:: ‘governo’
Em Ilhéus, Governo do Estado inaugura UPA e faz uma série de anúncios para diversas áreas
Saúde, saneamento básico, educação, urbanização e infraestrutura viária. Em todas essas áreas, a cidade de Ilhéus, no litoral sul baiano, teve ações entregues ou anunciadas pelo Governo do Estado, nesta sexta-feira (3). O investimento total é de aproximadamente R$ 170 milhões.
Em evento realizado no bairro Esperança, o governador Rui Costa inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h). O equipamento, no qual o Estado investiu cerca de R$ 6,9 milhões, ofertará para a população, além de consultas, serviços de radiologia convencional, laboratório de análises clínicas e eletrocardiograma, entre outras especialidades.
“A nova UPA vem se somar a outros importantes equipamentos de saúde que já entregamos na região, como a policlínica regional, o Hospital Costa do Cacau, a maternidade de alta complexidade, entre outros. Todas essas unidades garantem melhor qualidade no atendimento da saúde pública neste grande pólo urbano da Bahia, composto por Ilhéus, Itabuna e outros municípios do entorno”, ressaltou o governador.
Também para reforçar a assistência básica à saúde, foi autorizado pelo governador o início imediato da obra de construção de uma unidade básica de saúde (UBS), no bairro Banco da Vitória. Outras três unidades do mesmo tipo tiveram convênios autorizados e serão erguidas nos bairros do Salobrinho, Teotônio Vilela e Nossa Senhora da Vitória. Somados, os investimentos nas quatro UBS’s ultrapassam R$ 9,1 milhões. “É o Governo do Estado, em parceria com os municípios, fazendo investimentos para melhorar e cuidar da saúde do povo da Bahia”, destacou a secretária estadual da Saúde, Adélia Pinheiro.
População de Camacã recebe Feira Livre requalificada
O Governo do Estado continua fortalecendo a agricultura familiar, nos municípios atingidos pelas chuvas que ocorreram pelos territórios baianos no fim de 2021 e início de 2022. Neste sábado (29), a população de Camacã, no Litoral Sul, contará com mais um instrumento importante de escoamento da produção dos agricultores e agricultoras familiares: A Feira Livre de São João do Panelinha, na zona rural do município, que foi requalificada.
Salon du Chocolat: Governo do Estado destaca qualidade do chocolate baiano em Paris
A segunda fase da missão internacional liderada pelo vice-governador João Leão, secretário do Planejamento (Seplan), começou nesta quinta-feira (28), no Salon du Chocolat, em Paris, onde a Bahia tem o estande ‘Cacau e Chocolate do Brasil’. A feira é a mais importante do mundo dedicada ao chocolate e ao cacau. Na segunda agenda do dia, a comitiva se reunirá com a Organização Internacional dos Vinhos da França para discutir sobre produção vinícola e turismo na Embaixada do Brasil na França.
“Estamos no Salão do Chocolate em Paris mostrando que a Bahia produz chocolate e cacau de qualidade. Grandes negócios vão surgir daqui. Nosso objetivo, marcando presença em Paris, a meca do chocolate, é valorizar o interior do estado. Precisamos acabar com as diferenças que nós temos na Bahia, equilibrar a arrecadação entre os municípios e nada melhor do que participar desse evento e trazer os produtos baianos para o mundo”, declara Leão.
“O Salão do Chocolate é uma referência mundial no que tange a tudo que envolve essa cadeia produtiva, influenciando em negócios por todo planeta, com ênfase na Europa. A presença da Bahia certamente irá resultar em um crescimento maior ainda do interesse pelo cacau e pelo chocolate de nosso estado, gerando emprego e renda para nosso povo, além da constatação da qualidade de nossos produtos”, destaca o secretário da Agricultura da Bahia, João Carlos Oliveira.
Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, a Bahia é o principal produtor de chocolate do Brasil e sua produção está se expandindo bastante, especialmente na região Sul. “A nossa presença no Salão do Chocolate de Paris, em uma comitiva liderada pelo vice-governador João Leão, é muito importante para atrair investimentos e dinamizar essa atividade econômica no estado”, pontua.
Já o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo, Eduardo Salles, diz que o Salão do Chocolate é o “Oscar” do segmento: “Quando estive secretário estadual da Agricultura, consegui, à época, junto com minha equipe, levar o evento para a Bahia por acreditar no potencial dos nossos produtores”.
