e à Câmara Municipal, o comerciante resolveu tornar público o calote.

E bota público nisso: ele colocou duas enormes placas na fachada da pousada, cobrando a dívida.

Não se sabe se o prefeito e o presidente da Câmara passaram pelo local para ver, in loco, a inusitada ´homenagem´.

Mas, pelo jeito, o calote vai continuar, agora na base do “devo não nego, não pago nem quando eu puder”.

Começou bem, mas começou mal

O Colo Colo começou bem o Campeonato Baiano de 2011, vencendo o Vitória em pleno Barradão por 1×0. Ótima estréia para um time que, em 2010, só se salvou da degola na última rodada e nem de longe lembra o esquadrão que foi campeão estadual em 2005.

O triunfo do time ilheense é significativo, mesmo diante de um adversário ainda baleado por conta do rebaixamento para a 2ª. Divisão do Campeonato Brasileiro, agravado pelo fato de que seu principal rival, o Bahia, subiu para a 1ª. Divisão.

Ganhar do Vitória na casa do adversário é uma daquelas largadas que servem para motivar o time, dar moral ao grupo e proporcionar uma arrancada que torne 2011 menos sofrido para os torcedores e permita, ao menos chegar à fase decisiva do Baianão.

Domingo de festa em Ilhéus, portanto.

Nem tanto, nem tanto.

O Colo Colo começou mal o Campeonato Baiano de 2011.

Explica-se: logo após o triunfo sobre o Vitória, em meio ao que deveria ser um vestiário transpirando a alegria do elenco, o treinador Quintino Barbosa pediu demissão e deixou o cargo.

Treinador pedir o boné ou ser defenestrado após uma série de maus resultados ou de uma derrota acachapante é natural, nesse que é um dos empregos mais inseguros que se conhece.

Mas o treinador sair -e ainda por cima sair por conta própria- após vencer o atual tetracampeão baiano é novidade.

Barbosa, pelo tom de mágoa que ficou claro nas entrevistas após o jogo deve ter lá seus motivos. Entre outras coisas, alegou falta de apoio da diretoria e uma notória má vontade em relação ao seu trabalho.

“Não estou feliz aqui”, sentenciou o treinador.

Foi tentar ser feliz em outro time, deixando para o eterno presidente do Colo Colo, José Maria de Almeida, a missão de arrumar outro técnico. E também a missão de juntar os cacos de um time que terá que assimilar um novo comando com o campeonato em andamento e como jogos difíceis pela frente.

Se serve como alerta, em 2010 o Itabuna estreou no Campeonato Baiano ganhando do Bahia. Parecia o caminho aberto para o paraíso.

Convém à direção do Colo lembrar o final desse filme que o torcedor itabunense gostaria de não ter assistido.

E que o torcedor ilheense não faz nenhuma questão de assistir.

Os verdadeiros frutos de ouro


Durante o século XX, o Sul da Bahia conviveu, numa espécie de montanha-russa, com as delícias e as agruras da monocultura.

Como em nenhuma outra parte do planeta, o cacau encontrou aqui o solo fértil para brotar com uma qualidade inigualável, gerando muita riqueza e relativo desenvolvimento.

Apesar das crises cíclicas, duas delas terríveis, que originaram a criação do Instituto de Cacau da Bahia e depois da Ceplac, ambos destinadas a promover a recuperação de uma lavoura momentaneamente em frangalhos, o cacau foi suficiente não apenas para manter o Sul da Bahia com a mais próspera região do estado como, com o ICMS, alavancar o desenvolvimento da região metropolitana de Salvador.

Parecia que, superados os momentos de crise, o cacau seria uma cultura eternamente generosa, que de tão lucrativa, dispensava projetos de diversificação. Afinal, para que investir em outros cultivos quando se tinha às mãos um produto de elevado valor de mercado, que dava duas safras por ano?

O que parecia eterno e infinito trombou com a realidade no final da década de 80 e no início da década de 90 do século passado, quando a vassoura de bruxa tornou sem sentido a expressão ´eterno e infinito´.

Porque se a lavoura do cacau não chegou ao seu final, ela atingiu um estágio em que, mesmo recuperada, sozinha não terá condições de manter a economia regional.

O impacto da crise gerada pela vassoura-de-bruxa só não foi mais devastador porque surgiram alternativas como o turismo e o pólo de informática em Ilhéus e o comércio, prestação de serviços e os pólos de saúde e de ensino superior em Itabuna.

Esses empreendimentos são importantes, mas insuficientes para proporcionar ao Sul da Bahia a sonhada retomada do desenvolvimento, oferecendo oportunidades para toda a população.

É nesse contexto, que na virada da primeira década deste século XXI, nos deparamos com uma possibilidade concreta de avançar, agora através de um processo de desenvolvimento menos sujeito a crises devastadoras.

Trata-se da implantação do Complexo Intermodal, uma das maiores obras de infra-estrutura do país, que compreende a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, o Porto Sul e o novo aeroporto de Ilhéus. Somam-se ao Intermodal a implantação de uma Zona de Processamento de Exportações e da ampliação da distribuição de gás natural no Sul da Bahia, a partir da já instalada base de distribuição do Gasoduto da Petrobrás em Itabuna.

São empreendimentos capazes de atrair indústrias, que geram empregos e impulsionam ainda mais o comércio, o lazer e a prestação de serviços, além da educação superior para formação de mão de obra qualificada.

Longe de ser uma promessa, o Complexo Intermodal está se tornando realidade, com o início das obras da Ferrovia Oeste Leste e a expectativa de que o Porto Sul siga o mesmo caminho ainda neste primeiro semestre.

Estamos, portanto, diante um daqueles momentos que significam a virada de uma página da história.

O que será escrito nos próximos anos, e que vai definir o futuro da região, depende de capacidade de articulação, espírito empreendedor e trabalho.

As bases estão definitivamente lançadas.

TIGRE ENGOLE O LEÃO


Com um gol solitário de Alex, O Colo Colo surpreendeu o Vitória em pleno Barradão e ganhou por 1×0, largando bem no Baianão 2010.

O Colo Colo, que em 2009 escapou da degola na última rodada, mostrou que esse ano pode ser diferente.

Em Conquista, o Serrano voltou à Primeirona em grande estilo e venceu o Bahia por 2×1.

PRÉ-SAL E PRESSÃO

Absolutamente verdadeiro: as chances de José Sérgio Gabrielli deixar a presidência da Petrobrás, nesse momento, são as mesmas de Ronaldinho Gaúcho romper o contrato com o Flamengo e vir jogar no Itabuna.

IDÉIA DE JERICO


Quando a gente critica aqui os excessos de algumas ONGs parece má vontade, mas essa coisa do politicamente correto está beirando a imbecilidade.

E não é que uma ONG de Salvador, chamada Terra Verde Viva, Célula Mãe e Animal Viva conseguiu um liminar na justiça, proibindo a participação de jegues na lavagem do Bonfim, a mais tradicional festa religiosa da Bahia.

O jegue, todo enfeitado, é parte da tradição da festa do Bonfim, mas a presidente da ONG cismou que os animais são vítimas de uma verdadeira crueldade, submetidos a estresse e maus tratos. E a Justiça barrou os jeguinhos.

Com todo o respeito (aos jegues, bem entendido!) eis aí o que se pode chamar idéia de jerico.





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