:: ‘pensão alimenticia’
VAQUINHA TIRA PROFESSORA QUE NÃO PAGOU PENSÃO DA CADEIA
A professora Elenísia Borges da Silva, 41 anos, presa na ultima segunda-feira em Ubaitaba por não pagar a pensão alimentícia de duas filhas, foi solta no final da tarde de hoje. Uma vaquinha organizada por um radialista garantiu o pagamento da pensão, no valor de 4 mil reais, solicitada pelo ex-marido Ademilson Tibúcio dos Santos, 40 anos. Moradores de Ubaitaba e Aurelino Leal se uniram numa ação de solidariedade e arrecadaram o dinheiro em menos de uma hora.
As filhas, que eram contrárias à posição do pai, comemoraram a libertação da mãe e uma delas decidiu voltar a morar com a professora, o que elimina a necessidade do pagamento da pensão, já que a outra filha trabalha.
Elenisia ganha mil reais por mês como professora e é diabética. “Acabou o pesadelo, é maravilhoso receber o carinho de minhas filhas e saber que sou tão querida pelos moradores”, disse, ao deixar a prisão.
Ademilson Tibúcio dos Santos, que é vendedor de abará em Itacaré deve usar bem os quatro mil reais, porque depois e levar a ex-mulher à prisão deve estar com “um imenso cartaz” junto aos clientes.
A PROFESSORA PRESA E A JUSTIÇA PPP
A professora Elenísia Borges da Silva, 41 anos, está presa desde segunda-feira na delegacia de Ubaitaba, acusada de não pagar a pensão alimentícia das duas filhas. Ela foi detida quando quando voltava do trabalho para casa, em Itacaré.
A professora perdeu a guarda das garotas de 16 e 18 anos para o ex-marido há sete anos. As duas filhas trabalham e uma delas já não mora mais com o pai. O pedido de prisão foi feito pela juíza da Vara Crime Andreia Gomes Fernandes Beraldi no dia 4 de julho.
Ademilson Tibúcio dos Santos, 40 anos, ex-marido da professora, alega que a dívida de Elenísia já chega a R$ 14 mil. Ele é vendedor de abará e acarajé e não pretende retirar a queixa contra a ex-mulher. As filhas são contrárias à posição do pai e alegam que a mãe não merece passar por tamanha humilhação.
Elenisia ganha mil reais por mês como professora, é diabética, paga aluguel e diz não ter condições de pagar a pensão.
A juíza Andréia Gomes já não atua mais em Ubaitaba.
Trata-se de um caso literal de justiça cega. Aquele tipo de justiça que, embora respaldada pela lei, invariavelmente só vale para pobre, preto e puta.
A professora se encaixa na primeira categoria, frise-se.
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