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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘A Criança e o Olho’

A criança e o olho

Dr. Vável J. de Andrade

       Dr. Vavel AndradeO olho dentre os órgãos do sentido é um dos mais importantes para interação do ser humano a sociedade. De estrutura sensível e complexa, devemos protegê-lo desde antes do nascimento para torna-lo a nossa perfeita janela para o mundo.

Patologias importantes como a rubéola, toxoplasmose e a sífilis se acometem mulheres grávidas, podem trazer alterações visuais importantes e causar até mesmo a cegueira ao recém-nascido. É importante o conhecimento deste fato, tanto pela mãe e também seu obstetra, para um acompanhamento pré-natal eficiente e se por acaso tais doenças ocorram, ter um aconselhamento oftalmológico nesta fase e depois do parto que irá provavelmente diminuir ou evitar este terrível infortúnio, que acontecendo marcará para sempre, a vida desta criança e toda família.

Nascido o bebê, sem complicações, vem agora a “ansiosa” pergunta dos pais: meu filho enxerga bem? Seus olhos vão continuar verdes? Azuis?

Sabemos que o bebê ainda não está com o sistema visual completamente formado ao nascer. Este sistema amadurece gradativamente, tanto no que diz respeito ao tamanho do olho, quanto no que se refere às conexões junto ao sistema nervoso central. Sua visão é desfocada e as cores não são bem percebidas. Nos primeiros anos de vida importantes transformações evolutivas ocorrem nos seus olhos, tornando as imagens que são recebidas pela retina e enviadas ao cérebro cada vez mais nítidas. Falhas nesta relação trazem prejuízos algumas vezes irrecuperáveis à visão, se não logo diagnosticados, como o apelidado “olho preguiçoso” (amblíope).

A participação do neonatologista, do pediatra e na maioria das vezes com um simples exame do TESTE DO OLHINHO, completado pelo oftalmologista, será crucial para prevenir estas complicações. Doenças como catarata congênita, tumores oculares, glaucoma congênito, podem ser detectados. Cuidado especial se deve ter com os bebês prematuros (nascidos antes das 37 semanas da idade gestacional), pelo perigo do desenvolvimento da retinopatia da prematuridade (doença vaso proliferativa secundária à inadequada vascularização da retina imatura) que é uma das principais causas mundiais de cegueira infantil; é a segunda causa nos EUA e a primeira em alguns países com economias emergentes como a China e alguns países da América latina (SBOP)

Quando nascemos, nos primeiros meses a cor do nosso olho não está ainda definida (geralmente ele aparenta um tom acinzentado) isto devido à pequena quantidade de melanina (pigmento) existente na íris. Com o passar dos dias ela se fixará, de acordo a quantidade deste pigmento em azul, verde, castanho claro ou escuro. A cor dos olhos do bebê muda entre 3 e 6 meses de idade, mantendo-se inalterada após esta época.

Com seu crescimento e a sua entrada na vida escolar, será importantíssimo para a criança ter uma boa saúde visual. Quantas perdem o ano letivo ou pior abandonam as escolas por terem dificuldade em enxergar o que professora escreve na lousa, por serem míopes, portadores de altas hipermetropias ou grandes astigmatismos, erros de refração tão comuns entre os jovens e facilmente corrigidos pela prescrição de lentes em um exame com um médico oftalmologista.

Sempre questiono isto: Por que , como se faz na admissão aos cargos públicos, os governos não instituem uma lei obrigando a todas as escolas públicas e privadas do país a exigirem um exame da acuidade visual para todas as crianças na sua primeira matrícula escolar?  Naturalmente dando condições da sua realização aos mais carentes. Para isto é necessário que nós elejamos governantes comprometidos além de outras necessidades, com a saúde da nossa população.

   “Enxergar é uma dádiva divina que Deus presenteou os seres humanos” (VJA)

 

O Dr. Vável J. de Andrade é médico oftalmologista e um dos diretores do Hospital de Olhos Beira Rio





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