:: ‘gestão municiipal’
Literatura, acesso à leitura e gestão municipal
Efson Lima
Estamos em um ano eleitoral atípico, é verdade, mas é 2020. Os candidatos se lançam aos processos eleitorais e elaboram seus programas de governo. Muito bem! Nas democracias representativas os procedimentos são esses. O processo pode ser melhorado quando os candidatos dialogam com a sociedade civil organizada e os cidadãos e vão concretizando a soma dos interesses públicos no citado documento.
Muitos devem estar se perguntando, que diacho tem literatura com eleições, acesso à leitura? Tem muito a ver. Primeiro, as vitórias e as derrotas eleitorais são contadas sob as diferentes óticas.
Vamos falar muito da pandemia enquanto circunstância que definiu o resultado de muitas eleições. Anteriormente, em outro pequeno artiguete, tive a oportunidade de defender que a literatura nasce na imaginação e movimenta uma cadeia produtiva de uma sociedade ao possibilitar uma “fábrica criativa de escritores” ao serem publicados, tem -se os vídeos, os áudios. Temos também os diagramadores, os revisores, os designers… que vão aumentando o rol de trabalhadores no mundo da produção literária. Literatura é fator de desenvolvimento econômico em um país.
Mas para além do trabalho, literatura também é lazer. É meio civilizacional de uma sociedade, de um grupo. Portanto, a literatura deve ser compreendida como um processo possibilitador de reflexões sobre ontem, hoje e o amanhã. É meio para a libertação de um povo. É caminho para a afirmação de um Estado Democrático de Direito. É “o sonho acordado da civilização” como afirmou Antonio Candido.
Não é possível pensar uma gestão municipal sem colocar o campo da educação, especialmente, de parte do ensino infantil e fundamental na ordem do dia. Não alcançará uma qualidade no ensino sem a alfabetização das crianças e da juventude. Infelizmente, o jovem e o idoso precisam ser alfabetizados. O “infelizmente” adotado não é porque são jovens e idosos, mas porque a alfabetização deve ocorrer ainda na infância.
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