Turismo e planejamento
“A Bahia já conquistou seu espaço nesse evento internacional emblemático, com reflexos no turismo. A visita às fábricas de chocolate da Costa do Cacau é um roteiro gastronômico em ascensão, associado à história das antigas fazendas da região. O destino vai ganhar mais um atrativo: o Governo do Estado está reativando a Estrada do Chocolate, na ligação Ilhéus-Uruçuca. O turismo avança na terra de Jorge Amado, onde o chocolate gourmet ganha cada vez mais qualidade, inclusive com premiação aqui na França, entre os três melhores do mundo”, ressalta o secretário do Turismo, Maurício Bacelar.
De acordo com o diretor de Planejamento Territorial da Seplan, Herbert Oliveira, a cultura do cacau está presente em três Territórios de Identidades do Sul baiano: Costa do Descobrimento, Extremo Sul e Litoral Sul. “Estamos prestigiando o estande do Estado e o cacau da Bahia, importante cultura que tem desenvolvido esses três territórios e gerado muito emprego e renda para a população”, afirma.
Falta governo e falta oposição no país
por Luis Nassif
Tem-se uma quadra complicada na vida do país.
O governo Dilma acabou. Pode ser que renasça mais à frente. Mas, no momento atual, não há comprovação de que os sinais vitais estejam preservados.
Com o esfacelamento do centro de poder, o país tornou-se um salve-se quem puder. Ritos, procedimentos, processos deixam de ser observados, a própria racionalidade é colocada de lado, provocando a ascensão de pequenos tiranetes invadindo todos os poros da vida nacional.
As relações sociais são atropeladas por bandos de trogloditas saindo do baú da inquisição e invadindo as ruas e as instituições.
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Na Câmara Federal, o presidente Eduardo Cunha passou a atropelar os ritos e a impor sua vontade pessoal e a do baixíssimo clero da casa.
No STF (Supremo Tribunal Federal), o Ministro Gilmar Mendes se vale desde o uso da gaveta até procedimentos, que em outras quadras da história, seriam considerados escandalosos: como obter, para eventos do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), de sua propriedade, patrocínios de empresas com extensas demandas no Supremo.
Um procurador lotado no TCU (Tribunal de Contas da União), militante de passeatas pró-impeachment, se vê no direito de opinar sobre a viabilidade de empresas-chave na política industrial do pré-sal.
A imprensa ajuda a demolir os financiamentos de serviços do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) duramente construídos nos governos FHC e Lula.
Em Curitiba, um juiz de primeira instância, procuradores e delegados, distribuem prisões preventivas sem a menor preocupação de legitimá-las.
No Banco Central, um grupo de burocratas define a seu talante o nível das taxas de juros da economia, cria um cenário claramente insustentável para a dívida pública, sem que ninguém se interponha no seu caminho.
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O que garante a governabilidade não são apenas as prerrogativas institucionais da presidência da República, mas a existência de um conjunto coerente de ideias, não só econômicas, mas legitimadoras, capazes de juntar setores dos mais diversos em torno da ideia de nação.
A presidência já não consegue mais estruturar nenhum discurso.
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A segunda âncora deveriam ser os partidos políticos. Mas também não existem programaticamente.
O vácuo de poder e de propostas seria a oportunidade da oposição apresentar-se como verdadeira alternativa de poder. Mas consegue ser ainda pior e menos séria do que a situação que combate.
Hoje em dia, o jogo político consiste na fabricação diuturna de factoides para aparecer na mídia.
O jogo de cena armado por Aécio Neves e troupe na visita à Venezuela seria um episódio vergonhoso em qualquer circunstância, uma mera molecagem de praia, não tivesse sido protagonizado por um candidato à presidência da República e por senadores da República.
Transformam um problema de trânsito – registrado inclusive por jornais de oposição na Venezuela – e meras manifestações de rua em incidente diplomático. E ainda conseguem a solidariedade do líder do PT na Câmara. O outro candidato oposicionista, José Serra, aproveita o vácuo de poder para parcerias de negócio com o presidente do Senado Renan Calheiros.
É uma quadra vergonhosa da história, uma comprovação trágica de que falta governo e falta oposição ao país tornando absolutamente incerto o desenho da saída política da crise.
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