:: ‘Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia’
Comitê Emergencial da UFSB divulga 18º boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia
O Comitê Emergencial de Crise da Pandemia de Covid-19 publicou a 18ª edição do Boletim do Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia nesta segunda (27). O documento se refere ao período observado entre 18 e 24 de julho de 2020, com análises e recomendações pela equipe do Observatório para gestores e população dos territórios do Sul e Extremo Sul do estado da Bahia, com os destaques:
–>Análise do panorama semanal no mundo, no Brasil e nos municípios do Sul e Extremo Sul:
No período, os municípios de Itabuna (2.198,2 casos/100 mil hab.), Itamaraju (1.480,9 casos/100 mil hab.), Ilhéus (1.622,0 casos/100 mil hab.), Teixeira de Freitas (1.248,7 casos/100 mil hab.), Eunápolis (1.317,2 casos/100 mil hab.) e Ibicaraí (1.231,0 casos/100 mil hab.) superaram a taxa de incidência nacional (1.112,3 casos/100 mil hab.), enquanto os demais apresentam risco de infecção inferior à taxa estadual (959,9 casos/100 mil hab.). No intervalo de 17 a 24/07, excetuados os municípios de Teixeira de Feitas (-54,5%%) e Itamaraju (-8,3%), todos os demais municípios apresentaram variação positiva da incidência (número de casos novos na semana de 18 a 24/07 foi maior do que na semana de 11 a 17/07). A média dos 10 municípios onde a UFSB tem unidade acadêmica e/ou colégio universitário também foi positiva (24,8%), com destaque para os quatro municípios da Região Cacaueira: Ibicaraí (86,2%), Ilhéus (62,0%), Coaraci (50,0%) e Itabuna (46,0%).
Comitê Emergencial da UFSB divulga boletim especial com projeções sobre contágio de covid-19
O Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia, iniciativa do Comitê Emergencial de Crise da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), divulgou nesta segunda-feira (20) edição especial do boletim informativo. Em geral, o boletim informa a análise da evolução da pandemia na região. A edição especial tem a diferença de apresentar uma simulação para as cinco maiores cidades do sul da Bahia, supondo diferentes níveis de supressão de fluxo de pessoas. O estudo foi elaborado pelo matemático Fabrício Berton Zanchi e pelo engenheiro químico Orlando Ernesto Jorquera Cortes, professores da UFSB (Campus Sosígenes Costa). Conforme o boletim, as estimativas não necessariamente vão se concretizar, uma vez que os cálculos realizados se baseiam em parâmetros que variam ao longo do tempo, como as taxas de contágio e de letalidade, dependendo da qualidade dos dados oficiais e de como cada município age frente à situação.
As projeções feitas pelos cientistas são equações diferenciais que usam as informações disponíveis no momento para buscar entender as possibilidades, no caso, fazer uma estimativa do que pode ocorrer se o contágio continuar no ritmo atual e que diferença as atitudes de enfrentamento fazem nesses cenários. Os professores trabalharam com um modelo SEIRD, que utiliza cinco compartimentos – Susceptíveis (S), Expostos (E), Infectados (I), Recuperados (R) e Óbitos (D) – e os seguintes parâmetros: tamanho da população, período de incubação, número de casos e óbitos, taxa de contágio, taxa de letalidade e tempo que uma pessoa leva para se recuperar. Com resultados preocupantes, os autores simularam a pandemia em três cenários: sem restrição ao fluxo (mobilidade total), mantendo o atual esforço de supressão de fluxo de pessoas (quarentena flexível) e um cenário restritivo próximo do lockdown.
O documento pode ser baixado e consultado na íntegra neste link.
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