:: ‘Titanic’
Bellintitanic
Nestor Mendes Jr.
O Titanic, construído em Belfast, Irlanda do Norte, na sua viagem inaugural, entre Southampton, Inglaterra, e Nova York, EUA, chocou-se com um iceberg e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril de 1912.
Uma das cenas mais tocantes desta tragédia foi a banda, liderada pelo violonista Wallace Hartley, tocar “Nearer, My God, To Thee” (Mais perto, Meu Deus, de Ti) enquanto o então maior navio do mundo ia a pique nas águas geladas do Atlântico Norte.
O transatlântico tinha as mais avançadas tecnologias, mas não tinha botes suficientes para todos. De 2.240 pessoas, 1.517 morreram no naufrágio.
O Esporte Clube Bahia é o Titanic que já começa a naufragar, mas o seu capitão de breve curso ainda se acha portentoso, majestoso, mágico colosso, capaz de impedir a tragédia, embora a submersão seja visível e os violinos já estejam a postos para tocar a nossa última canção – talvez o hino magistral de Adroaldo Ribeiro Costa.
Em uma de suas recentes entrevistas, Guilherme Bellintani declarou: “o meu dever como presidente é seguir adiante e recuperar o que causamos, a tristeza, o desalento, a desesperança da torcida. Os dirigentes que são responsáveis por isso também vão ser responsáveis por trazer alegrias para a torcida”.
EM BUSCA DO TITANIC OU DE ATLÂNTIDA? IPHAN ATRASA DRAGAGEM NO PORTO DE ILHEUS
Após um longo e tenebroso período de estagnação, o Porto Internacional do Malhado iniciou um processo de recuperação, ainda tímido mas constante, com o desembarque de cacau e de equipamentos para implantação de torres de energia eólica e o embarque de minérios da mina na Mirabela em Itagibá. Além disso, o fluxo de navios de turismo aumentou consideravelmente.
Um dos grandes problemas do porto, é a profundidade do cais de atracação, atualmente em 9,30 metros, o que compromete as operação dos navios e pode inviabilizar o funcionamento do terminal portuário.
Há um ano, graças à mobilização da comunidade, a Codeba decidiu realizar a dragagem de manutenção. Liberou 4 milhões de reais e contratou uma draga para a retirada de sedimentos e a elevação da profundidade para 10,30 metros, o suficiente para receber navios de médio e grande porte.
Ocorre que até agora a obra, tão necessária, não começou. E nem se culpe a Codeba. Documento obtido por este blog revela o motivo prosaico da não realização da dragagem: um documento enviado pelo superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, Carlos Amorim, pedem “a realização de estudos que levem em consideração a influência com sítios históricos, arqueológicos e/ou edificações de interesse cultural”.
É a velha burocracia atravancando o progresso, como diria o imortal Odorico Paraguassu.
Posto que o Porto do Malhado foi construído em mar aberto e dragagens anteriores nada retiraram do local além de sedimentos, é de se supor que o Iphan admite a hipótese de ali serem encontrados vestígios da mítica Atlântida, a civilização dourada submersa em algum ponto do Oceano Atlântico.
Ou quem sabe os restos do verdadeiro Titanic. Vai que aquele encontrado nas profundezas do Atlântico Norte seja uma farsa para promover o filme.
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