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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Leleu’

Leléu, figura irreverente do Beco do Fuxico

 

Walmir Rosário

Assim era Leléu: irreverente, contagiante, apaixonado pelo futebol e pelo Flamengo, das bebidas, do Carnaval. Esse comportamento não chamaria a atenção, não fosse pelo seu modo extravagante de viver a mil por hora. Menos quando estava sóbrio, ocasião em que se dedicava ao afazeres domésticos e o trabalho, com muita responsabilidade para quem cuidava das contas a pagar de outras pessoas.

De longe era fácil conhecer o seu estado físico e emocional. Se abstêmio, calmo, cumprimentando todos que passavam com muita distinção, conversando em voz baixa e pasta na mão para cumprir sua tarefa profissional. Foi por muito tempo o homem de confiança do ilustre advogado Victor Midlej, responsável pelo recebimento das contas e os pagamentos em banco, mesmo em tempos de internet.

Se chumbado, envernizado, o seu cumprimento era excêntrico, mirabolante. Assim que avistava um conhecido, um amigo, de longe gritava: “Olha aí que ruma de pesos mortos”. Destilava mais alguns impropérios do seu refinado vocabulário e contava a todos os motivos da euforia, que iria desde a vitória do Flamengo, até o mais simples motivo para uma comemoração em alto estilo.

Para tanto não importava a data, bastava não ter compromissos profissionais. E o seu local de chegada era sempre o Beco do Fuxico, nas três dimensões: Baixo, médio e alto, visitando todos os bares, barbearias, alfaiatarias e lojas. Antes de entrar, em alto som se anunciava: “Pesos mortos”. Alguns o convidavam para tomar mais uma cachaça e ele prontamente aceitava e também se servia da cerveja, sem a menor cerimônia.

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ALAMBIQUE: LELÉU CHUTA O BALDE DE GELO!

teria a Alambique se curvado às delicias da burguesia?

A crise que se instalou na Academia de Letras de Itabuna (ALITA) por conta das indiscrições do poeta mundialmente famoso Cyro de Mattos, repete-se na Academia de Letras, Artes, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc. (Alambique).

Graças à nossa cooperação com o serviço secreto cubano, conseguimos ter acesso a declarações do popular imortalcool Leléu, relações públicas da Alambique.

Leléu reclama da falta de critérios para a entrada de imortais na Alambique e diz que “desse jeito, daqui a pouco vão imortalizar o Davidson Samuel, que só bebe coca cola, e o Ricardo Ribeiro, que mal toma uma cervejinha, só porque eles são do Pimenta na Muqueca”.

Leléu chega ao absurdo de afirmar que este blogueiro, fundador e presidente vitalício e imortalício da Alambique, pensou em imobilizar, perdão, imortalizar o jornalista Ederivaldo Benedito, só não o fazendo por conta da reação do vice, Walmir Rosário, não necessariamente por motivos cachacisticos.

Em outro trecho da gravação, com a voz embolada, Leléu faz duras críticas à direção da Alambique, denunciando discriminação. Diz ele que na hora da cachaça meia boca, em botecos pé sujos, ele sempre está presente. “Mas quando a reunião é na sala do Adervan, com cachaça boa e até comida árabe, eles não me chamam. Acho que a academia está se vendendo para a burguesia capitalista”. Puro papo de bêbado, mas a autenticidade da fita foi confirmada pelo perito Clóvis Loiola.

Leléu não foi encontrado para se defender. Ou melhor, foi encontrado mas não estava em condições de se defender nem do vira-latas que lhe lambia o rosto na calçada do Beco do Fuxico.





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