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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘PM da Bahia’

Comandante da Ronda Maria da Penha, major PM da Bahia é finalista do Prêmio Claudia

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Aos 18 anos, Denice Santiago ingressou na primeira turma feminina da Polícia Militar da Bahia. “Tudo era estranho. Havia uma regra segundo a qual mulheres não podiam entrar no quartel após as 22 horas. Tivemos que acabar com aquilo”, conta.

Foi só a primeira das mudanças de que fez parte. Em 2005, ela participou da comemoração dos 50 anos da mulher na polícia de São Paulo. Ali, ouviu depoimentos dramáticos das colegas paulistas. “Havia casos de depressão e até suicídio. Percebi que nós todas vivemos uma realidade parecida e muito dura”, diz.

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mpenhaA experiência deu origem, no ano seguinte, ao Centro de Referência Maria Felipa, núcleo de gênero dentro da PM baiana que tem a missão de valorizar e melhorar as condições de trabalho da mulher no batalhão.

Entre outras vitórias, o grupo conquistou a aprovação de uma portaria que assegura direitos às policiais grávidas. Ali, Denice passou a receber também queixas de mulheres de PMs agredidas pelos maridos. “Aquilo chamou minha atenção para a violência doméstica”, afirma.

Pouco tempo depois, quando já trabalhava na Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, ela teve a ideia de criar um recurso específico para garantir a segurança de quem está sob medida protetiva (aguardando o processo contra o agressor).

Assim nascia a Ronda Maria da Penha, batalhão especial criada pelo Governo da Bahia,  que faz visitas periódicas e acompanha de perto as vítimas de violência doméstica. Os casos são encaminhados pelo Tribunal de Justiça. Na primeira visita, os policiais avaliam, de acordo com a gravidade da situação, a frequência com que devem voltar àquela residência.

Não à toa, o grupo ganhou o apelido de Salvadores de Marias. “Em menos de três anos de atividade, acompanhamos 1 039 mulheres e realizamos 63 prisões ou, como costumo dizer, evitamos 63 feminicídios”, afirma Denice, que hoje é major. Ela criou também o Ronda para Homens, encontros com agressores ministrados por policiais homens em que discutem as várias formas de violência doméstica. (Giuliana Bergamo/Claudia)





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