:: ‘Graça Machel’
Graça Machel encerra 10ª temporada do Fronteiras do Pensamento
Uma das mais importantes ativistas dos direitos humanos da atualidade, Graça Machel encerrou o ciclo de palestras Fronteiras Braskem do Pensamento realizado na noite desta terça-feira (5), na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA). Em seu 10º ano, o projeto já trouxe a Salvador diversos pensadores do Brasil e do exterior. Só este ano, o público pôde debater com o escritor moçambicano Mia Couto e a ensaísta e crítica cultural norte-americana, Camille Paglia. O Fronteiras Braskem do Pensamento tem patrocínio do Governo do Estado através do Fazcultura.
“É uma presença encantadora pelas propostas que ela tem de trabalho, pela reflexão que ela faz da luta pela garantia da igualdade para as mulheres, na medida em que ela estimula a sociedade brasileira a fazer o enfrentamento da questão da criança, da mulher e do racismo” afirma o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, que também participou do debate.
“Eu falo coisas do dia-a-dia. Agradeço a compreensão e peço que não se decepcionem”, disse Graça ao abrir a conferência, que teve como tema “Civilização – A Sociedade e seus Valores”. A ativista deu início às discussões falando sobre a realidade atual do continente africano, globalização e migração. “O Brasil é um exemplo de integração de migração. As migrações são um fenômeno bom, produzem povos vibrantes, criativos. Por que hoje é visto como ameaça?”, questionou a conferencista. A ativista moçambicana falou ainda sobre questões de raça e gênero e respondeu perguntas da plateia.
Graça Machel lutou pela independência do seu país na década de 1970, foi casada com Nelson Mandela e hoje, além do trabalho em prol das crianças e mulheres africanas, também é professora na Universidade de Lisboa, em Portugal.
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