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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Prêmio Claudia’

Ronda Maria da Penha: Major PM da Bahia conquista Prêmio CLAUDIA na categoria Políticas Públicas

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A noite desta segunda-feira (2) foi um momento muito especial e de reconhecimento para a Polícia Militar da Bahia (PMBA). A comandante da Operação Ronda Maria da Penha, major Denice Santiago, conquistou o Prêmio CLAUDIA, na categoria Políticas Públicas, pelas ações desenvolvidas desde a criação da unidade especializada da PM, que protege mulheres vítimas de violência no estado da Bahia.

A 22ª edição da maior premiação feminina da América Latina aconteceu na capital paulista, na Sala São Paulo, onde também foram premiadas outras mulheres pelo talento, histórias de superação e trabalhos realizados nas categorias: Trabalho Social, Ciências, Cultura, Negócios, Revelação, Eles por Elas, Consultora Natura Inspiradora.

pm claudia 2Na categoria Políticas Públicas, a major Denice concorreu com outras duas mulheres: Merula Steagall, fundadora da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e militante para a garantia de direitos dos doentes com câncer; e Priscila Cruz, da ONG Todos pela Educação, que abraçou a causa pelos direitos à Educação Básica gratuita e ao ensino de qualidade no Brasil.

Quando seu nome foi revelado como ganhadora da premiação, a major Denice Santiago foi aclamada pela plateia e agradeceu aos familiares e amigos, dedicando especialmente a conquista à tropa da Polícia Militar da Bahia.

“Quero dedicar esse Prêmio a todos os policiais militares do estado da Bahia, 32 mil homens e mulheres, que fazem a polícia da qual sou parte. Um agradecimento especial a todos os policiais da Ronda Maria da Penha que estão ao meu lado protegendo as mulheres. Agradeço também a elas, mulheres que permitem que eu cuide delas e as salve diariamente”, revelou a oficial com muita emoção.

Em dois anos e sete meses de atuação, a Operação Ronda Maria da Penha da PMBA já prendeu 84 agressores, fiscalizou 6.136 medidas protetivas e atende atualmente 1.516 mulheres vítimas de violência em todo o estado.

Comandante da Ronda Maria da Penha, major PM da Bahia é finalista do Prêmio Claudia

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Aos 18 anos, Denice Santiago ingressou na primeira turma feminina da Polícia Militar da Bahia. “Tudo era estranho. Havia uma regra segundo a qual mulheres não podiam entrar no quartel após as 22 horas. Tivemos que acabar com aquilo”, conta.

Foi só a primeira das mudanças de que fez parte. Em 2005, ela participou da comemoração dos 50 anos da mulher na polícia de São Paulo. Ali, ouviu depoimentos dramáticos das colegas paulistas. “Havia casos de depressão e até suicídio. Percebi que nós todas vivemos uma realidade parecida e muito dura”, diz.

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mpenhaA experiência deu origem, no ano seguinte, ao Centro de Referência Maria Felipa, núcleo de gênero dentro da PM baiana que tem a missão de valorizar e melhorar as condições de trabalho da mulher no batalhão.

Entre outras vitórias, o grupo conquistou a aprovação de uma portaria que assegura direitos às policiais grávidas. Ali, Denice passou a receber também queixas de mulheres de PMs agredidas pelos maridos. “Aquilo chamou minha atenção para a violência doméstica”, afirma.

Pouco tempo depois, quando já trabalhava na Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, ela teve a ideia de criar um recurso específico para garantir a segurança de quem está sob medida protetiva (aguardando o processo contra o agressor).

Assim nascia a Ronda Maria da Penha, batalhão especial criada pelo Governo da Bahia,  que faz visitas periódicas e acompanha de perto as vítimas de violência doméstica. Os casos são encaminhados pelo Tribunal de Justiça. Na primeira visita, os policiais avaliam, de acordo com a gravidade da situação, a frequência com que devem voltar àquela residência.

Não à toa, o grupo ganhou o apelido de Salvadores de Marias. “Em menos de três anos de atividade, acompanhamos 1 039 mulheres e realizamos 63 prisões ou, como costumo dizer, evitamos 63 feminicídios”, afirma Denice, que hoje é major. Ela criou também o Ronda para Homens, encontros com agressores ministrados por policiais homens em que discutem as várias formas de violência doméstica. (Giuliana Bergamo/Claudia)





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