:: ‘Fernando Moraes’
TVE traz Entrevista Especial com Juan Assange
O TVE Entrevista Especial desta terça-feira, 24.01, às 20h, será com o jornalista, escritor, ciberativista e criador do Wikileaks, Julian Assange, 45 anos. Assange foi ouvido na Embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado desde 2012, pelo jornalista e escritor Fernando Morais, editor do blog Nocaute.
Na entrevista, gravada em 27 de dezembro de 2017, Julian Assange fala sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil e diz, que em sua opinião o impeachment da ex- presidenta Dilma Rousseff foi “um golpe constitucional. Um golpe político”, ao ser perguntado se teria sido um golpe de estado no estilo Século XXI.
Assange também afirma que o atual presidente, Michel Temer, teve reuniões privadas na Embaixada Americana para passar questões de inteligência política e discutir as dinâmicas políticas no Brasil. “Isso mostra um grau um pouco preocupante de conforto dele com a Embaixada Americana. O que ele terá como retorno? Ele está claramente dando informações internas à embaixada dos EUA por alguma razão”.
Julian Assange se recusa a voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde ele é criticado pela publicação no Wikileaks em 2010, de 500 mil documentos classificados sobre o Iraque e o Afeganistão, assim como 250 mil comunicações diplomáticas. A Fernando Moraes ele fala também sobre Donald Trump, Petrobras e espionagem.
Artistas e intelectuais assinam manifesto contra o golpe
O manifesto intitulado “Carta ao Brasil” defende a democracia, a legalidade, e rechaça a tentativa de golpe impulsionada pela oposição, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. O documento já recebeu apoio de mais de 760 artistas e intelectuais brasileiros.
Entre os signatários estão o escritor Fernando Morais, o músico e escritor Chico Buarque, o ator e comediante Gregório Duvivier, a atriz e cantora Letícia Sabatella, a atriz Camila Pitanga, o intelectual Leonardo Boff, a atriz Betty Faria, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e outros.
Leia o manifesto na íntegra:
“Carta ao Brasil
Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.
Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.
Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.
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