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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Marcos Augusto Silva’

Recôncavo Baiano investe na retomada da produção de charutos

charutos baianos

Com uma qualidade que pode ser comparada aos lendários ´puros` cubanos, o Recôncavo Baiano quer superar anos de estagnação e retomar a produção de charutos premium. Durante o Chocolat Bahia 2017, realizado em Ilhéus, onde várias marcas de charutos foram apresentadas no estande da Federação das Indústrias da Bahia, Marcos Augusto Silva, diretor executivo do Sindicato da Indústria do Tabaco da Bahia-Sinditabaco, conversou com o Blog do Thame e falou dos planos para um setor em franca expansão.

Blog do Thame- O Recôncavo Baiano há viveu um período áureo na produção de charutos. O que motivou essa queda na produção?

marcos augusto charutosMarcos Augusto- Até 1995 nós tínhamos no Recôncavo uma produção de 50 milhões de unidades de charutos premium/ano, além de cigarrilhas. Nos últimos três anos atingimos apenas 15 milhões de unidades/ano. Isso se deve a uma campanha anti-tabagista  da Organização Mundial de Saúde, que atinge fortemente o setor, afetando diretamente nosso principal mercado, a Europa.

BT- Como está esse processo de retomada da produção e conquista de novos mercados?

MA- O Sinditabaco vem investindo numa intensa promoção comercial nos últimos cinco anos. Os mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro cresceram 25% em 2016. Com relação à Europa, estivemos recentemente em Bruxelas, na Bélgica, buscando uma renegociação do acordo comercial, já hoje nosso produto entra na Comunidade Econômica Europeia com um imposto de importação de 26%, enquanto Cuba tem 10% e a Republica Dominicana zero. Com a revisão do acordo, esperamos  competir de igual para igual.

BT- Quantas empresas produzem o charuto premium na Bahia?

MA- Temos nove empresas no Recôncavo, com 14 marcas.

charutos baianos 2BT-  O crescimento do setor pode ampliar a geração de emprego e renda. Existe demanda reprimida no mercado de charutos?

MA- A lavoura fumagueira utiliza hoje 4 mil hectares plantados, sendo dois mil de capa e dois mil de filê ou bucha, que é a parte interna do charuto, envolvendo 2.500 famílias, principalmente da agricultura familiar.

Estamos prontos para atingir em breve 20 milhões de unidades/ano, até atingir a meta de 50 milhões de unidades/ano,  porque existe uma demanda crescente por charutos premium no Brasil e no mundo.

BT- É possível competir com os charutos cubanos e os dominicanos, que hoje dominam o mercado internacional?

MA- A diferença de Cuba em relação ao charuto baiano é o glamour em torno da Ilha e o marketing governamental que é muito bem feito. Em termos de qualidade, o nosso tabaco é considerado no mundo como a pimenta e o sal, o tempero que dá sabor aos outros charutos. Todo charuto no mundo, inclusive o cubano, leva o blend baiano.  O puro baiano é diferente do puro cubano, que é plantado numa única região de Cuba, enquanto o nosso é plantado em três regiões da Bahia e por isso nós temos um blend especial, tipicamente baiano e de qualidade superior.





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