:: ‘Minas Gerais’

Em menos de 10 horas após cometer um duplo homicídio, na zona rural do município de Sebastião Laranjeiras, distante 750 quilômetros de Salvador, o caminhoneiro Carlos Eduardo Novaes Gusmão, 33 anos, foi preso, na segunda-feira (19), por investigadores da Delegacia Territorial (DT) – Caetité. Ele é acusado de ter assassinado a facadas os trabalhadores rurais Jair Xavier de Carvalho, 34 anos, e Gilmar Martins da Silva, 29, durante briga de bar, na madrugada de domingo (18).

 Segundo o titular da DT de Caetité, delegado Luís Cláudio Albuquerque, os três homens tinham participado da festa de casamento de um conhecido e decidiram esticar a comemoração no bar, quando houve a desavença. Na delegacia, Carlos Eduardo disse que não se lembrava da briga e nem de ter esfaqueado as vítimas. Quatro testemunhas ouvidas pelo delegado, no entanto, assistiram o episódio e reconheceram o caminhoneiro como o autor do crime.

Uma operação, que contou com apoio da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Guanambi, localizou Carlos Eduardo na cidade de Espinosa, em Minas Gerais, depois que familiares deram informações sobre seu paradeiro. Casado, pai de dois filhos e com uma passagem pela polícia, em 2007, por ter sido pego com um caminhão roubado, ele ficará custodiado na carceragem da 22ª Coorpin, à disposição da Justiça.

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Dois dias depois da Justiça, em Itagiba, conceder liberdade ao falso advogado Antonio Roberto da Silva, o “Beliscada”, de 42 anos, ele foi preso, em Jequiriçá, onde mais uma vez se passava por advogado, tentando aplicar golpes contra famílias que tiveram parentes mortos recentemente. A detenção foi anunciada, nesta quinta-feira (1º), pelo titular da Delegacia Territorial (DT) daquela cidade, delegado Alex Wendel, que autuou o criminoso em flagrante por estelionato.

Segundo o delegado, o crime consistia em enganar familiares que tinham perdido um parente, informando que o falecido tinha direito a receber a quantia de R$ 240 mil, retida no banco. Para usufruir do benefício, no entanto, a família teria que pagar antecipadamente ao “advogado” a quantia de R$ 547,36, com a qual ele solicitaria a liberação do dinheiro. A taxa seria devolvida.

O falso advogado foi à casa de uma família em Jequiriçá e conseguiu aplicar o golpe. Horas mais tarde, desconfiada da proposta, a mesma família acionou a Polícia Militar, que localizou o golpista e o conduziu à delegacia. De terno, gravata e bem falante, o estelionatário revelou, em seu depoimento, que conseguia as informações sobre recém falecidos com moradores da própria cidade. Depois se dirigia à casa das possíveis vítimas e propunha o negócio, explicando que o dinheiro era referente a uma atualização do Plano Collor.

A família enganada esteve na delegacia horas depois e reconheceu o falso advogado. O dinheiro encontrado com estelionatário foi apreendido e devolvido. Segundo o delegado Alex Wendell, Antônio Roberto tem diversas passagens pela polícia no estado da Bahia, tendo aplicado o mesmo golpe nas cidades de Ubaíra e Itagibá, além de Mangas, em Minas Gerais.